fbpx

O que fazer em Parma e arredores

Quando eu penso em Parma, a ideia de comida voa na minha cabeça. Afinal, essa é a cidade mãe do queijo parmesão e do presunto de parma. Esses foram dois dos grandes motivos para a nossa passagem por lá. Mas é claro que uma cidade histórica, que tem fundações desde 1500 a.C., ia ter mais para nos mostrar do que comida.

Fundada pelos etruscos, Parma já esteve na mão dos romanos, já foi saqueada por Átila, o Uno, comandada por alemães, anexada pelo Império Bizantino, tomada pelo Sagrado Império Romano, entregue para o filho do Papa, conquistada por Napoleão e finalmente unificada ao reino da Itália, que mais tarde virou república. Não esquecendo, claro, da Segunda Guerra Mundial, que destruiu parte dessa história.

Esse parágrafo todo explica a importância dessa cidade no mapa europeu. Parma faz parte da região Emília Romana, no norte do país, que tem esse nome devido a uma estrada que unia Rimini (no litoral) à Piacenza, entre o Rio Po e os Apeninos. Grandes cidades surgiram ao longo dessa estrada, a Via Emilia, entre elas Parma,  Bolonha e Modena, por exemplo.

Veja nossas dicas de hospedagem em Parma

O que fazer em Parma

catedral-parma.jpg

O centro histórico é facilmente andável ou pedalável, já que bicicletas são muito comuns por ali. A Piazza Duomo é onde fica a catedral da cidade (foto acima), finalizada em 1106, e o Batistério, também do século 12, feito todo de mármore rosé e decorado internamente com afrescos muito bonitos. Já a Piazza Giuseppe Garibaldi marca o local onde foi fundada a colônia romana, em 183 a.C. Por ali que passava a Via Emilia, mas hoje o lugar é uma praça moderna onde fica o Palácio do prefeitura e o Palazzo del Governatore, que tem um relógio astronômico.

palazzo-della-pillota-parma.jpg

Por fim, a Piazza della Pillota (nome antigo) ou Piazzale della Pace, é a região que sofreu com os bombardeios da Segunda Guerra. Ali fica um palácio que pertenceu à família Farnese, um pessoal que governou Parma de 1545 a 1731. Hoje o prédio abriga uma série de lugares interessantes de serem visitados, como o Museu Arqueológico, a Biblioteca Palatina, a Galeria Nacional e o Teatro Farnese (foto abaixo). Esse último é uma construção impressionante que infelizmente teve que ser reconstruída após a Guerra. Trata-se de um antigo teatro, grandioso, que o duque construiu para os amantes das artes, em especial por conta de visita de Cosimo I de Médici.

teatro-farnese.jpg

O Teatro Regio é o local para os amantes da ópera de hoje em dia. É um dos teatros mais famosos do mundo e, por isso, disputadíssimo. No mês de outubro eles celebram o Festival Verdi, com óperas do compositor, nascido da região.

A Via Farini é o lugar para quem busca um bom aperitivo ou restaurante legal. É uma rua pequena, fechada para trânsito de carros, que fica cheia de italianos bebendo e comendo, assim que começa a anoitecer.

Queijo e Presunto

parmiggiano-reggiano-parma.jpg

Como eu disse no início, o nome Parma não nos deixa esquecer suas delícias gastronômicas. Nós tivemos a oportunidade de conhecer uma fábrica artesanal de Parmigiano-Reggiano, o tradicional queijo parmesão, e uma fábrica que produz e exporta o Presundo de Parma  – para mim foi uma visão meio assustadora ver todos aqueles presuntos enfileirados, mas o lugar era extremamente limpo e bem cuidado.

Presunto de Parma - Itália

Para quem tem interesse em aprender mais sobre esses produtos típicos, em setembro ocorre na região o Festival del Presunto de Parma. Na época várias fábricas abrem as portas para visitação, além das feirinhas nas cidades. Se você não for nesse período, pode tentar entrar em contato com o Consórcio do Presunto de Parma para marcar uma visita. Da mesma forma, também dá para agendar uma visita guiada a uma queijaria de Parmigiano-Reggiano. No site oficial, eles explicam melhor como funciona.

