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Passeio no Cabo da Boa Esperança

Do alto do mirante, eu observava as ondas baterem nas rochas e tentava adivinhar em qual ponto exato o Oceano Atlântico se transformava em Índico. Aquela era a minha segunda visita ao Cabo da Boa Esperança e eu ainda não estava cansada de encarar tanta beleza.

E o lugar ainda tem história. O Cabo foi contornado pela primeira vez em 1488, pelo comandante português Bartolomeu Dias. Até aquela época, as nações europeias pouco sabiam sobre sul da África. Não havia mapas da região, portos amigos para atracar ou relatos de como navegar pelas águas traiçoeiras.

A façanha do navegador estabeleceu uma rota marinha para as cobiçadas Índias e concedeu a Portugal uma riqueza incalculável devido ao comércio de especiarias. Depois disso, vários aventureiros tentaram passar por ali, muitos sem sucesso. Uma das lendas mais famosas do local é sobre um certo capitão Hendrick van der Decken, que desapareceu junto com seu navio e tripulação sem deixar nenhum vestígio. A embarcação foi apelidada de o “Holandês Voador” e até hoje a população local conta histórias sobre esse tal navio fantasma.

Pouco mais de cinco séculos depois, aquela parte do mundo já está mais que desbravada. A maior parte das pessoas prefere chegar “às Índias” voando e qualquer um pode chegar por terra ao cabo sem se preocupar com “povos selvagens comedores de cérebro”, como acreditavam os europeus da época. Na verdade, o maior perigo para os viajantes modernos são os temidos babuínos.

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“Fechem os vidros. Vocês não vão querer ser atacados por um deles”. Esse foi o conselho unânime dado pelos dois guias que me levaram ao cabo. A estrada de 65km que une o Cabo a Cape Town é habitada por dezenas desses animais. E, segundo me contaram, eles não são tão amigáveis quanto parecem. E fazem de tudo, tudo, por comida.

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Tour pelo Cabo da Boa Esperança

Para uma viagem tão curta durar o dia inteiro é preciso incluir atividades extras no meio do caminho. Nosso tour começou cedo, com um passeio de barco até uma ilha inteiramente habitada por focas. A neblina estava muito forte, mas se você possui o meu instinto Felícia, ia ter gostado mesmo assim. PS: Não banque a Felícia com as focas. Elas podem ser assassinas.

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O passeio seguiu para o Parque Nacional da Península do Cabo e, lá dentro, a fauna continua chamando a atenção. Afinal, não é todo dia que vemos avestruzes selvagens em seu habitat natural, não é? Além desses pássaros dinossauros (acho avestruz um bicho com cara de pré-história), mais de 250 espécies de aves moram ali, incluindo a águia negra. No parque, dependendo do seu guia ou pacote, é possível fazer trilhas, caminhadas e passeios de bicicleta. Se você é da turma do menor esforço pode simplesmente ir até os mirantes e desfrutar das lindas vistas.

Bem pertinho do parque fica uma cidadezinha chamada Simon’s Town. A maioria dos pacotes para o Cabo já incluem uma parada lá. O motivo? Pinguiiiins! (Felícia mode on again). Já falamos sobre eles aqui.

Praia dos pinguins em Cape Town

 

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Natália Becattini

Sou jornalista, escritora e nômade. Viajo o mundo contando histórias e provando cervejas locais desde 2010. Além do 360meridianos, também falo de viagens na newsletter Migraciones, no Youtube e em inglês no Yes, Summer!. Vem trocar uma ideia comigo no Instagram. Você encontra tudo isso e mais um pouco no meu Site Oficial.

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