Aeroporto de Santiago, Chile: como chegar ao centro

Todos os  meses, cerca de um milhão e quinhentas mil pessoas passam por lá. Número que faz do Aeroporto de Santiago, Chile, um dos mais movimentados (e modernos) da América do Sul. Não tem jeito: se você pretende conhecer a capital chilena, vai acabar pisando lá.

A parte boa é que, além da infraestrutura adequada, o Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benítez também está relativamente perto do centro da cidade – são apenas 20 quilômetros. Portanto, pegar voos é fácil. Basta ir de táxi, van ou no esquema ônibus + metrô, semelhante ao que ocorre em São Paulo.

Por falar na capital paulista, há pelo menos oito voos diários entre as duas cidades (pode até ser mais, caso a demanda seja muito grande). LAN, TAM, Gol e a low cost chilena Sky Airline operam nesse trecho. Minha viagem mais recente foi com a Gol, em março deste ano. Leia a avaliação desse voo aqui.

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Outra pergunta clássica de viajantes envolve o free shop. O do aeroporto chileno é menor que aquele que você encontra em Guarulhos, mas também tem dezenas de lojas e alguns produtos com preços interessantes. Antes de comprar tudo que der na telha, vale lembrar a lógica do free shop: só é sem taxa mesmo para o chileno que está voltando ao país depois de uma viagem internacional.

Já o brasileiro (e o turista de qualquer nacionalidade) pode até fazer compras sem taxa no free shop do exterior, mas pode ter que pagar os impostos devidos ao chegar no país de origem. Por isso, pode compensar gastar aquele restinho de dinheiro em Guarulhos mesmo, esse sim o free shop com impostos isentos para brasileiros.

Como chegar ao centro a partir do aeroporto de Santiago

Passei pelo aeroporto chileno em duas ocasiões, em 2012 e em 2015. Na primeira cheguei ao centro de Santiago de táxi, enquanto na segunda fui de transfer. As opções, no entanto, vão muito além dessas.

Veja também: Onde ficar em Santiago

Táxi

O recomendável é que você contrate um serviço oficial e com preço fechado, evitando o risco de pegar um taxista picareta (e que resolva dar voltas desnecessárias pela cidade com você ou simplesmente te cobrar um valor irreal pela corrida).

Duas empresas têm guichês no aeroporto, na área de desembarque mesmo. A Taxi Oficial e a Trans Vip. O preço varia, mas costuma ficar em torno de 18 mil pesos chilenos, ou cerca de 30 dólares. Você pode pagar com dinheiro ou com cartão de crédito. A Trans Vip organiza um serviço de compartilhamento de táxi, o que pode deixar a corrida mais barata para quem viaja sozinho. No entanto, isso depende de outros passageiros estarem indo para a mesma direção que você e no mesmo horário.

É possível agendar o serviço das duas empresas pela internet, tanto para a ida quanto para a volta. Para essa situação, outra alternativa é pedir orientações no seu hotel. Eles podem marcar com um taxista de confiança, já deixando o preço combinado. Antes de entrar no carro, verifique com o taxista as condições que foram passadas pelo pessoal do hotel.

Alugar um carro

Numa boa, eu não alugaria um carro apenas para me locomover em Santiago. Assim como em outras grandes cidades do mundo, o trânsito da capital chilena é complicado, ainda mais para quem não conhece os macetes locais. Por isso, a melhor forma de se locomover dentro da cidade é de transporte público. O metrô é eficiente e o sistema de ônibus também.

Por outro lado, pode valer a pena alugar um veículo caso você pretenda viajar para lugares ao redor de Santiago, como Valparaíso e Viña del Mar. Também é possível ir de carro até as estações de esqui, mas esteja preparado para enfrentar uma estrada cheia de curvas.

Se optar por alugar um veículo, garanta também um GPS. Há sete empresas de locação de carros no Aeroporto de Santiago. Veja quais são elas aqui.

Veja também: O que fazer em Viña del Mar, balneário do Chile

Dois dias de turismo em Valparaíso, no Chile

Valparaíso, Chile

Transfer

Se não conseguir usar o serviço de táxis compartilhados e estiver sozinho, uma opção é contratar um serviço de transfer. Recomendada pelo próprio aeroporto, a Delfos trabalha com vans e leva passageiros até o centro da cidade. O preço varia de acordo com o bairro do seu hotel, mas normalmente fica entre 6 e 8 mil pesos chilenos por pessoa. Detalhes no site da empresa.

Transporte público

Viajantes econômicos normalmente preferem sair do aeroporto usando o transporte público. Embora essa seja minha opção em várias cidades mundo afora, nunca fiz isso em Santiago. É que, assim como em São Paulo, é preciso pegar um ônibus até uma estação de metrô e de lá seguir para o centro da cidade. Não dá tanto trabalho, mas pode ser um problema se você estiver cansado ou com muitas malas.

Duas empresas de ônibus fazem o serviço e cobram entre 1500 e 1600 pesos chilenos pela passagem (cerca de R$ 8). A TurBus para nas estações Universidad de Santiago, Las Rejas e Pajaritos do metrô e têm ônibus entre 6h e meia-noite. Já a Centropuerto funciona entre 5h55 e 23h30 e para nas estações Pajaritos, Las Rejas, Universidad de Santiago, Central e Los Héroes. Nos dois casos há descontos para quem compra os tickets de ida e de volta em conjunto.

*Imagem destacada: Phillip Capper

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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