Busseto, a cidade de Verdi

Passamos uma tarde em Busseto, que é uma pequena província de Parma. A cidade é conhecida porque foi ali que o compositor de óperas, Giuseppe Verdi, nasceu. Também é uma área rural muito importante – ou seja, promessa de comida boa.

busseto.jpg

Para quem está interessado na história de Verdi, logo na praça central já vai encontrar dois pontos importantes: a Casa Barezzi, cujo dono foi o grande patrono de Verdi, hoje é um museu que guarda cartas, objetos, programas de óperas, entre outros objetos ligados ao compositor. Outro local é o Teatro Verdi, construído em 1868, a contragosto do compositor – afinal, apesar de ter seu nome e ter sido patrocinado por ele – Verdi se recusou a tocar ali.

Na cidade você ainda encontra a Villa Pallavicino, um palácio antigo onde hoje fica o Museu Nacional de Giuseppe Verdi, e também a casa onde ele nasceu e cresceu – é uma construção muito antiga, que mostra um pouco dos costumes da época em que viveu o compositor.

Mas meu ponto turístico favorito em Busseto foi a Salsamenteria Storica Baratta. O restaurante existe desde 1873 e teve Verdi como um de seus consumidores. Vende vinho, servido numa xícara de porcelana – como era feito antigamente – além de diversos cortes de presuntos, salames e queijos. Além disso, o ambiente é muito legal. Vale cada minuto da sua visita.

salumeria-busseto.jpg

O Castelo de Torrechiara

Para completar nosso giro pelas províncias de Parma, conhecemos Torrechiara, um castelo construído numa colina, no século 15. A construção está bastante preservada. O castelo não só era um forte, mas também residência dos nobres. Dentro da construção, há muitos afrescos antigos, com cenas de natureza, bíblicas ou representando contos antigos. Além disso, a vista de Torrechiara para o vale que se estende a sua volta é muito bonita.

Vai viajar? O Seguro de Viagem é obrigatório em dezenas de países da Europa e pode ser exigido na hora da imigração. Além disso, é importante em qualquer viagem. Veja como conseguir o seguro com o melhor custo/benefício e garanta promoções.

torrechiara.jpg

O 360meridianos esteve em Parma a convite do projeto BlogVille Emiglia Romana, que reúne blogueiros do mundo todo para comer, sentir e viver como um local na Itália.

Avalie este post

Compartilhe!







Eu quero

Clique e saiba como.

 




Luiza Antunes

Sou jornalista, tenho 34 anos e atualmente moro na Inglaterra, quando não estou viajando. Já tive casa nos Estados Unidos, Índia, Portugal e Alemanha, e já visitei 50 países pelo mundo afora. Além de escrever, sempre invento um hobbie novo: aquarela, costura, yoga... Siga minhas viagens em @afluiza no Instagram.

  • 360 nas redes
  • Facebook
  • YouTube
  • Instagram
  • Twitter

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

10 comentários sobre o texto “O que fazer em Parma e arredores

  1. Gostei demais da descrição de Parma. Escrevo sobre viagens e turismo. Da perspectiva da gestão e planejamento. Adorei a publicidade sobre o presunto de parma feita para Sara. Por sinal, tenho um livro publicado pela Papirus “Sociologia do Turismo”. Parabéns!

  2. Odiei Parma! Estou super arrependida de ter ido para essa cidade, com tantas cidades para conhecer melhores. Do que conheço da Itália, achei a mais suja, mal sinalizada, até a estrada de acesso esta em péssimas condições. Muita gente pobre nas ruas..tb achei a cidade feia para os padrões Europa….cidade industrial. Não gostei no aspecto geral….fiquei um dia e não fui nas fabricas….era sábado…..

    1. Oi Grasi,

      Que pena que você teve uma experiência ruim. Eu achei a cidade e o centro histórico bem semelhante à outras cidades italianas.

  3. Vocês foram pelo projeto do BLOG, mas sabem me dizer como faço para visitar a fábrica de queijo e presunto parma? dá para ir direto lá sem agência?

2018. 360meridianos. Todos os direitos reservados. UX/UI design por Amí Comunicação & Design e desenvolvimento por Douglas Mofet.