E-reader ou tablet: qual levar numa viagem?

Como não poderia deixar de ser, toda a equipe do 360meridianos ama a internet e o mundo digital. Além de usar a rede como ferramenta de trabalho, é também online que assistimos aos filmes que mais gostamos e as nossas séries favoritas. Já tem um tempinho que eu reduzi a quantidade de livros de papel da minha vida – agora quase todos os meus livros são e-books. Essas medidas têm uma baita vantagem – o espaço.

A lógica é simples: na vida, quanto menos peso, melhor. E isso tem ainda mais sentido durante uma viagem. Esqueça aqueles guias de papel que pesam quilos. Desapegue dos livros físicos, por mais que o cheiro de papel te agrade. Um tablet ou e-reader pode ser muito mais útil e prático. É claro que essa tecnologia nem sempre é baratinha, mas também não é necessariamente impagável. Resolvemos analisar duas opções que já testamos: o iPad e o Kindle.  

Já que o espírito do tempo é digital, a questão é pensar qual a melhor tecnologia para levar durante uma viagem.

Kindle

Eu tenho um Kindle. Para quem não sabe do que se trata, nada mais é do que essa simpática geringonça aqui, ó:

Desenvolvido pela Amazon, gigantesca multinacional de comércio eletrônico, o Kindle é um leitor de conteúdo digital. Nele você pode ler livros, revistas e jornais, produtos que você compra diretamente no aparelho, no site da própria Amazon, ou obtém de outros sites. Dentro dele cabe um biblioteca inteira: até 1000 livros. E isso num aparelho que pesa menos de 200 gramas, mais leve do que um único livro de bolso – e não estou falando de um romance russo, ok?

Por isso, o Kindle é ótimo para o viajante que não dispensa um bom livro, mas não quer carregar muito peso durante a viagem. A tela do Kindle 4 praticamente imita uma folha de papel, tornando a leitura muito mais confortável do que num iPad, por exemplo, que pode cansar a vista por causa da iluminação. O Kindle também funciona melhor em vários ambientes: é muito mais fácil ler um livro nele na beira da praia, do que num tablet, por conta da luz do sol.

O peso e o preço muito mais em conta são outras vantagens do Kindle – o e-reader custa entre R$ 300 e R$ 500 (o preço varia de acordo com a versão do aparelho). Além disso, outra vantagem do Kindle é a bateria, que pode durar semanas. O aparelho tem conexão wi-fi e entrada USB. O Kindle Paperwhite tem ainda iluminação própria, que facilita a leitura no escuro, tela sensível ao toque e internet 3G.

iPad

Sim, o Kindle (ou outro e-reader) é a melhor opção para quem quer ler durante a viagem. Como eu sempre levo meu notebook comigo, faço todas as outras atividades no meu computador ou no smartphone. Se esse também for o seu caso, um e-reader certamente é mais interessante do que um tablet para você.

Caso você não queira (ou não precise) carregar um notebook durante sua viagem, aí o tablet começa a ser uma opção melhor. Isso porque num tablet é possível fazer muito mais coisas do que num aparelho tipo o Kindle: com ele você entra na internet, checa seu e-mail, navega no Facebook, fica de bobeira no Google, gasta tempo com joguinhos eletrônicos, tira fotos, fala no Skype e até edita e escreve documentos. Tudo isso custa mais caro, óbvio. Um iPad 2 custa em torno de R$ 1000. 

Enfim, um tablet é quase um computador. A Naty tem um iPad e costuma levá-lo em viagens. Quando é uma viagem curta, em que ela não tem necessidade de escrever grandes textos ou trabalhar por longos períodos, o computador fica em casa e o tablet vira o a bugiganga número 1. Quando ela leva os dois aparelhos, o tablet acaba virando só o leitor de livros. E para isso ele atende bem, mas tem aquelas limitações em relação ao Kindle, que citei acima, além de pesar cerca de três vezes mais, esquentar mais e ter menos durabilidade de bateria.

E aí? Qual eu levo?

Não há resposta certa. O confronto entre tablet e e-reader já virou até um clássico do mundo moderno, com defensores dos dois lados. Decidir qual deles comprar e levar numa viagem envolve analisar quais são suas necessidades e objetivos com o aparelho, até mesmo para não fazer uma compra desnecessária. Mas, de forma geral, a questão é simples: você vai usar o aparelho como substituto do computador? Use um tablet. Quer algo apenas para ler? Vá com o e-reader.

Além dessas opções, citadas aqui porque são as duas já testadas pela equipe do 360meridianos, existem várias outras, sejam de outras marcas, tablets menores e mais leves, e-readers mais complexos e que fazem outras funções e até celulares e smartphones que mais parecem tablets. A tecnologia mudou, a regra de ouro não: pesquise sempre antes de tomar a decisão (e tirar dinheiro do bolso).

*Imagem destacada: Tatsuo Yamashita, Wikimedia Commons

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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