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Como é a visita e a história do Palácio de Charlottenburg, em Berlim

Berlim e arredores têm vários palácios históricos lindos. Mas se você não quer sair da cidade, nem gastar muito tempo numa visita dessas, ir ao Palácio de Charlottenburg é a opção mais certeira. Apesar de Potsdam ser a cidade mais famosa pela vida da realeza da Prússia no séculos 18 e 19, é dentro de Berlim, pertinho de uma estação de metrô da ringbahn, que fica Charlottenburg, um palácio com duas alas e um jardim para Versalhes nenhum botar defeito.

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O nome Charlottenburg é uma homenagem póstuma à Rainha Sophie Charlotte, feita pelo seu marido, o Frederico I, Rei na Prússia. E, não, isso não foi um erro de digitação, o título de Frederico realmente era NA Prússia, e não da Prússia, por um motivo bem confuso.

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Os monarcas da Prússia. 

No século 18, Leopoldo I eram Imperados do Sacro Império Romano-Germânico. A Prússia, junto com Brandemburgo, era de propriedade da família de Frederico, o que fazia dele marquês e eleitor de Brandenburgo e Duque da Prússia. Mas ele queria um título de mais prestígio. Então tratou de ir atrás do Leopoldo e convencê-lo a dar-lhe o título de rei, transformando assim a Prússia num reino. Qual foi a base do acordo? Ele aceitou fazer uma aliança contra o Rei Luís XIV, da França.

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E foi assim que Frederico se coroou, em 1701, Rei Frederico I na Prússia. Passado o momento curiosidades, voltamos ao palácio. O Schloss Charlottenburg, em alemão, ou Castelo de Charlote, começou a ser construído entre 1695 e 1699, quando o Frederico ainda não era rei, por ordem de sua então esposa, Sophie Charlotte, uma mulher de muito bom gosto, amante das artes, música, teatro e porcelanas.

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Algumas salas do Old Palace, feitas ao gosto da Rainha Sophia

Quando tornaram-se monarcas, o edifício foi ampliado e transformado em palácio de verão. Para os jardins, Sophie encomendou o trabalho de um dos pupilos do jardineiro oficial de Versailles. A ideia era fazer o jardim mais moderno do mundo germânico. A rainha Sophie Charlotte morreu em 1705, e o nome foi alterado em sua homenagem, tanto do palácio quando da povoação adjacente.

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Jardins em março, quando visitei e dei a sorte de ir num dia de neve

Ao longo dos anos seguintes, novas ampliações no pátio, na cúpula e na decoração das salas foram feitas por arquitetos e escultures famosos. Em 1713, Frederico I morreu e seu filho não tinha muito interesse no castelo, usando-o apenas para fins oficiais. Foi somente quando o neto e novo Rei, Frederico II, também conhecido como Frederico, o Grande, subiu ao trono, em 1740, que escolheu o Schloss Charlottenburg como sua residência.

Ele tinha admiração pela avó e seu legado, visto que também era apaixonado pelas artes – e foi um grande “déspota esclarecido”, se vocês se lembrarem das aulas de história. Isso significa que, apesar de ser um rei com poderes absolutistas, também era inspirado pelo Iluminismo e prezava pelas liberdades e bem-estar do povo. Gostava de literatura francesa e era amigo pessoal de Voltaire. O rei fez renovações e construiu uma nova ala inteira. Mas acabou perdendo interesse por Charlottenburg quando começou a construir Sanssouci, em Potsdam, a partir de 1747.

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Salões da New Wing

O Palácio de Charlottenburg tomou a forma que vemos hoje durante o reinado de Frederico Guilherme II, filho do Frederico, o Grande, com a construção do Teatro do Palácio e de apartamentos de inverno e de verão. O rei seguinte, Frederico Guilherme III, foi casado com a Rainha Luisa, que era muito amada pela população e contribuiu para redecorar parte do castelo, assim como influenciou numa remodelação dos jardins para um estilo mais inglês. Quando Luisa morreu, em 1810, um mausoléu foi construído nos jardins em sua homenagem.

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Apartamentos decorados pela Rainha Luisa e o Rei Frederico Guilherme III

Ao longo do século 19, o palácio deixou de ser classificado como residência real. Durante a Segunda Guerra Mundial, ficou bastante destruído com os bombardeios. Foi com a reconstrução que abriu ao público anos mais tarde.

Como visitar o Palácio de Charlottenburg, em Berlim

A visita pelo complexo inclui o Palácio Velho (Old Palace), a Nova Ala (New Wing) e os prédios do jardim – New Pavilion, Belvedere e Mausoléu (que só ficam abertos nos meses da primavera e verão), além do jardim em si, que é a única parte gratuita da visita. Como vocês podem ver pelas fotos acima, os salões são lindíssimos e o ticket inclui o audioguia, o que ajuda a explicar a história de cada lugar e as curiosidades da vida dos nobres da época.

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Salão com vista para os jardins

Para visitar todo o complexo do Palácio de Charlottenburg é preciso comprar um bilhete chamado “charlottenburg+”. É válido por um dia e custa 17 euros. É possível comprar diretamente na bilheteria dos palácios ou online, no site oficial. Para quem compra pela internet, é preciso indicar o dia e a hora da visita. Eles não permitem a entrada fora do horário marcado.

Há possibilidade de tickets especiais com desconto para famílias. Para visitar apenas a New Wing ou o Old Palace, o bilhete custa 10 euros cada. Vou ser sincera, não acho que vale a pena economizar esses 7 euros. As duas partes do palácio são bonitas e bastante diferentes entre si.

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Jardins e o grande lago, aberto ao público gratuitamente

Ah, uma pegadinha: para tirar foto dentro dos palácios é preciso comprar uma permissão especial de 3 euros.

Horários: O palácio fica aberto de 10h às 17h30 (exceto nos meses de janeiro a março, quando fecha às 16h30).Fecha às segundas-feiras.

Como chegar no Palácio de Charlottenburg: A estação S Westend fica a 850 metros do palácio. Ou  você pode optar pela U-Bhf-Richard-Wagner-Platz, que está a 800 metros. Se você descer em qualquer uma dessas duas e não quiser caminhar, pode pegar o ônibus M45, que para em frente ao Schloss Charlottenburg, num ponto com esse nome.

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Luiza Antunes

Luiza Antunes é jornalista e escritora de viagens. É autora de mais de 800 artigos e reportagens sobre Viagem e Turismo. Estudou sobre Turismo Sustentável num Mestrado em Inovação Social em Portugal Atualmente mora na Inglaterra, quando não está viajando. Já teve casa nos Estados Unidos, Índia, Portugal e Alemanha, e já visitou mais de 50 países pelo mundo afora. Siga minhas viagens em @afluiza no Instagram.

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2 comentários sobre o texto “Como é a visita e a história do Palácio de Charlottenburg, em Berlim

  1. Nossa, é caro esse bilhete né? O Palácio parece lindo, mas eu pensaria 2 vezes antes de ir, não seria a prioridade, sabe? Tenho sempre a sensação que todos os palácios são iguais, então não me esforçaria tanto pra ir, eu acho. Tem que estar no mood palácio. Kkkk

    1. Ei Bia,

      Olha, os palácios aqui na Europa, em geral, tem esse preço aí. Acho que normalmente quem os visita já tem essa prioridade hehe

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