Se você esteve em Amsterdam há mais de três anos, provavelmente não conheceu toda a beleza do mais importante museu dos Países Baixos. É que o bicentenário Rijksmuseum, fundado em Haia, em 1800, e transferido para Amsterdam alguns anos mais tarde, esteve fechado para reformas durante quase 10 anos. Uma década e 375 milhões de euros gastos depois, o museu foi finalmente reaberto, em 2013. Sorte minha, que estive na cidade justamente nessa época.
Após a reabertura, o Rijks rapidamente voltou a ser uma das grandes atrações da cidade. E com razão. São 30 mil metros quadrados, 80 salas e cerca de oito mil obras expostas, além de um acervo com quase um milhão de peças. São trabalhos que marcaram o chamado Século de Ouro dos Países baixos. Oi?
Bom, voltemos no tempo, para algum dia no período entre 1584 e 1702. Foi nessa época que os Países Baixos atingiram seu auge, sendo a potência mais importante do ocidente. Os mares viram inúmeras conquistas, o poder econômico da nação cresceu e o país se tornou o centro do mundo. A ponto de atrair artistas, cientistas e pensadores de toda a Europa.
“Em que outro país se pode gozar de uma liberdade tão completa?”, perguntou o filósofo francês René Descartes. Numa época em que o pensamento era reprimido a ponto de Galileu Galilei ser condenado por dizer que a Terra gira em torno do sol, Descartes deixou o país natal e foi viver onde teria liberdade para trabalhar (e pensar). Ele e muitos outros. A era de ouro das grandes navegações enriqueceu o país, aumentou o poder da burguesia e criou uma demanda gigante por retratos, pinturas e outras obras artísticas.
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Fundado cem anos depois do Século de Ouro, o Rijksmuseum ajuda a guardar parte dos tesouros produzidos naquela época, entre eles trabalhos de gente como Frans Hals, Johannes Vermeer e, claro, um gênio chamado Rembrandt Harmenszoon van Rijn, um dos mais importantes artistas da história.
Embora a casa que Rembrandt morou e trabalhou tenha virado um museu interessante, para ver os trabalhos do artista não há lugar melhor que o Rijksmuseum, que guarda a obra-prima de Rembrandt, o quadro “A Ronda Noturna”.
Por falar nele, esse é o único quadro que não mudou de endereço durante a reforma, segundo garantiu o diretor do museu, Wim Pijbes, quando o local foi reaberto: todas as outras obras foram reorganizadas. A Ronda Noturna inspirou filmes, livros e até o flash mob do vídeo abaixo, que ocorreu na época da reabertura do museu. É uma obra tão importante que, ainda segundo o diretor do Rijks, o objetivo do governo é que “toda criança holandesa veja ‘A Ronda Noturna’ antes de completar 12 ou 13 anos”.
Azar o nosso, que não conhecemos o quadro tão cedo assim. Por isso, se a presença de milhares de obras do Século de Ouro não te convencer a colocar o museu no seu roteiro de viagem, a Ronda Noturna deve conseguir completar o serviço.
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O prédio do Rijksmuseum
O prédio onde fica o museu é outra atração. Projeto do arquiteto Pierre Cuypers, responsável também pela Estação Central de Trens de Amsterdam e várias igrejas, o edifício atual do Rijksmuseum foi inaugurado em 1885. É considerado um Patrimônio Nacional desde 1970.
O Rijksmuseum fica na chamada Museumplein, a praça dos museus de Amsterdam. Por ali você também vai encontrar os museus do Van Gogh e Stedelijk, além do letreiro I amsterdam, que fica em frente ao Rijksmuseum e rende uma das fotos mais tradicionais na cidade.
Informações úteis: Rijksmuseum
Na bilheteria a entrada custa €17,50. Aconselhamos que você compre antecipadamente, pela internet. A vantagem é evitar a fila, que pode ser grande. Você pode garantir o ingresso online de duas formas. Nós recomendamos o serviço da Ticketbar, uma empresa holandesa que é parceira do 360meridianos e vende milhares de ingressos de atrações por dia. Eles têm até site em português, o que facilita o processo, e de quebra você ainda ajuda o 360, que recebe uma pequena comissão. Por esse método o ingresso sai a €18,50. Detalhes aqui.
Se preferir, também é possível comprar o ingresso direto no site do museu. E uma notícia boa: menores de 18 anos não pagam. O Museu quer mesmo que todo mundo conheça a Ronda Noturna durante a adolescência. 🙂
Dicas espertas: a Ticketbar oferece um combo que junta o Rijksmuseum com um cruzeiro de barco pelos canais de Amsterdam, outro passeio imperdível na cidade. Comprando os dois ingressos juntos você economiza 5 euros. Detalhes aqui.
Outras duas opções são o ingresso do Rijksmuseum + um audio guide, que sai por € 27,50. Ou, melhor ainda, a opção que conta com o ingresso do museu e um tour guiado pelo prédio com um guia que fala português. Ele vai te explicar a história das pinturas, quadros e objetos do museu. Saiba mais nesse link. Em todas as opções você evita a fila da bilheteria.
O museu funciona todos os dias, das 9 às 17h. Partindo da estação central, os trams 2 e 5 deixam na porta. Todo o museu é acessível para cadeirantes e há cadeiras de rodas disponíveis na entrada.
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Oi!!! Sei que é uma pergunta meio ampla e subjetiva, mas por cima, quanto tempo devo reservar para visita a cada museu? O Museu Van Gogh dá pra aproveitar em três horas? E o Rijksmuseum? Acredito que a Casa de Anne Frank seja mais rápido né?
Obrigada!
Ei Camila, sim, a casa da Anne Frank é a mais rápida dos três, dá pra ver em uma hora. O Van Gogh dá pra ver em duas, três horas sim, mas tudo depende do tanto que você gosta de arte, do tempo que você demora pra ver as coisas, ou se vai passando meio batido pelo que não te interessa. O Rijks é bem grande, dá pra gastar a tarde inteira lá dentro, mas também dá pra ver o principal em umas duas ou três horas.
Abraços
Muito obrigada!!
Fui em 2010 e apesar de algumas salas fechadas para reforma, a maior parte dele (inclusive o quadro “Ronda Noturna”) estava aberta sim! O problema de visitá-lo em 2010 na verdade foi a fachada que estava bem coberta por conta da reforma e não pude tirar tantas fotos do prédio maravilhoso!!!
Pois é, sei que ele foi aberto aos poucos. 🙂 Mas só voltou mesmo em 2013. E o prédio é bonitão mesmo.
Abraço, Fê. 🙂
Oi Rafa!!
Vou confessar que achei esse museu mais bonito por fora do que por dentro!
Primeiro, porque deixei ele para depois do museu do Van Gogh e depois da casa de Anne Frank.
Segundo porque as obras eram muito espalhadas pelo museu. Diferente, por exemplo do Dorcay, na frança tem uma obra do lado da outra.
E terceiro, porque o áudio guia não contemplava todas as obras, pelo contrario, até! Tinha muita coisa que não tia legenda e nem opção de áudio!
Mas sendo o prédio que é, para os amantes de arquitetura tb vale muito a pena!!
Beijos
haha! Comparar com o museu Van Gogh é até injusto mesmo. OK, o do Van Gogh é menor, tem menos coisas, mas mesmo assim. É Van Gogh, né? haha
Entendo seu ponto. 🙂
Abraço.