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Como saber se um destino é seguro para mulheres

Se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida de blogs de viagens é que existem 1001 perfis diferentes de mulheres viajando sozinhas: das mais medrosas às mais corajosas. E isso vai definir o que cada uma acha sobre o que é e o que não é seguro para mulheres.

Por exemplo, eu e a Naty, que moramos na Índia, não aconselhamos muito mulheres a irem sozinhas para lá. Mas a Letícia, que também morou lá, sozinha, em Jaipur, tem uma opinião completamente diferente da nossa. E até acha errado que a gente desencoraje mulheres a visitarem o país da vaca por conta própria. Qual das opiniões está errada? Sinceramente, nenhuma das duas.

Nós somos pessoas que têm experiências de vida diferentes e opiniões diferentes. A minha noção de segurança nunca vai ser a mesma de outra pessoa. E por mais que existam essas coisas chamadas estatísticas, notícias, alertas internacionais, a forma como cada pessoa avalia riscos é muito particular.

Assim, eu continuo endossando minha opinião de que não acho seguro uma mulher viajar sozinha pela Índia. E vou conseguir te mostrar mil argumentos, notícias e fatos para embasar isso. Mas não vai mudar o fato de que anualmente centenas de mulheres viajam sozinhas para a Índia e têm a experiência de suas vidas. Elas vão ler o meu post e achar uma grande bobagem.

Muita gente pode estar pensando agora: mas como este post vai me ajudar a decidir se um destino é seguro ou não para mim?? Bom, segue a minha lista de critérios pessoais para definir se vou ou não sozinha para um determinado destino. Você pode aproveitar os meus ideais de segurança para ajudar a montar os seus próprios critérios ou ajudar na sua pesquisa.

1. Ler sobre o destino no máximo de fontes possíveis

Deus abençoe os blogs de viagens. Foi mal, eu sei que esse é meu trabalho, mas é que ter tantas opiniões sobre um lugar ajuda muito a formar a sua própria. Antes de eu definir se vou ou não para um lugar sozinha, eu pesquiso em vários blogs (principalmente aqueles de viajantes solo) e vejo o que essas pessoas têm a dizer sobre o destino.

Também gosto de ler religiosamente o Wikitravel (em inglês), que considero muito melhor do que qualquer guia de viagem, sempre. E, por fim, converso com pessoas que já foram para esses lugares.

Ah, não deixe de buscar no Google “Nome do país + solo female traveler” e entrar em alguns fóruns a respeito do tópico. Se não falar inglês, peça ajuda do Google Tradutor. Em geral, você vai achar várias opiniões a favor e contra. Filtre de acordo com sua intuição.

2. Quais sinais eu considero como “alerta vermelho”

Quando estou pesquisando sobre lugares seguros para viajantes solo, eu tento pensar em várias questões a respeito da minha segurança que podem estar em jogo. Para começar, o óbvio: se o país está em guerra ou com muitas tensões políticas, crimes, etc.  Se o país é muito machista e tem um alto índice de violência contra mulher, eu também fico com o pé atrás.

Gosto também de saber mais sobre os preconceitos e outras questões desse país. Veja bem, enquanto na Índia o meu biotipo passava batido entre a população, se eu fosse loira seria o equivalente a um indivíduo com a melancia no pescoço.

Já em lugares como os Balcãs, por exemplo, minha pele morena e cabelos cacheados são a minoria. Logo, pesquiso sobre xenofobia, agressões a imigrantes, racismo, como funciona a religião local e tudo mais.

3. Definindo o roteiro na cidade

Depois desse filtro feito e com o roteiro pronto, passe para a fase 2 da segurança: informe-se sobre os lugares que você deve evitar num país ou mesmo dentro de uma cidade.

Muitas vezes o país é seguro em algumas regiões e perigoso em outras. Por isso, é importante saber bem como se deslocar e quais os meios mais seguros. Isso vale tanto em toda a extensão territorial quanto dentro de uma cidade.

Mais uma vez, vai ter relato de todos os tipos na internet: tem mulher que pede carona na estrada e não tem medo nenhum disso. Eu não sou assim, então confio mais em quem tem noções de risco semelhantes às minhas. Escolha bem seu hotel, baseando-se na boa localização e na avaliação dos hóspedes que já estiveram ali, tanto dentro do site de pesquisa, quanto no TripAdvisor.

4. Comportamento no destino

Não é porque tem um milhão de idiotas na rua que a gente vai desistir de sair de casa todos os dias

Já fiz um post com algumas dicas para ficar esperta quando você está sozinha num destino. São dicas bem gerais e práticas, que acho que podem ajudar todo mundo. Dá uma olhada lá. No mais, lembre-se de que você mora no Brasil, um país que é considerado inseguro por muita gente: então, se você mantiver o mesmo nível de cautela que exerce nas ruas do seu próprio país, já vai estar com 90% do caminho andado. Infelizmente, diga-se de passagem.

