Depois de 23 longas horas de ônibus saindo de Lima, chegamos em Cusco, Patrimônio Histórico da Humanidade e a cidade mais visitada do Peru. Cusco, em si, já é uma grande atração. É também ponto de partida para quem quer visitar as ruínas do Império Inca no Vale Sagrado do rio Urubamba e seguir caminho até Machu Picchu.
Cusco foi fundada por volta do século 11 e fica incrustada nos Andes, a uma altitude de 3400 metros. Era a capital administrativa e cultural do Império Inca, em seu traçado antigo, tinha a forma de uma puma, animal que representa o presente e o mundo material em que vivemos. Nas redondezas, há diversos lugares que, no passado, eram utilizados como centros ritualísticos, sagrados ou para a agricultura. Mesmo tendo sido tomada e saqueada pelos espanhóis a partir de 1532, muitas dessas estruturas pré-colombianas, como palácios e templos resistiram.
Veja também: Onde ficar em Cusco, no Peru
Como comprar a entrada para Machu Picchu
A eficiência das construções incaicas foi novamente posta à prova com o grande terremoto que ocorreu em 1950, que destruiu uma construção da Igreja Católica e revelou a forma de um antigo Templo do Sol por baixo dela. A estrutura sobreviveu aos anos, aos espanhóis e à atividade sísmica.
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O Boleto Turístico para o Vale Sagrado dos Incas, em Cusco
Para para fazer o tour pelo Vale Sagrado de Cusco, vale a pena comprar logo o Boleto Turístico. Esse ticket, vendido em agências ou nas bilheterias de cada espaço, dá acesso a 16 sítios arqueológicos e é válido por 10 dias. Também é possível comprar um boleto parcial, que vale somente para um dos três circuitos e conta só para dois dias. O Boleto completo custa 130 soles (R$ 145) e o parcial 70 soles (R$ 80). Nós compramos o boleto completo porque queríamos visitar o Circuitos I e o Circuito III. (O Circuito II incluí os museus e nós não tínhamos tempo). Existe ainda um boleto especial para quem quer visitar só as Igrejas, que custa 50 soles.
O órgão oficial de venda do Boleto fica na Avenida Sol, 103, Galerias Turísticas. Depois de comprado, ainda é preciso resolver como você vai chegar aos sítios arqueológicos. As agências de turismo oferecem um passeio às ruínas mais próximas da área urbana (mais a Plaza das Armas) que começa às 14h. Para visitar três das ruínas mais distantes as agências oferecem um passeio de um dia inteiro, mas o melhor é combinar com um taxista e montar o seu roteiro. Foi a nossa escolha – primeiro porque queríamos ir a um ponto que os tours não contemplavam. Segundo porque isso nos permitiu organizar melhor os passeios nos dois dias (antes e depois do Machu Picchu). E terceiro porque assim você pode fugir das aglomerações dos tours de agência, que costumam visitar os lugares sempre nos mesmo horários.
Como é tour pelo Vale Sagrado Inca em Cusco
Os sítios arqueológicos que fazem parte do Vale Sagrado Inca são:
- Sacsayhuaman
- Kenko
- Tambomachay
- Písac
- Machay
- Maras (distrito)
- Ollantaytambo
- Chinchero
- Urubamba
Nós começamos o tour pelo Vale Sagrado cedo, às 8h, no primeiro dia. O nosso taxista serviu de guia durante os passeios da manhã. Fizemos Sacsayhuamán, uma antiga fortaleza de onde há uma ótima vista de Cusco e sua forma de Puma; Qenqo, centro cerimonial e astronômico; Puca Pucara, construção militar no topo da montanha; e Tambomachay, uma espécie de casa de banhos.
Depois do almoço, na parte da tarde, seguimos para Pisac, localizada a 33km de Cusco. Ali estão as ruínas de uma antiga cidade. Como o espaço ali é maior e mais cheio de coisas, contratamos um guia no local para nos explicar como funcionava a dinâmica daquele povoado na época dos Incas. Quando terminamos esse passeio, seguimos para Ollantaytambo, nossa última parada do dia. As ruínas são de outro povoado Inca e impressionantes. Saímos das ruínas de Ollantaytambo direto para estação de trem e partimos para Machu Picchu.
Visitamos o restante dos lugares incluídos no Bole Turístico no dia em que voltamos de Machu Picchu. Não aconselho ninguém a fazer esse esquema porque foi cansativo, mas nós realmente estávamos com o tempo muito apertado e seguimos com este cronograma. Conhecemos outro antigo povoado que tem uma vista incrível do Vale Sagrado e também tem construções espanholas onde antes estavam ruínas incas.
E para terminar o circuito seguimos para Moray, uma estrutura circular dividida em terraços, que costumava ser uma área de agricultura, porque cada terraço cria uma condição de tempo (ventos e calor) diferentes. Mas que parece um estacionamento de disco voador, isso não há dúvidas!
