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O romance ao redor do mundo

O conceito de amor parece ser semelhante em qualquer lugar do mundo. E não estou falando do conceito de namoro e casamento, mas sim a ideia de gostar de alguém e expressar isso de alguma forma. Porém, essa expressão, ao contrário do sentimento, varia bastante dependendo de cada país.

As regras para paquera e conquista variam muito. Tem horas que nós, brasileiros, somos vistos como muito liberais. Em outras, muito conservadores. No Brasil estamos acostumados com casais se abraçando e se beijando em público normalmente. Eles se abraçam, andam de mãos dadas, sentam-se um ao lado do outro nas mesas de bar.

A coisa vira tão corriqueira que podemos estranhar quando a norma deixa de ser essa. Já ouvi dizer que na Suécia é comum a mulher, quando está afim, fazer a “corte” – é super normal e não é estranho e mal-interpretado, como nos países latinos. Também li que na Rússia você não pode apresentar seu namorado para sua melhor amiga, porque corre o risco dele ir embora com ela e te largar sozinha.

Já na Índia, se um casal demonstrar abertamente os sentimentos pode ouvir até sermão da polícia. Aconteceu, inclusive, com alguns casais de amigos. Eles estavam abraçados num tuk-tuk e foram parados por um policial, que reclamou do fato deles estarem próximos demais.

Aliás, não me lembro de ter visto nem ao menos uma vez um casal de indianos se beijando ou abraçado no norte do país – isso só acontecia quando o casal era formado por um indiano e uma estrangeira. No sul, os indianos eram menos conservadores, por isso vimos cenas românticas em alguns parques.

casal indiano

Repare na distância entre o casal indiano

Já no sudeste asiático, em lugares como Malásia, Honk Kong e Cingapura, nos deparamos com uma expressão de romance muito inusitada: os casais com roupas combinando. E olha que não estou falando somente de cores – para celebrar o amor e o relacionamento, esses orientais tinham camisetas semelhantes ou com estampas que se complementavam. Coisas como o mesmo estilo de listras num short ou blusa, ou camisetas com setas apontando um para o outro  (quase me matei quando descobri que não temos nenhuma foto disso).

Também foi nesses lugares que vi a maior concentração de noivos tirando fotos para álbuns de casamento por metro quadrado. Não importava o ponto turístico, sempre tinha por ali um casal, com a moça de véu e grinalda e o cara de fraque, acompanhados por um fotógrafo, fazendo poses ensaiadas (e às vezes ridículas).

Casal Cingapura

Já na Europa, vimos casais andando de mãos dadas ou conversando num bar. Porém, bem mais contidos do que nossos vizinhos latinos (e que nós mesmos). Lembro que quando morei nos Estados Unidos, li numa revista dessas de adolescente de lá (acho que era a Seventeen) uma discussão sobre se a menina deveria ou não beijar o cara no primeiro encontro.

Achei isso tudo muito sem noção. Porém, quando estava morando na Índia, numa festa com pessoas de diversas nacionalidades, incluindo uma húngara, uma neozelandesa e uma egípcia, eu choquei nossa mini torre de babel quando beijei um brasileiro.

A húngara, que desde que tinha ido morar no país já tinha ficado com pelo menos uns quatro caras diferentes e estava começando a namorar um indiano, foi a que ficou mais horrorizada com um simples beijo na frente de todo mundo. Depois fui perceber que para beijar o quase namorado ela tinha que se esconder em cantos escuros, e foi assim até os dois assumirem o namoro.

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Luiza Antunes

Luiza Antunes é jornalista e escritora de viagens. É autora de mais de 800 artigos e reportagens sobre Viagem e Turismo. Estudou sobre Turismo Sustentável num Mestrado em Inovação Social em Portugal Atualmente mora na Inglaterra, quando não está viajando. Já teve casa nos Estados Unidos, Índia, Portugal e Alemanha, e já visitou mais de 50 países pelo mundo afora. Siga minhas viagens em @afluiza no Instagram.

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5 comentários sobre o texto “O romance ao redor do mundo

  1. Ola, temos um grupo. De whats de relacionamentos de braseileiras com indianos, quem desejar participar é só deixar Contato aqui nos comentários!

  2. Moro ha dois anos em Split e me casei aqui, mas náo fiz da maneira croata não….rsrs Se vier, é só avisar:-) no verão é mais gostoso, agora está esfriando e em cidade litorânea não se aproveita muito. Bjs e ótimo blog!

  3. Aqui na Croácia, a tradição no dia do casamento é de todos irem pra casa da noiva, com os carros ou motos, e então é colocada a bandeira da Croácia na frente do carro que vai liderar a procissão até o restaurante onde será feita a festa, ou até a igreja se o casamento tambem for no religioso. Ou seja, todos ja veem a noiva antes de ela chegar ao local, nao ha esse misterio como no Brasil. E daí vai aquele buzinaço pelas ruas até o local, com fitas pelos carros, e piscando farol e buzinando….

  4. Haha eu já pensei muito em escrever sobre isso, mas sempre acho complicado de explicar, generalizar ou até “entender” certos comportamentos. Um polonês que vai morar no Brasil em breve me perguntou, aqui em Budapeste, sobre como agir com as mulheres. Ele tinha ouvido dizer que as brasileiras ficam chateadas se você conversar por um tempão e não beijar 😛 Eu sempre resumo esse tema em relação ao nosso país com “é muito mais fácil beijar e costuma ser mais difícil levar pra casa”, mas tem tantas outras nuances nessa história… Já ouvi muita história de francês que ignora a namorada quanto tá com os amigos, por exemplo, e já vivi uns episódios que me pareceram bem estranhos, mas logo constatei que pra cultura local era assim mesmo. Leva um tempo pra aprender as regras do jogo em outro país, né? O que eu continuo achando engraçado é a naturalidade com que os caras na Espanha e em outros países pegam na bunda das namoradas na rua, como se tivessem segurando na mão, haha.

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