Vai viajar sozinha? Tente algo diferente!

Uma boa forma de conhecer pessoas durante sua viagem, tanto moradores locais quanto viajantes, é nos sites de work exchange como o Worldpackers. Além dos clássicos trabalhos em hostels em troca de hospedagem, o site tem investido cada vez mais em trabalhos que agreguem e que ajudem os viajantes a aprenderem ou contribuírem com novas habilidades.

Há opções de trabalho comunitário, em fazendas orgânicas, ligados ao meio ambiente, que proporcionam aprendizado de línguas, em escolas e ONGS.

A empresa é brasileira e conta com suporte 24h em português, você não paga por hospedagem (e algumas vezes, nem por comida). Além disso, os programas do Worldpackers costumam ser mais flexíveis, se adaptando a viagens de diferentes durações e programações e inclui um seguro que garante uma troca de experiência caso não seja exatamente aquilo que você combinou.

Você trabalha quatro horas por dia, mais as folgas. A membresia no site é paga (49 dólares para uma pessoa ou 59 dólares para um casal ou dois amigos), mas o valor é anual e você pode participar de quantas oportunidades quiser nesse período (e fica bem mais barato que pagar a hospedagem) e é bem mais em conta que em outros programas de voluntariado.

Além disso, leitores do blog têm desconto de 10 dólares na membresia, basta aplicar o cupom de desconto 360MERIDIANOS. Clique aqui para conhecer os programas da Worldpackers!

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Luiza Antunes

Luiza Antunes é jornalista e escritora de viagens. É autora de mais de 800 artigos e reportagens sobre Viagem e Turismo. Estudou sobre Turismo Sustentável num Mestrado em Inovação Social em Portugal Atualmente mora na Inglaterra, quando não está viajando. Já teve casa nos Estados Unidos, Índia, Portugal e Alemanha, e já visitou mais de 50 países pelo mundo afora. Siga minhas viagens em @afluiza no Instagram.

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16 comentários sobre o texto “Como saber se um destino é seguro para mulheres

  1. O Maior cuidado que se deve ter : Homens que vem te paquerar , mas tem intenções de te furtar , ou coisa pior , esse tipo de coisa acontece rotineiramente em todos os países que visitei, tanto por parte dos nativos qto árabes que acham que mulher é objeto , aliás , eles não respeitam mulher sozinha , fuja de Árabe (masculino) no geral eles acham que vc não pode dizer não à eles (sexo, casamento, namoro , etc) , qto aos nativos Europeus ainda pior pq são homens bem simpáticos e bonitos mas querem dar algum tipo de golpe , eu fui esperta de verificar o tipo e cair fora, em suma mulher sozinha só pode namorar se for alguém conhecido , cuidado ! Só alguém que seja apresentado por um amigo de lá . Muitos homens tb vem oferecer-se como guia e não são guias , eles querem furtar , cuidado aconteceu comigo na Bélgica e em Paris. Em Paris o cara chegou a ser um pouco violento , pq recusei , e ele tipo se impôs em me seguir e afinal agiu com violência pegou no meu braço e meio que me arrastou … então cuidado ! Outro “guia “que me seguiu e consegui fugir foi em Barcelona , nas Ramblas , consegui fugir dele entrando num restaurante , foi bem difícil esse tb … em todas as vezes acabei dando algum dinheiro para não ser pior . Na Bélgica um bonitão me abordou na estação de Trem queria que eu fosse almoçar com ele no restaurante , ele disse que pagava , e eu claro recusei educadamente , aliás, pra dispensar esses homens tem que agir com calma e educação , mas ele insistiu de eu ir no apartamento dele… Eu disse que ia pro meu hotel descansar e depois ( jamais) a gente podia se encontrar lá na estação às 19 hs …. claro que dei bolo , mal conhecia o sujeito !! Não se iludam moças e mulheres , não estão querendo algo romântico , podem fazer coisas nada agradáveis , pensem nisso , ok?! O Machismo é grande mundo afora e sempre sinto isso , eu poderia escrever um livro disso tudo e histórias de preconceitos sofridos por parte de homens e mulheres mundo afora e tb em países ditos de 1° Mundo , que de primeiro é só no nome ….rsrsrs

  2. Cara Luiza,
    Iniciei minhas viagens aos 65 anos e todos os anos viajo solita nas féria de julho e sempre vou pelo instinto, mas busco saber os impedimentos para mulheres sozinhas no país que estou ou pretendo viajar. Por exemplo, em Istnabul vesti uma saia preta e branca com um pequeno recorte na barra e fui confundida com sex-girl apesar dos meus 71 anos. Recebi várias propostas de casamento de homens entre 28 a 60 anos de idade. Muito engraçado como se encantam com brasileira….
    A Turquia está incluída no meu próximo roteiro, porque quero conhecer mais cidades, como Ankara, Smirna e outras tantas e voltar a Istanbul que me encantou…a Espanha é sagrada e volto todos os anos, pois é o único lugar do mundo em que me sinto em casa e vou preparar uma paella na casa de uma amiga. Ainda estou decidindo os outros lugares que quero conhecer, talvez volte à França para conhecer Limoges e voltar a Reims.

