Enquanto você faz a caminhada do centrinho de Sintra até a Quinta da Regaleira, destinos em Portugal, começa a notar os muros e parte dos bosques da construção bem antes de chegar à entrada principal. Uma vez dentro da propriedade e já munida do mapa que guia a visita, já dá para ter uma noção do tamanho da Quinta.
Talvez mais importante e interessante do que o Palácio da Regaleira, os jardins são os grandes protagonistas da visita. Dono da Quinta da Regaleiria entre 1898 e 1912, Carvalho Monteiro, um brasileiro riquíssimo de ascendência portuguesa, decidiu fazer um jardim que representasse o cosmos e a magia.
Assim, além do jardim em si, há também toda uma construção subterrânea que constitui o “mundos inferus”, baseados na Divina Comédia de Dante Alighieri e na mitologia grega do fio de Ariadne (cujo fio de lã salvou o heroí Teseu do labirinto do Minotauro).
Essa é a parte mais curiosa da visita aos jardins, pelo menos para mim. Os poços e túneis subterrâneos, que foram cobertos com pedra importada da orla de Peniche são acessíveis através de algumas grutas: a Gruta do Oriente, o Lago da Cascata (que você tem que caminhar pelas pedrinhas do lago rasinho para acessar o túnel), o Portal dos Guardiões e o famoso Poço Iniciático.
Trata-se de uma torre invertida de 27 metros de altura, com uma escada espiral monumental com colunas esculpidas na pedra, que conecta o fundo ao topo e tem a ver com as conexões entre o céu e a Terra. São referências aos nove círculos do inferno, do paraíso ou do purgatório de Dante, visto que a escadaria tem nove patamares separados por laços de 15 degraus cada. No fundo fica embutida em mármore uma rosa dos ventos, um emblema do dono da quinta e também da Ordem Rosa-cruz. Acredita-se que o poço era usado em rituais de iniciação à maçonaria.
O passeio pelos jardins na verdade também representa uma viagem iniciática, com simbolismos esotéricos relacionados a alquimia, maçonaria, templários e rosa-cruz, além de referências à mitologia, ao Olimpo, Dante, Camões, entre outros. Basicamente, não tem nada no jardim, planejado por Carvalho Monteiro e realizado pelo arquiteto italiano Luigi Manini, que não tenha algum significado. Mesmo a forma como a mata está disposta, que começa ordenada na parte mais baixa da quinta e vai ficando mais selvagem no topo, tem a ver com as crenças do fundador.
Para além dos jardins, o Palácio da Regaleira conta com três andares, além de um terraço panorâmico. São diversas salas cuidadosamente decoradas e algumas exposições sobre a história da Quinta.
Há também uma capela, construída em estilo manuelino, com cenas da anunciação e coroação de Maria. Também há simbolismos relacionados a ordem dos templários.
História da Quinta da Regaleira
O nome Regaleira vem da Baronesa da Regaleira, que adquiriu o espaço em 1840 – antes, era uma propriedade que desde 1697 passou de dono em dono, conhecida como Quinta da Torre. Com a Baronesa, que construiu um palacete, capela e jardins, o lugar passou a ser chamado de Quinta da Torre da Regaleira.
Em 1895, Antônio Augusto Monteiro de Carvalho comprou o lugar e começou os planos para a reforma. Basicamente, tudo o que se visita na Quinta da Regaleira hoje é parte da construção feita por Carvalho Monteiro entre 1898 e 1911.
O lugar ainda teve outros donos, até ser adquirido pela Câmara Municipal de Sintra, em 1997, e ser aberto ao público.
Visita a Quinta da Regaleira
A Quinta da Regaleira abre todos os dias às 9h30 da manhã e tem horários de encerramento variados ao longo do ano: até às 20h no verão e até às 18h no inverno. A entrada para adultos custa 6 euros, com descontos para crianças, idosos e estudantes. Há opção de visita livre, só com o mapa, aluguel de audio-guia e ainda visitas guiadas em horários específicos que podem ser conferidos no site oficial.
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Apesar de eu ser uma Regaleira, ninguém nunca me mandou pra Quinta da Regaleira. Kkkkkkkkkk
hahahahahah ri alto aqui Denise
Muito legal, mas não parece palavrão?
“Vai pra Quinta da Regaleira!” =D
Abs!
hahahahahaha
Cara, hoje mesmo eu tava montando um roteiro pra um casal de amigos que vem em janeiro e incluí Sintra. Não especifiquei as atrações, e nem lembrava o nome dessa Quinta, só sabia que queria incluir o lugar das escadarias em espiral. Também não conhecia a história… Agora vc me arrumou um problema, vou acabar com o romance, tenho que ir junto! hahahah
hahahahah não perca Bia!
Qualquer coisa começa o passeio pelo Palácio enquanto eles fazem os jardins