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Museu do Vaticano: como é a visita

Na realidade são Museus do Vaticano, no plural. E bota plural nisso. Um dos mais antigos do mundo, o Museu do Vaticano é uma daquelas paradas obrigatórias durante uma viagem por Roma. Mesmo que você não goste muito desse tipo de passeio. Se você curte história e lugares bonitos, valerá a pena conhecê-lo. Por quê? Bom, para começar, por conta da…

Capela Sistina

O quase encontro do dedo preguiçoso do homem com o dedo poderoso de Deus. Pintado por Michelangelo a partir de 1511, o afresco “A Criação de Adão” é mais do que uma representação do Gênesis: é uma das obras de arte mais importantes da História.

E, como quase todo mundo sabe, fica no Vaticano, na famosa Capela Sistina, inspirada no Templo de Salomão e que também guarda trabalhos de gente, digamos, muito humilde, uns caras comuns, tipo Rafael, Bernini e Sandro Botticelli.

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Visita à Capela Sistina

Para completar, é na Capela Sistina que são realizados os conclaves, a reunião em que cardeais escolhem um novo Papa. Sem mais argumentos, meritíssimo. É preciso visitar a Capela Sistina. Mas tá aqui a pegadinha que afeta vários viajantes: a Capela não fica na Praça de São Pedro e nem na Basílica, mas nos Museus do Vaticano.

O endereço é quase o mesmo, numa entrada lateral do Vaticano. Mas se você não reservar pelo menos umas horinhas do seu roteiro para conhecê-la – e mais uma hora para esperar na fila – vai perder o passeio. Portanto, um dia inteiro de Vaticano costuma incluir a Praça de São Pedro e a Basílica (ambas gratuitas) e os Museus do Vaticano (entrada paga).

Dica de ouro: Se você for discreto, tem uma portinha no canto direito no final da Capela Sistina que permite seguir diretamente para a Basílica de São Pedro sem passar por fila.

Capela Sistina ingressos

Museu do Vaticano: o que visitar

A atração número 1 é a Capela Sistina. Tanto é que muita gente entra nos Museus e percorre as diversas galerias num passo apressado, seguindo as placas que indicam a localização da Capela. Outro erro.

Se a Capela é linda, os Museus do Vaticano são interessantíssimos. Não estou aqui para criar polêmica, mas gostei mais que do Louvre, que visitei algumas semanas depois. No museu papal você vai encontrar obras de artes gregas, egípcias, romanas (e a lista segue). Como não poderia deixar de ser, a história dos museus é banhada com um pouco de sangue. Eles reúnem algumas das riquezas e obras de arte acumuladas, de forma justa ou não, pelos Papas ao longo dos séculos.

Museu do Vaticano

A Igreja começou a formar seu acervo durante a Idade Média, mas foi só no Renascimento que os Museus começaram realmente a nascer. E no meio do caminho ainda tinha Napoleão, que invadiu Roma e saqueou os museus, levando parte dessa riqueza para a França. Parte desse espólio foi devolvido depois da queda do imperador da França.

Como eu disse no começo do texto, estamos falando de vários museus num só, muitos deles ocupando espaços do Vaticano que foram residências de Papas. São eles:

Museu Pio Clementino – Fundado no século 18 por Clemente XIV e reestruturado por Pio VI. Tem 54 salas e exibe obras da Grécia e de Roma antiga. Muitas das obras dessa coleção foram levadas para Paris após a invasão de Napoleão (e só foram devolvidas anos mais tarde).

Museu Chiaramonti – Fundado pelo Papa Pio VII, que era membro da família Chiaramonti, dinastia nobre da Sicília e que diz descender de Carlos Magno. Guarda cerca de mil estátuas e esculturas, entre elas os bustos de deuses e governantes romanos. A escultura mais importante que você vai ver ali é de Augusto, primeiro imperador romano.

Museu Gregoriano Etrusco – O fundador desse Museu foi Gregório XVI. Lá você vai encontrar peças datadas do período entre 1000 a.C e 100 d.C. As obras foram escavadas da Etrúria, uma antiga região do centro da península itálica.

Museu Gregoriano Egípcio  –  Gregório XVI gostava de fundar museus. Também foi ele o responsável pelo Vaticano ter uma área dedicada ao Egito. As peças e obras exibidas ali foram encontradas em escavações feitas na própria Itália,  para onde foram trazidas pelos romanos, no auge do Império. Síria, Mesopotâmia e Palestina também têm alas nesse museu, que é o meu favorito do complexo do Vaticano.

Pinacoteca Vaticana – Depois que Napoleão, já exilado e doente, bateu as botas, as pinturas que tinham sido levadas de Roma acharam seu caminho de volta para os aposentos papais. Foi nessa época, em 1817, que surgiu a ideia de criar um espaço para exibir as pinturas. Mas foi só no pontificado de  Pio XI, em 1932, que a Pinacoteca Vaticana foi inaugurada.

Museu Missionário-Etnológico – São quase 80 mil itens. E o assunto é um só: religião, sejam as mais variadas fés do mundo ou itens que lembram a evangelização ao redor do globo. Sediado inicialmente em Latrão, esse museu foi transferido para o Vaticano na década de 70.

