Esquece aquela coisa de pegar o protetor solar e caminhar até a praia. Em Paraty, banho de mar envolve esforço, mas vale a pena. Ou você pega o carro, deixa o centro histórico e procura uma das praias ao redor – o distrito de Trindade é a opção de muitos -, ou então o jeito é navegar. É por isso que fazer um passeio de barco em Paraty é quase que uma unanimidade entre turistas.
Dito isso, é necessário entender que há duas opções. Você pode fazer um passeio de escuna, barcos que levam entre 100 e 250 pessoas. A vantagem óbvia é o valor – esses passeios custam a partir de R$ 40. Eu paguei um pouco mais, cerca de R$ 60, mas viajei na altíssima temporada, dias antes do Réveillon.
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Paraty, RJ – o que fazer, praias, passeios, quando ir e como chegar
Depois do café, pedimos para a dona da pousada uma indicação de passeio. Como todos estavam lotados, ela conseguiu vagas na terceira ligação. Depois de uma passada rápida na agência, no centro de Paraty, para pagar o tour, seguimos para o cais, no centro histórico da cidade. Todos os passeios de barco saem dali, portanto é possível contratar o seu lá mesmo. É preciso ter o ingresso para acessar o píer. Quase todos os passeios saem por volta das 11h.
Primeiro ponto negativo dos passeios de escuna: música. Foi só entrar no barco para começar a passar raiva com a música ao vivo que vinha da embarcação ao lado. O problema é que gosto musical, claro, varia, e não há garantias de que você goste do que vai tocar durante o passeio. Eu estava felizão com meu barco, que aparentemente não tinha música, mas foi só sairmos do cais pro show começar. O pior é que o couvert artístico não estava incluído no preço do passeio, não era opcional e isso só era avisado depois que já estávamos navegando. Pelo menos o valor era baixo (R$ 8) e no fim das contas o cantor mostrou ser um cara simpático.
O ponto alto do passeio é quando ainda estamos pertinho da cidade. É dali que Paraty ganha seu melhor cartão-postal, com seus casarões, ruas e ar de cidade histórica, mas com um marzão azul para compor o cenário. Tem como não gostar?
Seguimos navegando pelas ilhas próximas. De tempos em tempos a cantoria parava e vinha uma explicação. Passamos pela ilha do navegador Amyr Klink, que vive por ali desde a infância e aprendeu em Paraty a gostar do mar, e também por uma onde foi gravado o filme Amanhecer, da série Crepúsculo. O passeio, que dura cinco horas, tem duas ou três paradas para banho. Em todas é possível fazer snorkeling (leve o seu) ou nadar até as praias próximas.
O almoço é no barco e precisa ser pedido no começo da viagem, mas em geral são servidas porções durante todo o passeio. No fim das contas achei que teria sido melhor pedir uma porção – o almoço tem hora restrita e as porções pareciam bem servidas. Também são vendidas bebidas. Além da música, outras desvantagens do passeio de escuna são o roteiro engessado, o pouco tempo disponível para ficar em cada lugar e a quantidade de gente. Esse último problema fica bem menor na baixa temporada, quando as escunas navegam mais vazias.
Por outro lado, há vantagens nesse tipo de passeio. E além do preço mais baixo. Essa é uma boa opção para quem viaja sozinho ou até casais e pequenos grupos que queiram companhia e um clima mais animado.
Passeio de barco em Paraty: lanchas
Eu não fiz, mas já está no topo da minha lista para a próxima visita. O ponto central é que fazer um passeio particular não fica tão mais caro não, principalmente para quem viaja em grupos pequenos, entre 4 e 9 pessoas – pode sair em torno de R$ 120 por passageiro.
Um investimento que garante roteiro mais flexível, música de seu próprio gosto, paradas em restaurantes à beira-mar e, claro, passeios mais vazios. Em geral as lanchas saem um pouco antes das escunas e fazem o roteiro com bem menos gente, inclusive nas praias. É por isso que os passeios particulares ocupam todas as primeiras posições do ranking do Tripadivisor para tours em Paraty.
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