O que fazer em Washington DC: roteiro de dois dias

Se você gosta de história e curte cidades interessantes, você vai gostar de Washington DC, a capital dos Estados Unidos. O nome Washington é em homenagem ao velho presidente americano e Columbia (DC quer dizer District of Columbia) vem do descobridor da América, Cristovão Colombo. Eu percebi que os estadunidenses em geral falam da sua capital como DC, apesar de no resto do mundo a gente chamar mais de Washington. Mas saiba que ambos são a mesma coisa.

A cidade foi planejada para ser a capital e foi “inaugurada” em 1800. Passou por invasões britânicas e foi por isso que a residência oficial do presidente ficou conhecida como Casa Branca: é que, segundo a sábia Wikipedia, após a invasão, a construção foi pintada de branco para esconder as manchas pretas das paredes queimadas. A cidade também viu a guerra civil,  o assassinato de Lincoln, o escândalo de Watergate e  muitos dos acontecimentos políticos importantes na história dos Estados Unidos.

E mesmo quem não está tão ligado em história ou política consegue encontrar coisas interessantes para fazer na cidade, como visitar os vários museus legais e gratuitos. E o melhor é que dá para fazer tudo a pé. Essa foi uma cidade em que eu não peguei transporte público para nada, exceto para ir até o aeroporto. Mas, em todo caso, tem metrô e ônibus para quem quiser.

Praticamente tudo de importante está localizado no National Mall, ou simplesmente, The Mall, que é um parque vai do Capitólio ao Lincoln Memorial. Por ali, ficam também a Casa Branca e o complexo de museus Smithsonian. A primeira dica importante é dividir o Mall em seções e visitar metade em um dia e metade em outro, porque a caminhada parece mais longa do que de fato é.

Veja também: Onde ficar em Washington

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Meu roteiro em Washington DC

Eu cheguei em Washington perto do final do dia e fui direto para a Casa Branca. Só é possível ver a construção do lado de fora. O lado de trás fica perto de uma praça. O outro lado, que é aquele mais famoso, dá para ver mais de longe. Infelizmente, Obama não deu o ar de sua graça na minha visita.

De lá, caminhei até o centro do The Mall, que é o Washington Monument, ou a versão gigante do Pirulito da Praça Sete (alô, alô Beagá). Brincadeiras a parte, o monumento é um obelisco enorme de mármore que fica no alto de um morro, bem no meio do parque, garantindo uma vista super legal do Capitólio de um lado e do Lincoln Memorial do outro. O Monumento de Washington já foi uma das construções mais altas do mundo. Tem como subir lá no alto, mas essa visita está fechada desde agosto de 2011, por causa de um terremoto. Como já era fim de tarde, eu vi um pôr-do-sol pra lá de incrível aos pés do Washington Monument. Aliás, foi tão bonito que recomendo a quem visitar a cidade que planeje a visita para esse horário.

No dia seguinte, começamos o dia cedo no Capitólio. Para quem não sabe, o Capitólio, ou em inglês, o US Capitol Building, é aquele prédio branco com um domo enorme, onde funciona o Congresso dos EUA – Senado e Câmara dos Representantes. A cidade foi planejada com o Capitólio como centro. Como é um prédio histórico importante, eles também têm um centro para visitantes. A visita guiada é gratuita, mas em inglês. Você conhece o prédio por dentro, vê como é “por baixo” do domo e conhece um pouco mais a história dos Estados Unidos e também sobre a arte na construção. Também é possível conseguir passes de hora em hora para acompanhar uma sessão legislativa.

Saindo de lá, parti para a Biblioteca do Congresso, que é a maior biblioteca do mundo em espaço de armazenagem e número de livros. Não dá para entrar em todos os lugares, para não atrapalhar os leitores e nem “ameaçar” os livros, mas a área do Thomas Jefferson Building e algumas exibições especiais são abertas ao público. Além de ser uma construção linda, a biblioteca exibe documentos como a Bíblia de Gutemberg.

Saindo dali, ainda na região do Capitol Hill, dá para visitar o Jardim Botânico. É bem bonitinho e tem milhares de espécies de plantas. Seguindo o caminho, você chega ao complexo do Instituto Smithsonian. É o maior complexo de museus do mundo: são 19, abertos todos os dias, de graça. Como o tempo é curto, foi preciso fazer escolhas e eu escolhi o National Air and Space Museum, que agrada praticamente a todo mundo por ser um museu interativo que fala desde questões espaciais até a história dos aviões e espaçonaves, com modelos de tamanho real.

Fora do complexo Smithsonian, fui a dois outros museus de entretenimento e interatividade. O Newseum, o museu da Notícia. Nem preciso dizer que eu, jornalista, amei o lugar. Todo o conceito é muito bacana e eles passam por diferentes áreas do jornalismo e da sua história. É lá que está o maior pedaço do muro de Berlin fora da Alemanha. E também uma parte da torre caída do World Trade Center. Além disso, também o Madame Tussaud de DC, história que eu conto aqui.

Do outro lado do The Mall fica o Memorial de Lincoln. É uma homenagem ao presidente que foi assassinado em Washington, perto do fim da Guerra Civil. Em frente ao memorial – que foi  feito em estilo greco-romano e tem uma escultura gigantesca do Lincoln dentro – fica um espelho d’água.  Quando eu fui visitar Washington, no começo de 2009, o lago  estava vazio, por conta da posse do Obama. Ali perto também ficam memoriais de guerra: o National World War II Memorial, o Korean War Veterans Memorial e o Vietnam Veterans Memorial.

Depois desse texto enorme, você já deve ter percebido que há muito para ver e fazer em Washington DC. As ruas da cidade e regiões como Georgetown e Chinatown são muito interessantes. A vida noturna também vale a pena. Eu estive por três dias na cidade, logo depois que visitei Nova York. Cheguei lá depois de uma viagem de quatro horas de ônibus e recomendo a visita: a passagem sai por cerca de 30 dólares para quem compra pela internet pela Greyhound. E existem várias outras companhias que também fazem o trecho, algumas até mais baratas. Visite DC!

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Luiza Antunes

Luiza Antunes é jornalista e escritora de viagens. É autora de mais de 800 artigos e reportagens sobre Viagem e Turismo. Estudou sobre Turismo Sustentável num Mestrado em Inovação Social em Portugal Atualmente mora na Inglaterra, quando não está viajando. Já teve casa nos Estados Unidos, Índia, Portugal e Alemanha, e já visitou mais de 50 países pelo mundo afora. Siga minhas viagens em @afluiza no Instagram.

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