  3. Bom dia,
    Meu nome é Miriam tenho 30 anos, e quero fazer minha primeira viagem internacional sozinha, não falo inglês, nem espanhol, quero dicas de quais países posso conhecer, mais seguro e mais amigável,todos estão contra a minha viagem, acho que é porque nunca coloquei o nariz pra fora de casa, e cansei quer viver conhecer o mundo e ser feliz comigo mesma, por favor me ajude com dicas e roteiros

    1. por que voce nao tenta aprender um pouco um idioma? só um pouco pra conseguir se comunicar, comprar comida, pedir informaçoes, o basico. espanhol é quase igual a nossa lingua, é muito facil de aprender. de quebra voce consegue mais informaçoes sobre os lugares que deseja ir. da uma olhada no duolingo, é gratis. ou entao procura uma universidade publica que eles costumam oferecer aulas de idiomas praticamente de graça

      falando apenas portugues, voce talvez se interesse em conhecer Portugal. um pais mais seguro que o brasil, com uma cultura bastante familiar e confortavel para nós. as ilhas de açores parecem ter paisagens bem bonitas. ou entao viajar pelo brasil mesmo, pra uma regiao diferente da sua. conhecer as chapadas, ou a serra gaucha, ou as praias do nordeste, enfim, o que te atrair mais

      se voce aprender um pouquinho de espanhol, ja surgem novas opçoes como a espanha, argentina, uruguai, chile, peru, colombia, equador, costa rica, mexico. pra Argentina, pro Uruguai e pro Chile nao precisa nem de passaporte, basta o RG (tem que ter sido expedido ha menos de 10 anos. se tiver mais de 10 anos voce tem q tirar uma segunda via, mas isso é muito facil), muitos brasileiros vao pra la sempre e é provavel que eles entendam mais ou menos o portugues

      se voce tiver um interesse especial pela italia, aprenda italiano. se for pela frança, aprenda frances (que tambem pode ser util no canada, na belgica e na suiça). italiano é quase tao facil quanto espanhol

      se voce aprender um pouco de ingles, isso ja abre varias outras portas: estados unidos, canada, australia, nova zelandia, inglaterra, escocia, irlanda, holanda, dinamarca, suecia, noruega e islandia. tudo pais de primeiro mundo. provavelmente vai dar pra se virar em outros paises da europa tambem que nao falam ingles 100% mas entendem o suficiente

      enfim, boa sorte. aproveite e viva a sua vida mesmo! nós mulheres temos que ser livres, independentes e gastar o nosso dinheiro com a nossa felicidade

    2. Oi, Mirian , realmente faz muita falta saber Inglês, sinceramente não sei como faria sem , Espanhol, ajuda , mas Inglês é imprescindível, pq na maior parte dos países da Europa a população não fala Espanhol, mas sabem ao menos enrolar Inglês, Espanhol na Espanha , e alguns hotéis de outros países ajuda … Conto um caso: Qdo fui pra Berlim, Hotel Holiday In em Alexanderplatz , a recepcionista falava espanhol mas o espanhol da família dela , aliás era a única que falava espanhol dali , e o pior é que ela falava Catalão … Mas Inglês é mais aceito no mundo todo… até em Paris , apesar de eles exigirem que vc fale Francês , eu respondo que então vou exigir que falem português qdo forem ao Brasil, eles mudam a imposição.Aliás tb exigiram na Bulg´ria que eu falasse Búlgaro , me olhavam torto qdo eu falava inglês nem respondiam , aí eu me defendia da mesma maneira que em Paris , por acaso terei que aprender todo idioma de cada país que eu visitar ? Inglês basta , mas acabei aprendendo espanhol nas viagens pq é muito fácil …

  4. Oi, Luiza! Ainda não nos conhecemos, mas já falei pro Rafael e pra Natalia o quanto gosto do 360, que nem é mais um blog, mas uma revista da cultura do viajar. Gostaria de deixar uma sugestão de pesquisa da situação político-social que sempre dou pros meus leitores: https://www.gov.uk/foreign-travel-advice . É do governo britânico e está sempre atualizado.
    Abraços!

  5. Oi Luiza, tudo bem?

    Irei morar 6 meses em Portugal e pretendo, durante esse período, fazer uma viagem curta pra Paris e acho que vou encarar essa aventura sozinha rs. Li todos os posts do blog sobre os golpes que rolam por lá, mas mesmo assim me sinto insegura. Mas acho que se cuidando não tem problema, né? Abraços

    1. Oi Karen,

      Golpes e furtos acontecem em qualquer lugar. No Brasil isso é muito pior e aposto que você anda sozinha na sua cidade, certo? Então, mantenha o mesmo nível de alerta e vai ficar tudo bem!

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