fbpx

Orla do pôr do sol: ponto turístico de Aracaju

O problema de batizar um lugar de Orla do Pôr do Sol é aumentar exageradamente a expectativa pela hora mais bonita do dia. Por sorte, esse cantinho de Aracaju entrega o que promete: observar o final do dia dali é mesmo um espetáculo. O detalhe é que o pôr do sol – e o banho ou esportes aquáticos – não é de mar, mas de rio.

O Oceano Atlântico tem sua parte na cota de beleza da capital sergipana, mas a verdade é que águas fluviais têm um papel ainda maior. Aracaju fica entre dois rios. O Sergipe, ao norte, é onde está o centro histórico, incluindo o Mercado Municipal, ótimo lugar para almoçar com vista para o rio.

Na outra ponta, já sentido Bahia, está o Rio Vaza-Barris. É ali que fica a Orla do Pôr do Sol, numa área tranquila chamada Mosqueiro e a 30 minutos (17 km) da Orla do Atalaia, onde ficam a maior parte dos hotéis, restaurantes e bares da cidade – e onde você provavelmente irá ficar. O percurso é todo pelo litoral, via Avenida Inácio Barbosa.

Orla do Pôr do sol, Aracaju

Existem três formas de você chegar lá. A mais prática, claro, é de carro. Foi o que fizemos. Ida e volta de uber saíram por menos de R$ 60 – de táxi o custo é de cerca de R$ 100. Quem preferir pode alugar um carro, não para conhecer as atrações mais centrais de Aracaju, em que um veículo próprio é dispensável, mas justamente para visitar lugares mais afastados, tipo a Orla do Pôr do Sol, a Praia do Saco, São Cristóvão, cuja praça é Patrimônio Mundial segundo a Unesco, e até mesmo o Cânion do Xingó, que fica a 220 km de Aracaju. Se optar pelo aluguel do carro, não deixe de ler esse texto aqui.

Também dá para ir de ônibus, pela linha 600-1, que passa na Orla do Atalaia. Além disso, algumas agências oferecem passeios que passam pela Orla do Pôr do Sol, seja na volta da Praia do Saco, seja para pegar o barco que leva para a Croa do Goré. Espere gastar R$ 50 nesses tours. Fiz um passeio desses com a Receptivo Aju (79 32234332), ligado ao Aju Hostel, onde me hospedei, e recomendo.

Veja também: Onde comer em Aracaju – dicas de restaurantes

Onde ficar em Aracaju: dicas de hotéis, pousadas e praias

Cânion do Xingó: como chegar, quando ir e outras dicas

Praia do saco: passeio pelo litoral sul de Sergipe

passeio Aracaju

Estive duas vezes na Orla do Pôr do Sol. A primeira foi numa sexta-feira, dia em que pouquíssimos turistas passeavam por ali. Encontramos dois bares abertos – um em cada ponto do calçadão. Algumas pessoas faziam stand up paddle e barquinhos coloridos ancorados completavam o cenário. O programa foi tirar fotos, pedir uma cerveja e assistir o fim do dia.

pontos turísticos de aracaju

A segunda passagem foi na volta do passeio pela Praia do Saco, na divisa com a Bahia, e ocorreu num feriado. O cenário era outro – muitos turistas e moradores de Aracaju dividiam lugar com barraquinhas de comida. Mas o melhor dia para ir até lá é sábado, quando ocorre o Projeto Pôr do Sol, organizado pela Secretaria de Turismo de Aracaju. A programação começa às 15h e envolve feirinha de artesanato, barracas de comida e apresentações típicas. Próximo do fim do dia o Valtinho, um artista local, entra num barco e começa a tocar sua sanfona, algo que já virou uma tradição por ali.

o que fazer em Aracaju

Orla do Pôr do Sol: passeio para a Croa do Goré

Croa é uma elevação de terra que surge no meio de um rio. Já goré é um tipo de crustáceo, o que explica o nome desse lugar: um banco de areia que surge no meio do Vaza-Barris durante a maré baixa e que é frequentado há décadas por moradores locais, que vão em busca de caranguejos.

Como em outras capitais litorâneas, as praias mais urbanas de Aracaju não são as melhores para banho. A Orla do Atalaia tem ótima infraestrutura, mas os restaurantes estão no calçadão, não de frente para o mar, onde há apenas alguns quiosques e barraquinhas. Outra opção para banho de mar é a Praia de Aruana, que fica relativamente perto do centro e tem restaurantes quase na areia, mas a melhor alternativa mesmo é a Croa do Goré.

Os barcos que levam até o banco de areia saem da Orla do Pôr do Sol. Apesar de visitar o local duas vezes, não consegui ir na maré baixa, quando essa prainha do meio do rio se forma. Portanto, o ideal é ir de manhã ou no máximo no começo da tarde. E, claro, de preferência no sábado.

Da Orla do Pôr do Sol saem também outros passeios de barco, como o que leva até a Ilha dos Namorados.

Inscreva-se na nossa newsletter

Avalie este post

Compartilhe!







Eu quero

Clique e saiba como.

 




Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

  • 360 nas redes
  • Facebook
  • YouTube
  • Instagram
  • Twitter

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

4 comentários sobre o texto “Orla do pôr do sol: ponto turístico de Aracaju

2018. 360meridianos. Todos os direitos reservados. UX/UI design por Amí Comunicação & Design e desenvolvimento por Douglas Mofet.