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Sighisoara, Romênia: a cidade onde nasceu Vlad, o Empalador

Sighisoara é um nome meio esquisito. Você deve pronunciar: Si-gui-xo-a-ra. Essa cidadezinha tem o centro histórico medieval mais bem preservado da Romênia. Tão pequenino, colorido e charmoso que dá vontade de ficar ali horas e horas circulando pelas poucas ruas e torres construídas no século 16.

Só isso bastaria para colocar Sighisoara no seu roteiro de viagem pela Transilvânia, um dos melhores bate-volta a partir de Brasov, mas um detalhezinho, entre os anos de 1431 e 1435, colocou essa pequena cidade no mapa turístico da Romênia e dos curiosos por histórias de terror.

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Foi em Sighisoara que Vlad Dracul, governante da região da Valáquia, viveu por alguns anos. E foi lá que seu filho, “o filho de Dracul”, aka, Drácula, nasceu. Já contei essa história toda, da verdadeira origem do Drácula, nesse post. Está lá em Sighisoara a casa onde Vlad, o Empalador, viveu no início da infância, muito antes de ter esse título tenebroso. Na casa que já foi de Vlad Dracul funciona um restaurante e o Museu das Armas, e o tal local de nascimento de Vlad Tepes no subsolo.

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Vou ser sincera, não entrei na casa, museu ou restaurante. Já tinha lido por aí que era meio pegadinha para turista e as fotos da porta me bastaram. Até porque, tem coisa muito mais interessante para fazer em Sighisoara, um cidade que está ali desde o tempo dos romanos, cuja cidadela começou a ser construída aproveitando as ruínas de muralhas anteriores no século 12 e faz parte do grupo de sete cidades medievais fortificadas da Romênia.

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A principal atração do centro histórico é, na verdade, a Torre do Relógio. Construída no século 14, com o objetivo de abrigar o conselho municipal e aplicar a lei na cidade. Ao longo dos anos foi aumentada e reformada, mas basicamente, a estrutura é a mesma. No século 17, foram acrescentadas figuras de madeira no topo da torre, conectados ao mecanismo do relógio, criando um mini espetáculo na cidade de hora em hora, além de marcar os dias da semana também e a temperatura. O delicado relógio funciona continuamente desde os períodos medievais.

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Desde 1899, a Torre do Relógio tornou-se um Museu de História, mas vou te falar que o museu em si é bem fraquinho. O interessante de subir a torre é chegar ao seu topo, onde se tem uma vista excelente de toda Sighisoara. O Museu/Torre fica aberto de Terça a Domingo, de 9h às 16h. A entrada custa 10 lei. Não pague a taxa de fotografia, válida para quem quer tirar fotos de dentro do prédio. O único lugar válido para boas fotos é o terraço, onde é gratuito.

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Logo em frente, também na Praça Cetatti, fica a enorme Basílica do Mosteiro Dominicano (Biserica Manastirii Dominicane), uma igreja luterana que já foi parte de um complexo monástico ainda maior, construída em estilo gótico e com uma coleção de antigos artefatos que vão do século 15 ao 17.

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Também é um passeio imperdível de Sighisoara circular entre algumas das nove torres de defesa da cidadela, preservadas até hoje – já foram 14. São elas, além da Torre do Relógio: Blacksmiths’ Tower (Turnul Fierarilor), Butchers’ Tower(Turnul Macelarilor), Cobblers’ Tower (Turnul Cizmarilor), Furriers’ Tower (Turnul Cojocarilor), Ropemakers’ Tower (Turnul Franghierilor), Tailors’ Tower (Turnul Croitorilor),Tanners’ Tower (Turnul Tabacarilor) and Tinsmiths’ Tower (Turnul Cositorilor). Os nomes em inglês representam cada uma das guildas comerciais que atuavam na cidade e eram responsáveis pela defesa da cidade murada.

