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Atlas: Bangkok, Phuket, Tailândia

Culinária tailandesa em duas palavras: cachorro-quente

Absolutamente tudo que eu já experimentei da culinária tailandesa no Brasil me faz salivar só de lembrar: o arroz doce com cardamomo, o pad thai (um macarrão com massa de arroz preparado com tamarindo, molho de peixe, legumes etc), frango com curry e leite de coco… Delícias. Mas eu praticamente só tenho uma lembrança da cozinha tailandesa in loco: cachorro-quente do 7-eleven. Isso mesmo, leitor, este é um post desabafo.

Claro que eu experimentei outras coisas nesse país, mas a iguaria feita com salsicha foi, sem dúvida, o prato campeão em consumo. Como se não bastasse a decepção com várias das paisagens naturais e as festas, ainda enfrentamos o grave problema do combo chuva+ falta de dinheiro, que contribuiu para uma experiência gastronômica azeda.

Pad Thai, culinária tailandesa

Pad Thai: meio exótico, meio saboroso, meio caro, meio raro na minha dieta

Começo falando da falta de dinheiro. A Tailândia é um dos destinos turísticos mais procurados no mundo e, claro, falou em gringo, falou em preço alto, pelo menos para padrões de sudeste asiático. Só que, ao contrário dos europeus, eu não cheguei lá cheia de dólares (ou baths) para gastar. E aí ficou difícil.

Sim, há comida barata, mas ela normalmente se restringe a arroz – o principal item da dieta local – geralmente acompanhado com frango ou legumes, tudo bem condimentado. Muitas vezes, a variedade do arroz é o jasmim, mais adocicado e que, após ser consumido por longos períodos, se tornou enjoativo ao meu paladar. Vale lembrar que eu já estava à base dessa dieta de fried rice há um mês (Índia, Nepal e muitos outros países da Ásia tratam a receita como o nosso arroz com feijão).

Não, o cachorro-quente não surgiu só porque eu estava cansada do arroz. Ele surgiu, ainda, porque entrou em cena o segundo elemento definidor: a chuva. Choveu tanto quando estávamos em Phuket, mas tanto, que não era possível sequer atravessar a rua sem tomar um banho de lama até os joelhos! E aí o jeito foi recorrer ao único mercado que estava no mesmo quarteirão que o hotel: o 7-eleven, loja no melhor estilo tem de tudo.

No Brasil a empresa não deu muito certo, mas ela reina praticamente em todos os outros lugares do mundo. Segundo a Wikipédia, desde 2007, é a maior cadeia de lojas em todas as categorias, com unidades em 18 países. Os maiores mercados estão no Japão, nos Estados Unidos, na China, e… na Tailândia . Existem 4.055 lojas nesse país, sendo mais de 1.500 em Bangkok, a capital. Isso significa, na prática, uma coisa: há uma loja em cada esquina ou até mesmo duas em cada quarteirão.

7_Eleven - culinária tailandesa

Típico 7 Eleven do sudeste asiático (Foto: Calvin Teo, Wikimedia Commons)

Foram muitos hot dogs nada apetitosos: com salsicha recheada com queijo, salsicha enrolada no bacon, com mostarda, alface, cebola ou tomate (e só isso, porque lá não é Brasil, onde tem até purê de batata na barraquinha da feira). Para complementar, às vezes rolava uma batatinha frita (industrializada) ou um pão de chocolate (industrializado). Ah, havia o sensacional pão recheado com feijão, bem como o sorvete feito com o mesmo grão. Todos esses pareciam ótimas alternativas. Só que não.

Então, se você vai mesmo incluir a Tailândia no seu roteiro turístico de mochileiro, minha dica é: reserve um pouco mais de grana e vá em um período bem longe das monções, quando dá para experimentar a verdadeira comida de rua, com a qual eu só tive contato umas poucas vezes e que, ainda assim, é motivo para outra postagem.

 

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Aline Gonçalves

Preciso provar outros sabores para ter certeza de que a melhor combinação do mundo é o arroz com feijão.

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7 comentários sobre o texto “Culinária tailandesa em duas palavras: cachorro-quente

  1. Só uma correção no texto, na verdade o 7-Eleven já chegou ao Brasil a no mínimo 20 anos. Falo pois costumava frequentar quando morei em São Paulo nos anos 90… Porém, pra ser sincero, não sei se por algum motivo a cadeia fechou no Brasil. No demais, apesar do relato não muito “feliz”, o prato até que tem um bom visual hehe.
    Achei este site por acaso e tenho passado horas lendo e praticamente viajando junto com cada um deles. Muito legal o trabalho de vocês e as experiências que com certeza modificam a maneira de enxergarmos a vida e as próprias pessoas, e até mesmo de nós mero espectadores e leitores no momento! 🙂

    1. Ei Marcelo, não sabia que o 7-eleven já tinha vindo pro Brasil. Pesquisei aqui e vi que ela já chegou a ter 17 lojas em São Paulo nos anos 90! Olha só! Todas fecharam em pouco tempo. Acho que por aqui a franquia não pegou né? Bom, vou corrigir no post 🙂 Valeu pelo toque! Obrigada por visitar o 360meridianos e volte sempre!

      Abraços!

  2. OI ALINE TUDO BEM? POR FAVOR ME AJUDE,EU ESTAVA PLANEJANDO IR PARA A TAILANDIA AGORA NO COMEÇO DE DEZEMBRO VAS VC DISSE QUE A MELHOR EPOCA É APARTIR DE JANEIRO?
    PQ?QUERO IR PARA BANGKOK E PARA AS PRAIAS, DIZEM QUE ESSA EPOCA A TEMPERATURA GIRA EM TORNO DE UNS 20 GRAUS? SERA QUE É VERDADE? É MUITO FRIO? AS MONCOES SAO APARTIR DE NOVEMBRO NA COSTA LESTE? ONDE FICA A COSTA LESTE? OBRIGADO

  3. Eu fui p bangkok, phuket, ko phi phi, ko lanta, ko samui, ko phangan e krabi. Em todos os lugares comi bem demais e nunca paguei mais de 3 ou 4 reais num prato. Havia mais barato, mas ja era tao barato q eu escolhia o restaurante. Sinto uma saudade da thai food. No Brasil sim, eh caro demais.
    Bjs.

  4. Nossa, comi bem demais na Tailândia! E minhas melhores lembranças vem da feira de Chiang Mai, quando eu e o marido resolvemos fazer um tour gastronômico. Parávamos de barraquinha em barraquinha, pedíamos um prato pequeno para nós dois e partíamos para a próxima. Alguns compramos só para provar mesmo, nem comemos tudo. Nem lembro quantos pratos provamos, mas foi uma delícia! E cada prato custava em média 1 real ou 1.50. Na ilha onde ficamos também comi bem demais. E não paguei caro, talvez por estarmos mais distantes do olho do furacão turístico. Ir na época certa nas praias asiáticas é fundamental! Fomos no auge da alta temporada, em janeiro, mas não arriscaria perder aquele paraíso que é Koh Lipe para a chuva.

    1. É, Liliana…o nosso problema foi realmente a chuva. Não dava pra experimentar muita coisa na rua: tudo virava ensopado hehehe. Em uns poucos dias, conseguimos sair pra um feirinha de Pukhet…vou contar mais no próximo post.

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