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Atlas: Nova Zelândia

A culinária não tão típica da Nova Zelândia

A sensação de estar realmente longe do Brasil bate forte quando se pisa na Nova Zelândia e se dá uma olhadinha no relógio/calendário. As ilhotas da Oceania estão simplesmente um dia a frente da gente, e não se perder com os fusos, estando por lá, é praticamente impossível. No entanto, quando assunto é gastronomia, o país não causa tanta estranheza. O principal motivo para isso, sem dúvida, é a influência da colonização inglesa, que levou para lá muitos dos hábitos também incorporados por aqui. Soma-se a isso o número crescente de turistas e estudantes em intercâmbio (incluindo muitos brasileiros: mesmo).

A impressão inicial que se tem por lá é de ausência de uma culinária autêntica, apesar da influência da cultura maori, vinda da polinésia e com raízes estabelecidas também no país. Ainda assim, dá para listar alguns pratos comuns no país, como o fish and chips e o rosbife, ambos trazidos do Reino Unido. O café da manhã também é a cara de Londres, com creme de abacate e pasta de alho combinados ao pão. E o lanche da tarde é realizado em cafeterias que se espalham por todas as esquinas das grandes cidades, servido cappuccinos, bolinhos, e um sem fim de produtos, como no chá das cinco, tradicionalmente inglês.

Nova Zelândia também tem fish and chips

Foto:  Andrew Dunn, Wikimedia Commons

De ingredientes, carne vermelha, preparada sobretudo em churrascos, e frutos do mar sobressaem. Isso para não falar do kiwi: esse sim típico, superbarato e uma delícia consumido fresco. A torta doce pavlova, popular em todo mundo, acredita-se, também é originária da Nova Zelândia (se bem que o país disputa a concepção da receita com a Austrália…vai saber). Fato é que, segundo a história, a sobremesa à base de merengue, kiwis e morangos foi feita para homenagear a bailarina russa Anna Pavlova, que visitou ambos países nos anos 1920. Outro prato mais original na Nova Zelândia é o hangi, um cozido feito em um forno cavado na terra. Lá são colocados produtos como marisco, milho e batata doce.

Pavlova, sobremesa da Nova Zelândia

Torta pavlova (Foto: Hazel Fowler, Wikimedia Commons)

Tradicional ou não, a Nova Zelândia se destaca mesmo é pela variedade de restaurantes e supermercados, com produtos de alta qualidade e diversos, incluindo iogurtes de todos os sabores imaginados. A produção de vinhos no país também tem atraído muitos interessados, mas isso é assunto para outro post…

Ah, uma última dica: não tente entrar no país com produtos alimentícios frescos. Por ser uma ilha, há grande esforço, agora, para se evitar “contaminação” com outros ingredientes, sementes, etc.

*Foto destacada: Wikimedia Commons

 

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Aline Gonçalves

Preciso provar outros sabores para ter certeza de que a melhor combinação do mundo é o arroz com feijão.

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11 comentários sobre o texto “A culinária não tão típica da Nova Zelândia

  1. O que eu mais comia lá era Carneiro (que, aliás, era uma delícia!!) e comida chinesa (que era barato!)! O hangi eu experimentei, mas não morri de amores não…

    Agora, bateu uma vontade de contar um micão de viagem que aconnteceu comigo lá na NZ, só por causa da última linha do post de vocês! 😛 Posso? Vocês deixam? 🙂

    Eu fui para Auckland em 2006, para fazer um intercâmbio de um mês de curso de inglês – que, obviamente, era só um pretexto para viajar e conseguir uma passagem aérea com franquia de estudante.
    Íamos ficar em uma casa de família, que tinha duas crianças pequenas. E meus pais conseguiram me convencer a levar um “agrado do Brasil” para essa família.
    (Em tempo: meus pais são afeitos àquela amistosidade gastronômica, do tipo que não aparece na casa de uma visita sem um bolo de laranja de presente, ou que prepara uma merenda caseira bem cuidadosa embalada no guardanapo xadrez para ser levada em qualquer viagem).
    Uma fofa iniciativa, reconheço, mas em matéria de alfândega vira uma idéia de jerico.
    Mas taí: eles colocaram na minha mala uma goiabada cascão e um queijo mineiro curado, porque, sabe como é, que simpático seria mostrar para os kiwis o que é Romeu e Julieta no Brasil, porque eles não tem goiabada, né?
    E lá fui eu, entrando na Nova Zelândia, com meio quilo de cada uma dessas iguarias na mochila. Me sentindo mais criminosa impossível.
    Morri de vontade de jogar tudo no lixo do aeroporto antes de entrar no raio x de chegada (que tem). Ou de passar pelos cachorros da imigração (que estavam lá, olhando pra mim).
    Só não joguei o queijo e a goiabada fora porque, acho, que faltou juízo de perceber o quão sério seria o problema se me pegassem (e porque um lado meu me dizia que jogar goiabada cascão mineira na lata do lixo era algo próximo da heresia).
    Moral da história: Tô aqui escrevendo para vocês, anos depois. Ser nenhuma passagem pela prisão. E aparentemente, a Nova Zelândia não sofreu nenhum surto de contaminação nos últimos anos. Tudo tranquilo.
    Só a infeliz da mãe da família onde morávamos não gostou da cara da goiabada e proibiu a família de comer. Quase fui presa para levar um doce único para ela e a doida me fez essa desfeita. Chata.
    Pois é, esse foi meu pequeno “delito” em terras kiwis. Mas promete que não conta pra ninguém, tá? 😛

    1. A mãe não gostou da cara da comida e não deixou ninguém comer? >.> Quanto medo que eles tem de comida gente… se não fosse saudável pq que brasileiro comeria? Ou então por ser do terceiro mundo “talvez não preste”? Foi meio desrespeitoso isso que ela fez, cê leva um presente, ela não gosta e nem faz questão de experimentar para mudar de ideia. Pois eu pegava de volta e comeria tudo sozinha e dava para amigos legais que eu fizesse por lá hahaha

      1. Pois é, Yasmim. Esse foi só o princípio, a mulher só dava bola fora. Além de ficar chateada com a desfeita – ela comeu o queijo porque estava embalado a vácuo, mas a goiabada ela ficava com “nojinho” – ela nem teve o cuidado de disfarçar como “nossa, que gentil, mas não gosto de doce”, algo assim..

        Enfim… acho mesmo que era medo de comer algo do Brasil, de que não era limpo ou algo assim. Vai entender!!!
        Eu sei que fiquei com a goiabada toda para mim. E tava uma delícia!

    2. Que história, Clarissa! hahaha
      A única gafe que a gente quase cometeu foi tentar passar a mão e carinhar os cachorros da imigração. Mas também, eles colocam Beagles pra essa função! Beagles! Quase que eu comecei a brincar com o cachorro que cheirava minha mala. hehehe

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