Por volta do ano 500 a. C., o povo zapoteca começou a construção de uma grande cidade cerimonial e militar. O projeto só ficou pronto em 850 d.C e, no alto das colinas da região de Oaxaca, Monte Albán reinou por muitos e muitos anos. Principal centro político, econômico e religioso do Vale de Oaxaca, a capital do império zapoteca é a mais antiga cidade pré-colombiana encontrada no México e América Central e, dizem, em seu auge chegou contar 35 mil habitantes dentro de seus limites, que eram tão grandes quanto a atual capital, Oaxaca. Lá dentro foram construídas grandes praças, pirâmides imponentes, passagens subterrâneas, um complexo sistema pluvial, centros cerimoniais e campos esportivos para a prática do Tlachtli, um jogo de bola ritualístico mesoamericano.
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A cidade está rodeada de montanhas que, no passado, eram estratégicas para a defesa e, hoje, são estratégicas para apreciar a vista que se revela ao redor. Quando os zapotecas abandonaram o local, séculos depois de sua construção, os mixtecas ocuparam o lugar e fizeram dali um enorme cemitério. As tumbas colocadas ali são consideradas algumas das mais elaboradas em todo o continente americano. Nelas, foram enterradas pedras preciosas, joias e peças cerimoniais de ouro e outros metais, tesouro que permaneceu escondido até o século 20. Quando, na década de 1930, começaram os trabalhos de escavação e restauração das ruínas de Monte Albán.
A cidade também recebeu uma notória influência dos teotihuacanos, que, devido a seu poder, influenciaram a arquitetura, cerâmica e pintura. Povo que, acredita-se, também chegou a controlar a região por um tempo.
Foram os espanhóis que batizaram a cidade da forma como conhecemos hoje. Dizem que, ao chegar ao Vale de Oaxaca, numa primavera, as árvores no alto das montanhas se floriam de branco e davam a impressão de que estavam cobertas de neve. Para os primeiros habitantes dali, no entanto, o local era conhecido como “Montanha Sagrada”.
Uma das construções mais antigas e também mais proeminentes é o Templo de los Danzantes (Edifício L). O lugar era como um centro cerimonial para os primeiros habitantes. Ainda é possível observar antigas marcações do calendário zapoteco e figuras antropomórficas nas grandes pedras expostas em suas paredes.
No Edifício J, a Lápide da Conquista narra, por meio de figuras, as batalhas e os triunfos de Monte Albán sobre os povos vizinhos. Assim como em Teotihuacan, no Tajín e em muitas cidades mesoamericanas, ali ainda é possível ver as ruínas do campo do antigo jogo que consistia em ter que passar uma pesada bola de borracha por um pequeno aro. Para isso os atletas usavam os quadris, cotovelos ou joelhos. Os vencedores dos jogos recebiam um privilégio: ser um sacrifício aos deuses.
Como visitar a Zona Arqueológica de Monte Albán
Como chegar: Monte Albán está a apenas 10 km de Oaxaca. A maneira mais prática, flexível e cara de se chegar a Mont Albán é tomando um táxi do centro, o que deve sair em torno de 300 pesos (R$ 60). Há ônibus operados pela empresa Lescas Co que saem de hora em hora de frente do Hotel Rivera de Angel (Calle Mina, 518) por 70 pesos (R$ 15, ida e volta). Ao chegar ao hotel, basta perguntar pelo ônibus a Monte Albán. O ticket pode ser comprado diretamente com o motorista ou em uma pequena agência no local de saída do ônibus.
Diversas agências de turismo em Oaxaca oferecem passeios que incluem a visita a Monte Albán e outros lugares nas redondezas. Os tours podem variar entre $ 150 e $ 300 pesos (ingresso nas atrações à parte). A vantagem é que eles te pegam e entregam no seu hotel e a visita inclui guia. A desvantagem é que o passeio fica engessado e dependente dos horários estipulados pela agência.
Visita: A Zona Arqueológica de Monte Albán abre todos os dias, das 8h às 17h. A entrada custa 70 pesos (R$ 15) e inclui visita ao museu. Está a venda na bilheteria e pode ser comprada na hora. O passeio dura em média duas horas.
Dicas espertas: Não deixe de levar protetor solar, um chapéu e muita água. Mesmo no inverno, o sol é forte durante o dia, por isso, prefira visitar Monte Albán pela manhã. Use roupas e calçados confortáveis, já que o passeio consiste em caminhar e subir as estreitas escadas até o topo das pirâmides. Suba pelo menos as plataformas norte e sul para ter uma vista panorâmica do lugar. Se puder, contrate um guia na entrada do complexo. Eles não cobram muito caro (cerca de 100 pesos por pessoa, ou R$ 20) e acrescentam muito valor à visita. Há uma lojinha de bebidas e pequenos lanches bem na entrada do complexo.
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