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Onde nasceu O Fantasma da Ópera? Conheça o Palácio Garnier, em Paris

Num estrondo, o enorme chandelier de cristal despencou do teto durante uma apresentação, matando um dos espectadores enquanto todos no entorno gritavam. O quê, ou quem, teria causado o acidente? Seria o tal fantasma que dizem rondar a Ópera Garnier?

Talvez você não saiba, mas a história do chandelier de cristal de 8 toneladas que caiu durante uma apresentação da Ópera em Paris e matou uma pessoa é real. Aconteceu em 1896. Foi a partir desse e outros mistérios envolvendo a construção do palácio Garnier que o escritor Gaston Leroux, em 1910, escreveu e publicou o romance “O Fantasma da Ópera”.

Outro mito da construção utilizado no livro é o enorme lago que se encontra no subterrâneo da Ópera. No livro, esse é o lugar onde o Fantasma vive. Na realidade, foi criado na época da construção para drenar a água do solo. Hoje, é utilizado como local de prática de natação para bombeiros.

A verdade é que O Fantasma da Ópera, adaptado para os cinemas e palcos do mundo, fez com que a tal Ópera Garnier ganhasse fama como uma das grandes atrações de Paris. A ponto, inclusive, de reservar – para a alegria dos turistas – o camarote nº 5, que pertencia ao Fantasma, com direito até a plaquinha na porta.

opera garnier paris camarote do fantasma

Como é o palácio da Ópera Garnier

Construída durante o segundo Império Francês, sob ordens de Napoleão III, o projeto da Ópera de Paris foi feito por Charles Garnier, um arquiteto jovem e desconhecido do público que ganhou o concurso promovido pelo Imperador. O prédio é grandioso, luxuoso e rico em detalhes. Foi pensado para celebrar as artes e reunir toda a elite parisiense.

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O estilo que Charles Garnier seguiu para construir o espaço foi um que ele mesmo criou, misturando várias referências. Mas ao ser perguntado pela Imperatriz Josephine, afirmou que seguia o estilo de Napoleão.

opera garnier paris camarote do fantasma

Ali você encontra escadarias em mármore e estátuas representando o drama e a comédia. Um hall circular com estátuas e entradas para os camarotes. Ante-salas representado o dia e a noite, rotundas com acentos elegantes para quem chega e sai, além de um Gran Foyer, ou seja, grande salão, inteiramente dourado e inspirado no Salão dos Espelhos de Versailles, com um teto pintado com a história da música.

opera garnier paris grand foyer dois

opera garnier paris teto grand foyer

Mas, claro, a obra-prima de uma ópera só poderia ser o auditório. A Sala de Espetáculos segue uma tradição do teatro italiano, em formato de U, feita exatamente para que a audiência veja e seja vista: são 1979 lugares. As cadeiras e os camarotes são cobertos de veludo vermelho, que, segundo Garnier, era para refletir nas belas faces das senhoras. Uma curiosidade interessante é que se você fosse uma pessoa importante, que tinha um camarote da Ópera, a regra era chegar atrasado para os espetáculos. Afinal, só alguém muito à toa conseguiria chegar cedo. Com isso, os compositores e diretores só colocavam a parte importante das peças lá para o terceiro ato.

opera garnier paris anfiteatro

O palco da Ópera Garnier ainda é o maior da Europa, com capacidade para 450 artistas. Não é fechado com cortinas e sim com uma tela pintada que simula o movimento do cair do pano. Já o teto, de onde desce o enorme chandelier de cristal, é mais recente. Foi pintado pelo artista surrealista Marc Chagall, em 1964, cobrindo o trabalho do artista anterior.

opera garnier paris detalhe teatro

Napoleão III, não satisfeito com a grandiosidade do projeto do palácio da Ópera Garnier, mandou fazer uma nova avenida, que ligava-a ao Jardim das Tulherias, onde ele morava. No processo, desapropriou um monte de casas e basicamente destruiu um bairro antigo de Paris. Da sacada, que tem o teto decorado com mosaicos, Garnier projetou uma vista panorâmica para a nova avenida.

opera garnier paris varanda

opera garnier paris vista boulevard opera

A visita ao Palácio Garnier permite conhecer todos esses espaços. Ainda inclui uma exposição temporária: quando estive lá era da relação e trabalhos de Picasso em cenários e fantasias para balé.

opera garnier paris picasso

Informações práticas para visitar a Ópera Garnier

O Palácio Garnier fica aberto todos os dias, das 10h às 15h. Porém, em vários dias ao longo do ano, o horário de fechamento varia. Convém consultar o site oficial antes de comprar.

O ingresso custa 12 euros. É possível fazer uma visita guiada por 13,50 euros ou alugar um audioguia por 5 euros – existe a opção em português. É possível comprar diretamente no site oficial.

opera garnier paris fachada lateral

Para quem quer assistir a um espetáculo da Ópera de Paris, vale a pena olhar o calendário de apresentações.

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Luiza Antunes

Luiza Antunes é jornalista e escritora de viagens. É autora de mais de 800 artigos e reportagens sobre Viagem e Turismo. Estudou sobre Turismo Sustentável num Mestrado em Inovação Social em Portugal Atualmente mora na Inglaterra, quando não está viajando. Já teve casa nos Estados Unidos, Índia, Portugal e Alemanha, e já visitou mais de 50 países pelo mundo afora. Siga minhas viagens em @afluiza no Instagram.

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6 comentários sobre o texto “Onde nasceu O Fantasma da Ópera? Conheça o Palácio Garnier, em Paris

  1. Olá Luiza, adorei seu post e gostaria de assistir uma Ópera no Palais Garnier mas não estou conseguindo comprar os ingressos. Tem alguma dica de site que venda ? Obrigada

  2. Olá Luiza, fiquei feliz ao ler teu post, meu sonho é assistir a uma ópera no Palais Garnier. É possível comprar pela internet? Obrigadas

    1. Oi Senhorinha,

      Sim, dá para comprar no site oficial da Ópera Garnier. No post indico o link e também o calendário de apresentações! Dá uma olhada

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