O Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa

Se tem uma coisa que Portugal sabe fazer como ninguém é transformar cerâmica em arte. Nos muros, varandas, corredores e igrejas, azulejos coloridos transformam cidades como Lisboa em um verdadeiro mosaico.

As peças, produtos de uma história que vem sendo escrita desde a Idade Média, contam casos, passam mensagens ou decoram o cotidiano português de forma abstrata.

Leia também: O que fazer em Lisboa: roteiro de 3 dias

A tradição lusitana recebeu influências diversas, como islâmica, indiana e holandesa, mas foi reinventada de uma forma única por ali. A originalidade, o simbolismo, o uso ininterrupto das peças por cinco séculos e as adaptações das técnicas conforme o estilo da época transformaram  azulejo na expressão máxima da cultura nacional e deram a ele um lugar cativo no coração dos portugueses. 

Andar pelas ruas de Lisboa já é visitar um museu do azulejo em espaço público, mas isso não torna a visita ao Museu Nacional do Azulejo desnecessária.

Localizado em um antigo convento, o lugar reúne quinhentos anos de história dessa arte. Além de peças portuguesas, o museu também tem azulejos espanhóis e holandeses.

O lugar é repleto de painéis de azulejos que foram desenhados para decorar diferentes construções. Durante a visita, você vai notar que muitos painéis imitam tapeçaria ou pinturas. Outros ilustram passagens bíblicas, fatos da história portuguesa, casos ficcionais e até mesmo piadas.

É interessante também notar como os azulejos usados na decoração do prédio se incorporaram à exposição. A igreja do convento, fundado no século 16, está preservada e aberta à visitação, como parte da exposição permanente do museu.

O terceiro piso abriga um gigantesco painel que representa o panorama de Lisboa antes do grande terremoto de 1755, que colocou a cidade no chão. Grande parte dos prédios retratados na obra de arte foi destruída com o sismo.

Museu Nacional do Azulejo – Serviço

O Museu Nacional do Azulejo fica na Rua Madre de Deus, 4. Para chegar lá, você pode pegar os ônibus 718, 742, 794, 759 (noturno), que param em frente ao prédio. Já o 29 e o 759 te deixam a cinco minutos de caminhada, na Av. Infante D. Henrique. Se preferir ir de metrô, desça na Estação de Santa Apolónia e caminhe por 20 minutos.

O horário de funcionamento é de terça a domingo, das 10h às 18h (última admissão às 17h30). O valor do ingresso é de 5 euros. Estudantes, jovens e pessoas com mais de 65 anos pagam meia. Crianças com até 12 anos entram de graça. Mais informações no site oficial.

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Natália Becattini

Sou jornalista, escritora e nômade. Viajo o mundo contando histórias e provando cervejas locais desde 2010. Além do 360meridianos, também falo de viagens na newsletter Migraciones, no Youtube e em inglês no Yes, Summer!. Vem trocar uma ideia comigo no Instagram. Você encontra tudo isso e mais um pouco no meu Site Oficial.

Ver Comentários

  • Natália, lindas fotos, adorei. Estamos indo em família para Lisboa nas férias. Como é o desconto de estudante nos museus de Lisboa? É só apresentar a carteira de estudante brasileira? Vc sabe se tem limitação de idade? É que eu e meu marido estamos estudando também. Parabéns pelo post!

    • Olá Sandra, para ser mais garantido, o pessoal costuma fazer a carteirinha internacional de estudante para viajar pela Europa, mas em Portugal, por conta da facilidade da língua, costumam aceitar a brasileira sim. Claro, sempre pode ter alguém que vai implicar, mas acho mais difícil e só pelo valor do Museu do Museu do Azulejo não vale a pena fazer a outra.

  • Que lindos, Natalia! Pena que nao fiquei sabendo desse museu antes de ir a Lisboa, no ano passado... Mas tirei muitas fotos pelas ruas e voltei totalmente apaixonada por essa arte!
    Parabéns pelo post!

  • Eu adorei esse museu! Fui lá já faz um tempão rs (2001), mas é uma das coisas que mais lembro de Lisboa! Pena que nem tenho boas fotos!

    • Também foi uma das atrações preferidas da minha viagem, Fernanda. Nem sei porque demorei tanto tempo para escrever sobre ele. =)

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Natália Becattini

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