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Por fim, depois de circular entre as ruas e praças e visitar várias torres, vá para as escadarias cobertas conhecidas como “Scholars’ Stairs”: uma escadinha de madeira, construída em 1642, toda coberta, que te leva, 175 degraus acima, até a parte mais alta da cidade, onde está a Igreja da Colina (Biserica din Deal).

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Essa é a igreja mais famosa de Sighisoara e representativa da arquitetura gótica na Transilvânia. Sua construção é de 1345, mas foi bem alterada com a reforma do Luteranismo em 1547. Lá dentro, há diversos murais e afrescos. No topo dessa colina também fica um cemitério Saxão e uma das torres que eu mencionei acima, a Ropemakers’ Tower, que hoje serve de casa para o coveiro!

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Também há outros museus e igrejas em Sighisoara, você pode conferir a lista completa aqui.

Como chegar em Sighisoara, Transilvânia?

Uma das melhores formas de chegar a Sighisoara é de trem. A estação (Gara Sighisoara) fica na rua Libertatii 51. De lá, a pé até o centro histórico, são uns 10 minutos, cruzando o rio pela ponte que fica ao lado da Igreja Ortodoxa:

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Há trens diários de Brasov (2 horas) e Bucareste. Para conferir os horários, cheque o site da empresa ferroviária romena, CFR. O trajeto também pode ser feito de ônibus (consulte esse site para horários) ou, claro, carro alugado (que foi o transporte do pessoal do Andarilhos do Mundo).

Onde ficar em Sighisoara

Se você curtir muito essa bela e pequenina cidade na Romênia, pode aproveitar para passar ali a noite e descobrir as cores e mistérios do centro histórico de Sighisoara ao cair da noite. De fato, não tem muito o que fazer na cidade para dois dias, então, minha sugestão é que você durma lá e já parta no dia seguinte para aventurar-se nos arredores (há igrejas fortificadas e outras cidades históricas) ou outro ponto da Transilvânia.

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Sobre a hospedagem, não tenha dúvidas: escolha um hotel que fique dentro da cidadela medieval, até porque esses foram construídos em edifícios antigos reformados. Boas opções são a incrível Casa Georgius Krauss, um hotel cinco estrelas feito num prédio de 1600, certificado pela Unesco, com quartos com afrescos antigos.

Sabe o que é o melhor? É possível achar quartos duplos a partir de 50 euros, com café da manhã incluído. Mais simples, mas não menos adorável, a Pensão Casa Saseasca tem três estrelas, fica num prédio do século 18, e custa só 30 euros o quarto duplo. Por fim, uma terceira opção magnífica é a Casa cu Cerb, que tem um cervo 3D na fachada, que dá nome ao prédio antiquíssimo. Fica numa das pracinhas mais charmosas do centro, com quartos a partir de 45 euros. 

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Claro, se você não gostou dessas opções, pode ver também todas as opções de hospedagem em Sighisoara.

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Luiza Antunes

Luiza Antunes é jornalista e escritora de viagens. É autora de mais de 800 artigos e reportagens sobre Viagem e Turismo. Estudou sobre Turismo Sustentável num Mestrado em Inovação Social em Portugal Atualmente mora na Inglaterra, quando não está viajando. Já teve casa nos Estados Unidos, Índia, Portugal e Alemanha, e já visitou mais de 50 países pelo mundo afora. Siga minhas viagens em @afluiza no Instagram.

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6 comentários sobre o texto “Sighisoara, Romênia: a cidade onde nasceu Vlad, o Empalador

  1. Olá! Parabéns pelo post, ótimas informações! Estou planejando uma viagem para a Romênia em janeiro e estou com medo de encontrar muita neve e não conseguir realizar os passeios na região da Transilvânia… você tem alguma informação a esse respeito? Obrigada!!

    1. Oi Mariana,

      Tenho uma amiga que foi no final de janeiro e não teve problema nenhum para fazer nenhum dos passeio.
      Acho que só se você tiver o azar de cair uma mega nevasca, mas isso não tem como planejar.

    2. Minha opinião é que o melhor é viajar no verão, fui agora em Agosto e voltei encantada com o país , alugamos um carro foi a melhor opção.

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