10 cidades mágicas para conhecer no México

O México vai muito além da agitada vida de sua capital, uma das maiores cidades do planeta, e das badaladas praias de Cancún. Longe dessas duas grandes portas de entrada para o país, repousam povoados únicos, que parecem ter parado no tempo e que, entre casas coloridas e becos de pedra, guardam aquilo que de mais importante o México tem a oferecer: sua bela e diversa cultura e tradições milenares.

As “Cidades Mágicas”, ou Pueblos Mágicos, como são conhecidos em espanhol, são localidades que possuem atributos simbólicos, lendas e história que as fizeram sempre presentes no imaginário popular mexicano. E que ainda guardam autenticidade cultural e uma certa magia em suas manifestações folclóricas e sociais.

Os lugares que fazem parte da lista, mantida pela Secretaria de Turismo do país a fim de fomentar o turismo e preservar as tradições já bastante ameaçadas pela globalização, costumam ser refúgios cercados de natureza exuberante, gastronomia rica e única e muitos segredos a serem explorados. Ao todo, 111 municípios, espalhados de norte ao sul do país, já receberam o título de Pueblo Mágico. Você pode encontrar a lista completa aqui.

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Cholula, Puebla

Pirâmide, igreja e vulcão: um dos cartões-postais mais conhecidos do México está em Cholula, uma pequena cidade no estado de Puebla, a um bate-volta de distância da capital do país. Centenária, mas sem perder o dinamismo graças à grande população universitária que enche as ruas – e os bares – de vida, chegou a ser classificada pelo conquistador Hernán Cortés como a cidade mais bonita fora da Espanha, pouco antes de massacrar seus moradores desarmados, em 1519. Por sorte, nem tudo foi destruído e você ainda pode ter um vislumbre do que foi a segunda cidade mais importante da região e o “maior monumento jamais construído em qualquer lugar, por qualquer civilização, até os dias de hoje“, segundo a BBC.

Leia também: A grande pirâmide de Cholula e o povoado mágico

San Cristóbal de las Casas, Chiapas

Repleta de igrejas, casarões coloniais e ruas estreitas que estão frequentemente dominadas por pedestres, San Cris, como prefere ser chamada, é uma das cidades mágicas mais icônicas do México. Mas sua riqueza não está apenas na arquitetura charmosinha, nos restaurantes gourmet e nas mais de 20 igrejas espalhadas por ali. San Cristóbal preserva sua identidade maia por meio da população indígena local, que ainda mantém suas tradições, língua, vestuário e artesanato típico. E, já que você está por ali, que tal conhecer os povoados de Zinacantán e San Juan Chamula para ter um contato ainda mais próximo com a cultura que vive ali desde de tempos pré-coloniais?

Leia também: San Cristóbal de las Casas, comida boa e natureza no sul do México

San Juan Chamula: rituais maias no sul do México

Palenque, Chiapas

Palenque foi o centro mais importante da cultura maia no período pré-hispânico. Hoje, essa história está registrada nas pirâmides que formam um dos sítios arqueológicos mais visitados do México. O lugar ainda está cercado por florestas tropicais que formam o Parque Nacional de Palenque, perfeito para trilhas e observação de animais – como aves, onças, macacos e outros mamíferos, muitos deles só encontrados naquela parte do globo.

Comala, Colima

Essa pequena cidade colonial esconde o melhor da gastronomia mexicana atrás de seus portais, mas é em seus arredores – nos lagos, campos e montanhas – que a magia acontece. Comala é a base para explorar o vulcão de Colima, o mais ativo do México. Essa beleza natural pode ser vista de diversos povoados próximos, em especial da Fazenda de San Antonio, na divisa com Jalisco.

Tulum, Quintana Roo

Tulum junta tudo aquilo que muita gente procura em um destino de férias: praias de água azul-caribe e areia branquinha, diversas oportunidades para a prática de ecoturismo, esportes aquáticos e de aventura e uma rica história por trás, representada pelas estruturas ancestrais que resistiram ao tempo e às conquistas, no sitio arqueológico de Tulum.

Leia também: Roteiro de 15 dias pelo México

Real de Catorce, San Luís de Potosí

Um dia, esse peculiar povoado foi chamado de “Real de Minas de la Limpia Concepción de los Álamos de Catorce”. Importante centro de mineração no século 18, ainda preserva em suas ruas de vários tons de marrom a memória dos tempos de prosperidade que vieram e se foram com as minas. Não deixe de fazer uma visita ao Pueblo Fantasma, um local com construções abandonadas no meio do deserto.

Huasca de Ocampo, Hidalgo

Em náhuatl, Huascazaloyam quer dizer “lugar de pássaros, água, vegetação e alegria”. O local está cercado de maravilhas naturais e tem um folclore rico de seres encantados que habitam os bosques e a imaginação dos moradores, em uma interpretação literal do que significa ser um pueblo mágico. Entre as belezas mais visitadas, estão as primas bálticas, cachoeiras com pedras em formato geométrico na represa San Antonio.

Bacalar, Quintana Roo

Só o combo água azul e cabaninhas de palha já deveria ser suficiente para agregar o adjetivo mágico a qualquer destino, mas Bacalar soma a isso histórias de invasões piratas, batalhas no Fuerte de San Felipe e heranças da cultura maia, dando ao termo todo um novo sentido.

Mazunte, Oaxaca

Do outro lado do país, na costa pacífica, está Mazunte, cuja magia vive nas tartarugas marinhas que chegam a cada ano para deixar ali seus ovos. Depois de quase serem extintas por ali, o lugar se tornou uma referência na preservação da espécie. Some a isso uma mata virgem e um pôr do sol que colore de laranja o pacífico a cada entardecer.

Leia também: Puerto Escondido, um paraíso do surf na costa pacífica do México

Cuetzalan, Puebla

Cuetzalan está encravada no alto de montanhas e no meio de selvas abundantes, vales férteis, cascatas e trilhas nas quais habitam animais fantásticos do folclore popular, cavernas misteriosas e poços de água cristalina. Suas ruas em forma de serpente levam ao alto dos morros de onde se pode ver os casarões coloniais de pedra. Esse também é um bom lugar para apreciar a dança mágica dos voadores diretamente de um dos corações do povo totonaca.

Leia também: A dança mágica dos voadores de Papantla

Fotos: Shutterstock

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Natália Becattini

Sou jornalista, escritora e nômade. Viajo o mundo contando histórias e provando cervejas locais desde 2010. Além do 360meridianos, também falo de viagens na newsletter Migraciones, no Youtube e em inglês no Yes, Summer!. Vem trocar uma ideia comigo no Instagram. Você encontra tudo isso e mais um pouco no meu Site Oficial.

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