Museu Gregoriano Profano e Museu Pio-Cristão

Estátuas, esculturas e mosaicos romanos formam o Museu Profano, que recebeu também obras do Museu Pio-Cristão, fundado 1854 e que guarda sarcófagos e esculturas cristãs.

Museu do Vaticano, Ingressos

Dicas práticas para visitar os Museus do Vaticano

Na bilheteria a entrada custa 16 euros. Mas a dica mais importante é: evite a fila. Para isso, compre seu ingresso antecipadamente, pela internet. A fila para compra na bilheteria é de dobrar o quarteirão, enquanto quem compra online pula essa fila. Há uma taxa de pelo menos quatro euros para comprar o ingresso pela internet, mas vale a pena – porque dependendo da época do ano, é comum esperar duas horas para entrar. Somente se você for nos meses de inverno, como dezembro e janeiro, que dá para comprar tranquilamente e sem fila lá na hora.

Museus do Vaticano

Dica extra: Existem passeios ainda mais interessantes pelo Vaticano e pelo Museus. Um deles é a visita às Catacumbas e ao túmulo de São Pedro, que pode ser agendado diretamente com o Vaticano, como contamos aqui.

Visita ao Museu do Vaticano

Serviço

Os Museus do Vaticano funcionam de segunda a sábado, de 9h às 18h. A bilheteria fecha às 16h. A visitação é gratuita no último domingo do mês, de 9h às 12h30, mas espere filas gigantescas. Nesse dia, o museu fecha às 14h.

Os museus não abrem nos outros domingos do mês. Também não há visitação no Domingo de Páscoa, no dia 29 de Junho, 15 de agosto, 8,  25 e 26 de Dezembro, 1º e 6 de Janeiro, 11 de Fevereiro, 19 de Março, 5 e 6 de Abril e no dia 1º de Maio.

Para chegar lá, desça na estação Ottaviano do metrô (Linha A). Os ônibus 49, 32, 81, 982, 492, 990 também param perto do Vaticano.

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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17 comentários sobre o texto “Museu do Vaticano: como é a visita

  1. Pela primeira vez fiz a visita à capela sistina e fiquei impressionado com a beleza de todos aquelas pinturas! Assim como também fiquei tão mal impressionado com o tratamento que é dado aos visitantes no interior da capela!tanta prepotência e má educação por parte da segurança!!senti naquele interior estar a ser tratado como um maldito animal!!não tem um pingo de simpatia pelos visitantes que são no fundo a razão de ser de todas as obras-primas!!!

    1. Que pena que você teve essa experiência, Arnaldo. Não passei por isso.

      Apenas me lembro dos seguranças falando alto, de tempos em tempos, “no photo”, mas, francamente, eu entendendo. Todo mundo é avisado que não pode fotografar, mas tem gente que insiste.

      Abraço e obrigado pelo comentário.

  2. Oi, parabens pelo blog. Entrei no site TicketBar para comprar a entrada do Museu do Vaticano + Capela e Coliseu e não vi opção em acrescentar sistema de audio… já está incluido?
    Grata com retorno!

  3. boa tarde
    obrigada por toda a informação que nos permite mais facilmente planear uma visita rápida a Roma.
    será que tem informação sobre a possibilidade de visitar a capela sistina no ultimo domingo de Novembro em que a entrada no museu é gratuita.
    agradeço a informação pois vou viajar por essa altura
    obrigada

  4. Ola. Tenho uma dúvida. É possível esperar na fila um pouco ou chegar mais cedo e entrar nos museus do Vaticano no último domingo do mês e comprar bilhete com áudio guia ? Ou nesse dia por ser gratuito não poderá ser comprado um áudio guia? Se souber esta informação eu agradeço bastante, obrigado. Estou viajando amanhã para Roma 🙂

    1. Oi, Ana. Acho que é possível comprar o áudio guia sim. Ele é alugado separadamente também.

      Não sei se a info chegou a tempo para você. 🙁

      Abraço.

  5. É proibido tirar fotos dentro da capela Sistina!
    Ao entrar, você depara com inúmeros seguranças espalhados pelo ambiente que chamam atenção em voz alta para não tirar fotos ou vídeos. Além disso, estimulam você a seguir rumo a saída para fluir o ambiente com as visitas.
    Você deve entrar e dirigir-se ao centro da capela, onde não será “empurrado” e apreciar as obras e afrescos.

    1. Pois é, Paulo.

      Eu me lembro disso. Atrapalha a visita, inclusive (não a proibição, mas os gritos dos seguranças).

      Abraço.

  6. Que legal as informações! também não sabia desse tour vip, antes da galera entrar, se não teria feito kkkk
    Uma dúvida, nesse tour é possível tirar fotos da capela Sistina?
    Fica uma dica, a não ser a pessoa seja historiadora da arte, recomendo muito que na primeira vez que for aos museus do vaticano tenha um guia lhe acompanhando.
    Fiz isso, com a Maria, que apesar de ser italiana tem um português muito bom, e é historiadora da arte, devidamente cadastrada no vaticano, fez toda diferença!
    Olhar para as obras e lugares e saber a história que cerca aquilo é uma experiência única.
    Sim é bem mais caro, mas acredito que ale a pena!
    Abraços

    1. Oi, Leonardo.

      Acho que um guia faz a diferença em certos lugares mesmo. Sobre a questão das fotos, francamente, não sei. Não achei informações sobre isso.

      Abraço.

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