Onde ficar no Vale Sagrado de Cusco
Embora Cusco seja a opção mais popular entre as pessoas que vão conhecer o Vale Sagrado, tanto pela oferta de infra-estrutura turística quanto pela facilidade de se deslocar pela região, ficar em uma autêntica vila andina pode ser uma experiência muito agradável e interessante. Acordar com a paisagem bucólica e a tranquilidade das montanhas e ver de perto a vida de pessoas que ainda preservam muito da cultura, da língua e do modo de vida de seus antepassados é algo que a agitada Cusco não consegue superar. Há diversas hospedagens locais nos povoados do Vale Sagrado, mas os que possuem a maior oferta são Ollantaytambo e Urubamba, seguidas de Chinchero e Pisac. Para chegar a qualquer uma delas, basta pegar um táxi ao desembarcar no Aeroporto de Cusco. Aconselho a sair do aeroporto e parar algum taxista na Avenida, já que os táxis que param na porta do terminal costumam ser muito mais caros.
Encontre hotéis no Vale Sagrado de Cusco
Se preferir a opção mais tradicional, não deixe de pesquisar pelos hotéis em Cusco aqui.
Olá, Luiza!
Pretendo ir para o Peru em novembro e, depois de muuuuuuuita leitura nesse e em outros blogs, fiz um plano de viagem! Porém, não tenho ninguém que conhece tão bem por lá para opinar.
Tenho no máximo 7 dias para ficar.
O que planejei:
Dia 1: chegada em Cusco, conhecer a noite na cidade, ir para algum bar ou restaurante.
Dia 2: Fazer o city tour pela manhã.
Almoçar bem e conhecer a cidade.
Dia 3: 7:00 ônibus de turismo para Puno. Chega às 17:00. Dorme em hotel.
Dia 4: De manhã, faz o passeio pelas ilhas de Uros. Volta para Cusco de ônibus
Dia 5: Fazer o passeio pelo Vale Sagrado. De Ollanta, ir para Aguas Calientes para dormir.
Dia 6: Ir bem cedo para Machu Picchu, no primeiro ônibus. Voltar a tarde direto para Cusco.
Dia 7
Pegar o vôo de volta.
Você acha viável? Ou está tudo muito apertado?
Não encontrei relatos sobre o Lago Titicaca aqui no blog, então não sei se chegaram a ir, mas acredita que é um destino que vale a pena, considerando que é longe de Cusco?
Desde já, agradeço!
Um abraço!
Oi Karina,
O Rafa foi ao Lago Titica no final do mês passado, os posts logo logo começam a entrar aqui no blog!
Eu conversei com ele e um pessoal que já fez o que você está planejando – tipo, passar um dia só em Puno – e sim, é viável. Um pouco cansativo e apertado, sem dúvida, mas possível.
bjs
Estarei indo em outubro e gostei muito das suas dicas,estarei conhecendo todos estes lugares.bjs
Olá Luiza,
Vou para Cuzco agora em Setembro e tenho uma dúvida, se puder me ajudar…
Eu queria comprar a passagem de trem pela Peru Rail, saindo de cusco à Aguas Calientes, porém vi em alguns blogs que o valle sagrado fica no caminho para aguas Calientes e se pretende fazer esse passeio o ideal seria fazer o passeio para vale sagrado e ja ficar em aguas calientes, e por isso ainda não comprei as passagens mas estou com medo de acabarem os bilhetes para os melhores horários..
O que você aconselha?
Beijos e obrigada.
Oi Marina,
Sim, nós, por exemplo, pegamos o trem em Ollantaytambo, umas 18h. Assim, fizemos vários passeios pelo Valle Sagrado durante o dia.
Temos esse post aqui que explica melhor sobre o trem: https://www.360meridianos.com/dica/comprar-entrada-machu-picchu
Olá Luiza,
o Peru certamente está nos meus objetivos de viagem, e adorei suas dicas. Uma pergunta: por quanto saiu mais ou menos o taxi para fazer os passeios, em dolares? Geralmente viajamos eu e meu companheiro e então temos que fazer as contas bem direitinho de tudo pra não extrapolar o orçamento.
abs
Waleska
Oi Waleska,
A melhor forma de verificar qual seria um preço justo do táxi é ver em algumas agências de viagem quanto elas cobram pelo tour e com esse valor em mente, negociar com o taxista. Lembre-se que o tour da agência inclui o guia e isso vai ser uma coisa que você vai pagar a parte.
Nós éramos um grupo de 4 pessoas, então a divisão fez com que o táxi saísse mais em conta. Talves duas pessoas fique mais caro.
Espero ter ajudado.
bjs
Obrigada Luíza, ajudou sim!
abs
Obrigado pela citação do Sundaycooks 🙂 O Peru é um país incrível e Cusco, Valle Sagrado e Machu Picchu estão entre as regiões que mais gostamos em todas as nossas viagens.
Até!
Também amei muito o Peru, Fred!
E o post de vocês é ótimo =)
abraço