Tudo começou com uma simples pergunta no Instagram: “Por quais mancadas de viagem vocês já passaram?”. O motivo foi um pequeno esquecimento meu. Digo, não tão pequeno, afinal, era a minha mala de viagem. Sim, eu esqueci a minha mala, cheia de roupas, dentro do Uber.
Explico. Estava eu, voltando de Curitiba, sem dormir direito e exausta. Entrei no Uber, comecei a conversar com o motorista, papo vai e papo vem, cheguei em casa. Desci do carro, entrei e vivi a minha vida normalmente, até a minha mãe chegar. Ela entrou em casa e, como eu sempre tenho o costume de trazer lembranças das minhas viagens, perguntou o que eu tinha trazido pra ela.
Como foi uma viagem a trabalho, bem corrida e cansativa, acabei não comprando presentes. Ela não acreditou na minha resposta e pediu para conferir a minha mala. Foi só aí que veio a fatídica pergunta, cinco horas depois de eu descer do Uber: “onde está a sua mala?”. Eu não sabia. Depois de várias ligações, dois dias de espera e 25km de estrada para ir até a casa do motorista, a mala voltou!
Eu poderia deixar esse pequeno vexame guardado só para a minha mãe e pra mim, mas como não tenho vergonha na cara, resolvi contar e virei motivo de piada entre os meus amigos. Não satisfeita, decidi chutar o balde e contar para os nossos milhares de seguidores, na esperança de que algum deles também tivesse uma história, err, tão ridícula quanto a minha. E não é que eles tinham? Entre os problemas mais comuns estavam o cartão de crédito que era engolido pelo ATM, perder o voo e não validar o ticket nos trens da Europa.
Para preservar o que resta da reputação dessas pobres almas e atiçar a curiosidade de vocês, decidimos por manter os posts no anonimato. Então, senhoras e senhores, agora com vocês, uma seleção com as melhores histórias dos nossos seguidores! Alguns assuntos estarão em galerias de fotos, ok?
As piores histórias de mancadas de viagem
A saga da chave perdida
A chave do cadeado que caiu no ralo. Detalhe que o locker era daqueles que é difícil de arrombar. Tiveram que chamar o atendente do hostel, que gentilmente abriu o cano da pia e resgatou a chave. O rapaz foi tão bonzinho que até desinfetou a chave pra eles! Nem todo herói usa capa.
Ônibus errado
Imagina você, no primeiro dia de intercâmbio, em uma cidade completamente diferente – e ainda por cima é seu aniversário! Tudo pra ser um dia inesquecível, não é mesmo? Principalmente se o seu flatmate, nem tão amigo, não te ensina a voltar pra casa. Aí você acaba pegando o ônibus pro lado errado, entra em crise de choro, mas descobre como funciona o sistema de transporte em Toronto. Um presente de grego, eu diria. O melhor dessa história é que diversas pessoas também parecem cometer o mesmo erro, em diferentes circunstâncias, ó:
Atrasados do Enem
Todo final de ano somos agraciados com as pérolas dos atrasados no Enem. E por aqui não foi diferente. A única mudança é que o pessoal chega atrasado para o embarque. Seja por conta do freeshop, de fazer um lanchinho ou o motivo mais comum de todos: SER PARADO NA BLITZ DA POLÍCIA. Em defesa deste nobre seguidor, isso só aconteceu pois ele já estava atrasado para o embarque e começou a correr pelas ruas rumo ao aeroporto, feito um louco.
Velozes e furiosos
Teve gente no melhor estilo Velozes e Furiosos, correndo pela estrada e com direito a gritar: “motorista, siga aquele ônibus!”. Se você, assim como eu, curte filmes americanos, então com certeza já sonhou em soltar essa frase em algum momento. De preferência se for em um táxi amarelo! Já outros, no melhor estilo do filme de espião, passaram um dispositivo comprometedor para um passageiro desavisado…
Pegadinha das revistas ou das malas “0800”
Sabe aquelas famosas “revistas grátis” no aeroporto? Pois é, eu já caí nessa, acredite. E tem mais gente que também embarcou nesse presente divino. Uma variação do esquema é quando o presente é uma mala. Geralmente é feito por atendentes de alguma editora, um pessoal super simpático e solícito.
Eles te prometem um produto grátis, desde que você seja cliente de um cartão X ou Y. Quando você faz o cadastro, na verdade está concordando com a assinatura de alguma revista da editora em questão. E conseguir o cancelamento é uma dor de cabeça, pode ter certeza. Se quiser saber mais sobre isso é só dar uma pesquisada no Reclame Aqui e ver os depoimentos de quem já passou por isso.
Cabeça nas nuvens
Tem os mais distraídos e que acabam nos rendendo boas risadas. Que atire a primeira pedra, ou cadeado de mala, quem nunca fez alguma coisa e pensou: “como alguém pode ser tão idiota quanto eu?”. Viver no mundo da Lua não é nada fácil…
Dormindo com a inimiga
Quando a gente casa, espera ter encontrado aquele parceiro pra vida toda, alguém em que possamos confiar de olhos fechados, certo? Exato. Salvo em algumas situações, quando o nosso companheiro parece estar jogando no time adversário.
Me ferrei, mas pelo menos foi na Grécia
O intuito deste post é mostrar pra você, caro leitor, que por mais que a gente seja lerdo, por mais que façamos coisas que até nossas mães duvidem, não estamos sozinhos.
E olha que a história da mala não foi a primeira, não foi a pior e provavelmente não será a última vez que eu vou dar alguma mancada durante as minhas viagens. Mas o que a gente aprende depois disso tudo? Além de não estarmos sozinhos nesse mundão de vergonhas, que se a gente acha que não podemos nos superar, tem sempre um coleguinha que acaba fazendo pior!
Ninguém está salvo de comprar uma passagem para o dia errado ou ir parar no porto totalmente diferente do que deveria estar. Por mais que certas coisas que a gente faz nos deem raiva, nos tirem do sério e nos deixem de mau humor, essa é a vida.
E sim, muitas dessas histórias, depois de algum tempo, fazem a gente rir e ter assunto com os amigos, numa mesa de boteco. E tudo bem se na hora do perrengue der vontade é virar o Hulk e sair quebrando tudo, né? No fim, pense positivo e siga o meu novo mantra de vida, pois, afinal: “Me ferrei, mas pelo menos foi na Grécia”.
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Tenho tantas dessas histórias que nem soube selecionar uma para contar aqui. Mas é bem isso, com a experiência se diminuem as mancadas, mas não tenha uma viagenzinha que não tenha pelo menos uma mancada. A última delas foi perder 60 euros em Veneza. Mas é, pelo menos foi em Veneza. Também seguirei o mantra. rs. De fato, sempre rendem boas histórias na mesa do boteco.
Eu fiquei com o carro entre dois trens na Cracóvia e só depois percebi que a pista dos carros era ao lado e ficou todos olhando a minha loucura e depois o GPS me levou até a praça onde não se podia entrar com o carro e fui escoltado pela polícia dando ré nas ruas estreitas. kkkkkk, mas nenhuma multa graças a Deus!
Mas gente! Que história, heim?
Ainda bem que não teve multa e muito menos acidente, né? Eu também sou cheia dessas histórias que hoje em dia nem eu acredito que aconteceram comigo! Mas viajar tem disso, né?