Uma passagem de volta ao mundo mudou nossas vidas. Foi por causa da compra desse ticket, pouco antes de embarcarmos para um intercâmbio na Índia, que o 360 foi criado. Daí, já viu, nasceram também um monte de histórias para contar.
Desde então, já publicamos diversos textos sobre as passagens de volta ao mundo, sempre mostrando que esse ticket não é impagável – na época paguei cerca de 4300 dólares, com taxas, pelas minhas passagens, que me levaram numa viagem de 10 meses.
A passagem de volta ao mundo, pra quem não sabe, é vendida pelas alianças de empresas aéreas: Star Allince, Oneworld e SkyTeam. Dá para simular roteiros (e preços!) online, nos sites das três alianças, como explicamos no vídeo abaixo.
O problema é que muita gente, ao simular viagens de volta ao mundo, se esquece das regras das tarifas, que ficam mais caras conforme a quantidade de milhas percorridas ou número de continentes visitados. Para provar que ainda é possível achar esses tickets por valores pagáveis, simulamos cinco roteiros de volta ao mundo que custam entre 4 mil e 4500 dólares.
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Depois de passar horas simulando diversos roteiros de passagens de volta ao mundo nas três principais alianças aéreas, descobri que o simulador mais fácil de usar é o da SkyTeam. Curiosamente, foi também essa aliança que deu os melhores preços. Em dólares, as passagens de volta ao mundo da Skyteam custam exatamente o mesmo tanto que eu paguei há quase 3 anos. Nesse caso, o problema é que o valor do dólar em relação ao real aumentou.
O voo inicial desse roteiro é em São Paulo. É de Sampa que seguimos para Amsterdam, aproveitando que a KLM faz parte dessa aliança. Em seguida vamos para Moscou, Nova Delhi, Seul (na Coréia do Sul), Tóquio, Cidade do México e São Paulo novamente. O preço? U$ 4212, já com taxas, o que daria cerca de R$ 11 mil, com o dólar cotado a R$ 2,60.
Simulei essa viagem com a Star Alliance, somente com voos diretos e com a viagem partindo e terminando em São Paulo. O roteiro tem paradas em Madrid, Istambul, Abu Dhabi, Nova Delhi, Tóquio, São Francisco e Nova York, de onde sai o voo de volta para o Brasil.
O preço? R$ 12.151, ou cerca de $4.600, já estimando as taxas dos aeroportos. Em reais esse valor é bem superior ao que eu paguei em 2011, diferença causada por conta da variação cambial.
Também simulada pela Star Alliance. E aproveitando uma das grandes vantagens que essa aliança oferece: voos diretos entre Brasil e África, via South African Airways. O roteiro parte de São Paulo, passando em seguida por Joanesburgo, na África do Sul, e Nairóbi, no Quênia.
Da África a volta ao mundo nº 3 segue para Mumbai, na Índia. Depois é hora de conhecer Bangkok, Tóquio e finalmente desembarcar na América, mas dessa vez por Vancouver, no Canadá. Como no roteiro anterior, a última parada é Nova York, de onde sai o voo de volta para o Brasil. O preço? Tá estimado na tela: R$ 12.180, ou $ 4600, com a moeda norte-americana cotada a R$ 2,60.
Bora tentar uma opção mais latina? Também simulada com a Star Alliance, essa volta ao mundo parte de São Paulo, mas segue o caminho oposto: o primeiro oceano que iremos cruzar é o Pacífico. Mas antes passamos por Lima, no Peru, pela Cidade do México e por São Francisco, já nos Estados Unidos.
Da terra do Obama pegamos o voo para Tóquio. Depois, hora de conhecer Manila e as outras belezas das Filipinas. O roteiro tem ainda Cingapura e Joanesburgo, na África do Sul, de onde parte o voo de volta para o Brasil. Repare que o preço estimado pelo site é praticamente o mesmo.
Você reparou que os roteiros anteriores sempre passavam por Estados Unidos e Japão, mas se esqueciam da Oceania? Isso foi por conta das empresas que fazem parte da Star Alliance, que acabam tornando esses países mais frequentes no roteiro.
Assim como é uma vantagem pensar na Star Alliance caso você queria passar por esses países (ou pela África), é uma grande vantagem pensar na Oneworld caso seu foco seja a Oceania ou o sudeste asiático. Isso tem explicação: Qantas, LAN e Cathay Pacific, campeãs de voos nessa parte do globo, fazem parte da Oneworld.
Portanto, o roteiro número quatro foi simulado com a Oneworld. O voo inicial foi em São Paulo. Em seguida estão no roteiro Madrid, Londres, Moscou, Amã (na Jordânia), Bangkok, Sydney e Auckland (na Nova Zelândia). Da Oceania vamos para Santiago, no Chile, de onde parte o voo de volta para o Brasil. O preço está na mesma faixa da Star Alliance.
Você certamente se lembra da história contada por Júlio Verne em “A Volta ao Mundo em 80 dias”. O roteiro do personagem principal do livro, Phileas Fogg, começa em Londres. E passa por Suez (Egito), Mumbai, Calcutá, Hong Kong, Yokohama (hoje região metropolitana de Tóquio), São Francisco, Nova York e novamente Londres.
É claro que o personagem não fez o trajeto de avião, mas quanto custaria uma passagem de volta ao mundo exatamente com esse roteiro? Resposta na imagem abaixo: R$ 10.687. Sorte de quem vive em Londres, que tem a opção mais barata dos roteiros que listamos aqui, muito por conta das milhas percorridas e da quantidade de voos que partem ou chegam de Londres.
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Rafael, acho que confundi tudo... Tem algum roteiro que passe tanto pela Índia quanto Oceania? Quis dizer, cruzar mesmo todos os continentes e oceanos nesta viagem? Qual tempo mínimo que você sugere, considerando que só se vai passear e não morar?
Obrigada,
Oi, Alline.
Com as passagens de volta ao mundo você consegue montar o roteiro que quiser. Eu, por exemplo, passei pela Índia e pela Oceania. Listei apenas exemplos aqui. Vai lá no site das empresas e tenta simular o seu - essa é a melhor forma de sonhar com a viagem. :)
Abraço.
Oi Rafael, td joia? Muito bom o texto, vou pesquisar mais opções na Sky Team. Já li vários artigos sobre passagens de volta ao mundo e tem uma coisa que não entendo bem.
Na prática, como o viajante se desloca para cidades que não estão nos pontos de parada? Por exemplo, o roteiro comprado tem um trecho em Mumbai. Ele desce lá e resolve conhecer outras regiões da Índia. Muitas serão bem longe de Mumbai. Depois vai ter que voltar para Mumbai para continuar a viagem? Isso não acaba ficando caro (pegar voos internos, etc)?
Oi, Angélica. Você se desloca por conta própria. Pode ficar dois meses na Índia, viajando de trem, ônibus, avião (comprado por fora). Eu fiquei seis meses lá e fiz isso tudo. :)
Acabou o tempo na Índia? Você tem duas opções: voltar para Mumbai e pegar o voo da RTW de lá. Ou então marcar o trecho como de superfície, na hora da compra, e escolher outro aeroporto para pegar o avião, tipo Nova Delhi.
Esse trecho de superfície é contato como um dos 16, limite máximo que você pode usar, mas facilita na sua organização, o que pode ser uma vantagem.