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Tiradentes, em Minas Gerais: como planejar sua viagem

Não vou mentir para você: Tiradentes não é minha cidade histórica favorita. No ranking de destinos mineiros, coloco Ouro Preto e Diamantina na frente. Mas o problema é que não dá para comparar essas cidades. Se Ouro Preto ganha pontos na história e no centro histórico, Tiradentes é imbatível no charme. É pequena e pode ser percorrida na metade de um dia. Os casarões estão bem conservados e não faltam restaurantes e bares interessantes.

Tiradentes é quase uma cidade cenográfica – e assim foi várias vezes, graças a séries e minisséries globais, que colocaram a cidade no mapa turístico nacional (Hilda Furação e JK são duas das mais conhecidas). Por tudo isso, vale muito incluir a cidade no seu roteiro por Minas Gerais. No próximo texto vou falar um pouco mais sobre a cidade em si e suas atrações. Neste, o objetivo é dar o passo a passo para você planejar sua viagem para Tiradentes. Vamos lá?

Veja também: 5 roteiros de mochilão pelo Brasil

Onde ficar em Tiradentes, pousadas

Como chegar em Tiradentes

A capital mais próxima é Belo Horizonte, que está a 190 km de distância, pelas BRs 040 e BR-383. Também é fácil ir de ônibus. A Viação Sandra faz o trajeto, mas com destino a São João del-Rei, com sete saídas diárias. A viagem dura 3h30 e custa cerca de R$ 60. Da rodoviária de São João é preciso pegar outro ônibus (R$ 3) ou um táxi (R$ 40) para Tiradentes.

São João del-Rei está a 320 km do Rio de Janeiro (Viação Paraibuna, R$ 77)  e a 480 km de São Paulo (Viação Útil, R$ 95).

Devo alugar um carro?

Depende. Se for só por Tiradentes, não. A resposta também tende a ser negativa se você estiver viajando sozinho – o custo/benefício não compensa e é melhor ir de ônibus. Por outro lado, quem viaja acompanhado pode usar o carro como um facilitador não para o centrinho de Tiradentes, onde o veículo é inútil, mas para conhecer os arredores (falo disso abaixo).  Se optar por alugar o veículo, nesse texto aqui explicamos como garantir o melhor custo/benefício.

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Quantos dias ficar em Tiradentes

Dá para conhecer todas as atrações de Tiradentes num único dia. E embora eu já tenha feito essa viagem no esquema bate-volta, a partir de BH, em duas ocasiões, não recomendo isso. O melhor é passar pelo menos duas noites em Tiradentes. Caso queira conhecer também São João del-Rei, três noites funcionam ainda melhor. E você terá tempo de sobra para curtir os bares e restaurantes de Tiradentes, que são a melhor parte da cidade.

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Quando ir a Tiradentes

Você pode ir o ano inteiro, mas há dois festivais que movimentam a cidade, atraem milhares de turistas e turbinam as atrações. Além, claro, de aumentarem os preços (e a concorrência) nas pousadas. Em janeiro ocorre o Festival de Cinema, com exibição gratuita de filmes na praça principal da cidade, entre outros eventos. Já agosto é o mês do Festival de Gastronomia, que toma conta dos restaurantes e leva chefs de todo o Brasil e até do exterior para lá. Feriados religiosos, em especial a Semana Santa, também alteram a rotina e as atrações de Tiradentes.

Quanto vou gastar?

Os hotéis são ligeiramente mais caros que os de Ouro Preto, talvez por conta do menor número de opções. Em dias normais, as diárias em pousadas custam entre R$ 160 e R$ 400, em média, no quarto duplo. Os valores sobem em feriados ou durante os festivais. Além disso, considere gastar R$ 50 a R$ 70 por refeição, em bons restaurantes. Há opções mais baratas. O resto dos gastos fica por conta de entradas em igrejas (de R$ 5 a R$ 10, no máximo), compras, bebidas ou outros passeios.

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Onde ficar

O coração da cidade é o Largo das Forras, uma praça repleta de restaurantes. Fique numa das pousadas ao redor e você estará bem. E não é um problema ficar um pouco mais afastado – Tiradentes tem apenas 7 mil habitantes e é fácil percorrer todas as ruelas, mesmo que subindo alguns morros, a pé.

Eu já me hospedei na Pousada do Laurito, que é simples, fica num casarão colonial, mas tem uma localização perfeita, em plena Rua Direita. A Pousada Mãe D’Água e o Hotel Ponta do Morro são outras alternativas. Neste texto aqui eu dou dicas de pousadas e hotéis em Tiradentes.

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Passeios nos arredores de Tiradentes

A resposta óbvia é São João del-Rei, que está a 15 quilômetros de distância e tem um centro histórico impressionante e bons restaurantes. O passeio de Maria Fumaça é a forma mais turística de juntar as duas cidades – você pega o trem, passa algumas horas em São João e retorna para Tiradentes, que é uma base melhor. Mas também é simples (e bem mais barato) fazer o percurso de transporte público, até mesmo porque os ônibus que vêm de capitais param na rodoviária de São João del-Rei.  Quem quiser ter mais tempo para conhecer São João, o que eu recomendo, pode fazer apenas uma perna de trem, indo para a cidade bem antes da hora da saída da locomotiva.

Além disso, outra dica, principalmente para quem vem de BH, é combinar Tiradentes e São João del-Rei com Congonhas, a cidade dos profetas do Aleijadinho. O ônibus da Viação Sandra, que liga BH e São João, para em Congonhas, que está no meio do caminho entre as duas cidades. Um roteiro interessante é sair cedo de BH, descer em Congonhas, passar o dia lá e seguir no final da tarde para São João del-Rei/Tiradentes.

Sobrou tempo? A partir de Tiradentes, vale a pena conhecer também Bichinho, um povoado de mil habitantes que fica a sete quilômetros do centro histórico e que é famoso por conta do artesanato, e também Prados, outra cidade histórica da região.

Nesse texto aqui ensinamos como juntar Ouro Preto, Congonhas, Tiradentes e Inhotim na mesma viagem.

Tiradentes Viagem

Outras informações

Há agências do Itaú e do Bradesco, além de uma Casa Lotérica. Os restaurantes e hotéis aceitam cartão, mas leve algum dinheiro em espécie com você, só para evitar surpresas.

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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