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Comida gaúcha: 8 pratos típicos do Rio Grande do Sul

Pensou no Rio Grande do Sul, pensou em churrasco e chimarrão. Poucas coisas servem mais de sinônimo para “gaúcho” que essa dupla. Mas a mesa do Sul vai muito além. Tem massas e sanduíches; pães diversos e sobremesas maravilhosas. Vamos conhecer algumas receitas da comida gaúcha?

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E, desde já, é bom deixar claro: não tenho a pretensão de apontar os todos pratos típicos do Rio Grande do Sul e nem de criar uma lista definitiva sobre o assunto. Acha que faltou algo? É só porque eu ainda não provei – e aceito sugestões.

Comidas típicas do Rio Grande do Sul

  • Churrasco gaúcho

Vamos deixar claro, churrasco gaúcho pode aproveitar o boi inteiro, mas o mais típico, aquele que as famílias comem no domingo, tem um corte de carne específico: a costela de boi.

Além da costela assada meticulosamente, na brasa ou no fogo de chão, o comum acompanhamento do churrasco é a maionese de batata, feita com maionese caseira. Arroz, farofa, mandioca e salada também podem aparecer na mesa.

  • Carreteiro

Hoje, carreteiro é aquele prato feito com as carnes que sobraram do churrasco de domingo. Mas é um prato tradicional e cheio de história.

O carreteiro é uma receita que surgiu com os transportadores de cargas que passavam pelos pampas, em carretas puxadas pela força de animais. Eles precisavam de um prato simples, que pudesse ser feito com o que estava disponível nas rápidas paradas para refeições e descanso.

comida gaúcha

Por hiroyamomota, Shutterstock.com

Usando panelas de ferro, eles faziam o prato com uma mistura de charque e arroz, o que continua sendo a base do carreteiro, embora um ou outro ingrediente tenham sido acrescentados com o passar do tempo.

  • Xis

A primeira diferença está no pão, que tem cerca de vinte centímetros de diâmetro. Mas não para por aí: depois que o lanche é montado, com de tudo um pouco – pão, alface, tomate, milho, ervilha, queijo, ovo, maionese, e, claro, carne -, ele é prensado na chapa. Não bastasse o formato e o tamanho, digamos, diferentes, o xis tem um ingrediente secreto – coração de galinha. Impossível não gostar.

O nome, deduzo, vem do gringo cheeseburger. Embora o xis-coração seja o mais tradicional, o sanduíche favorito dos gaúchos pode ser feito com outras carnes. Tem xis-filé, xis-picanha, xis-calabresa, xis-camarão, xis-bacon…

Se você passar por Porto Alegre, não deixe de pedir um xis. Ou peça um e divida com alguém, já que o prato costuma ser grande. Para os menos esfomeados deve bastar.

Veja também: Xis-coração, o sanduíche típico do Rio Grande do Sul

xis gaúcho

Xis (Foto: Divulgação/Cavanhas)

  • Cuca

Tem gente que define como um bolo, tem quem diga que é um pão com cobertura crocante. Em todo caso, a cuca é uma herança dos imigrantes que povoaram essa parte do país. Quem passa pela Serra Gaúcha, nos arredores de Gramado, não se cansa dos cafés com a cuca alemã. Já quem visita a Quarta Colônia, onde os imigrantes eram italianos, se delicia com esse tipo de cuca.

A cuca alemã é mais baixinha, digamos assim, e costuma levar geleia. Já a cuca italiana é grandinha, lembra o tamanho de um pão mesmo, com farofa doce por cima.  No fim das contas todas são ótimas. Para quem se interessou e resolveu provar a iguaria, no site Sabores do Sul há uma receita rápida de cuca. Mas se estiver com viagem marcada para o estado, então fique de olho no café da manhã dos hotéis: é raro não ter cuca no menu.

comidas típicas do Rio Grande do Sul

Fiver der Hellseher, Wikimedia Commons 

  • Pinhão

Fruto da araucária, o pinhão aparece quando as temperaturas caem, uma comida típica de inverno e ao redor da lareira. Não é um alimento exclusivo do Rio Grande do Sul, mas certamente tem grande parte de seus fãs por aquelas bandas. O fruto precisa ser cozido e em seguida descascado, o que pode dar um certo trabalho – tem quem o faça como uma faca, tem quem use um descascador próprio para isso.

Em geral, é servido como petisco – e degustado aos montes. Mas também tem seu lugar em receitas típicas, como no carreteiro. O pinhão, dizem os nutricionistas, pode fazer bem à saúde, ajudar a regular o intestino e até no emagrecimento, já que produz uma sensação de saciedade. Mas convém ter equilibro, afinal o fruto tem alta concentração de carboidratos e é muito calórico.

comida gaúcha

  • Tortéi (e outras massas)

Prato típico da culinária italiana, o Tortéi chegou ao Brasil com os imigrantes e por aqui ficou, especialmente no Rio Grande do Sul. Está presente nos cardápios de restaurantes diversos, espalhados pelo estado, e na mesa do gaúcho. É uma massa recheada com abóbora e que costuma ser temperada com caldo de galinha.

Já houve até uma cidade, São Marcos, a 170 km de Porto Alegre, que tentou instituir o tortéi como comida típica, causando polêmica. Em todo caso, essa (e outras massas) são comidas gaúchas justamente por conta da forte imigração que marcou o estado.

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  • Ambrosia e sagu

É hora dos doces típicos do Sul!

A ambrósia é um doce de origem portuguesa comum em outros estados brasileiros, mas ainda mais no Rio Grande do Sul. Leva leite, ovos e açúcar. Já o Sagu é uma espécie de bolinha de farinha servida num caldo de vinho e/ou frutas. Costuma ser servido junto com uma colherada de creme.

sagu doce

Por Jobz Fotografia, Shutterstock.com

Comida gaúcha: outras receitas

Lógico, não acaba por aí. Faltou falar dos diversos tipos de risotos à gaucha, da tainha na taquara, do matambre recheado (e de muitos outros pratos). Sentiu falta de alguma receita? Deixe a dica nos comentários.

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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