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7 relatos de mulheres para te inspirar a viajar sozinha

Mulheres desse meu Brasil (e também de Portugal e qualquer outro país que esteja lendo este texto), vamos conversar. Desde que eu postei, há quase um ano, meu manifesto em favor de mulheres viajarem sozinhas, recebemos mais de mil curtidas e muitos comentários de moças e senhoras incríveis que enfrentaram seus medos e partiram solo por aí.

Como nem todo mundo lê a caixa de comentários, esses relatos, e alguns de outros posts, não podiam ficar mais delimitados àquele espaço. Eles têm que se espalhar aos quatro ventos e incentivar cada vez mais e mais mulheres (e homens também) a viajar, mesmo sem companhia para isso.

Pelo que percebi, os maiores medos são a insegurança ou não saber outros idiomas. Mas viajar sozinha é isso, enfrentar os medos, superar desafios e se sentir forte, feliz, poderosa, mesmo se você estiver indo para o estado vizinho. Não estou exagerando. Apesar de eu viajar mais acompanhada que solo, não dispenso meus momentos de solidão viajante. E sempre digo que não conheci, até hoje, nada mais empoderador e libertador – principalmente para mulheres – do que desvendar esse mundão somente com a sua própria companhia.

Mas enfim, hoje não é minha vez de falar: dou agora voz a algumas leitoras que compartilharam conosco suas histórias e com certeza vão te inspirar a viajar sozinha.

Leia também: 5 motivos pelos quais você deveria viajar sozinho
Porque viajar sozinha não é o oposto de ir acompanhada
Histórias de idosas que viajam sozinhas do Caminho de Santiago ao Japão

Mulher em Allepey, Índia

7 relatos de mulheres que viajam sozinhas

Mônica

Até bem pouco tempo, eu, como alguém que foi criada para ser educada, boa moça e “pra casar”, não conseguia me imaginar saindo por esse mundo afora sozinha. Mas a vida foi me mostrando que a solidão não é ruim e, pelo contrário, pode até ser de grande valor! No ano passado, fiz minha primeira viagem sozinha. Foi aqui no Brasil mesmo (aliás, recomendo muito o lugar: Cambará do Sul / RS).

Fui me acostumando aos poucos com aquela descoberta de que, ohhh, minha própria companhia era bem agradável! Já no final da viagem, o estranho para mim era a cara que algumas pessoas faziam quando eu chegava num restaurante e pedia mesa para uma pessoa, ou quando eu dizia que estava viajando sem ninguém.

Depois disso, voltei mais uma vez ao RS sozinha (é que eu amo aquele lugar!) e fui preparando o meu espírito para o maior desafio que já enfrentei: viajar sozinha para outro país. Tá certo que o destino não é assim tão desafiador, mas as circunstâncias sim. Estou indo para os EUA, mas vou para cidades não tão turísticas assim, com exceção de Los Angeles e São Francisco.

Vou viajar pelo sul, meio-oeste e depois pular para o noroeste americano. Mas tem mais um detalhe: até bem pouco tempo, eu falava um inglês bem meia-boca que mal servia pra me virar! O que eu fiz? Enfiei a cara nos estudos e tenho conseguido ficar mais fluente. E o mais legal disso tudo é que, há um ano, eu jamais me imaginaria fazendo tanta coisa! E, cara, a sensação de enfrentar um desafio com coragem faz um bem pra autoestima!

Ainda me deparo com olhares surpresos de quem não entende o que leva alguém a querer passar 20 dias sem a companhia de outra pessoa. Mas aqueles que não conseguem conceber essa ideia ainda não aprenderam que viajar sozinho não é um problema quando não nos sentimos solitários!

Rachel

Acho fundamental discutir mesmo esse assunto, para outras mulheres começarem a conhecer o Mundo com seus próprios olhares. Já viajei sozinha, mas não por falta de companhia, mas porque eu quis. Engraçado que depois que voltei e as pessoas viram que eu fui sozinha elas me perguntavam “mas por que você não me chamou pra viajar com você?”. E a maioria que perguntou foi mulher!

Com certeza rola um medinho pelo novo. Eu mesma, na primeira viagem, fiquei com frio na barriga, mas o mais legal foi descobrir que eu sou capaz de descobrir o mundo sozinha e conseguir me virar em situações que antes não imaginava.

Recomendo a todas que, por favor, não deixem de viajar por falta de companhia.

Praia na MalásiaTatiane

Eu sempre me considerei uma mulher independente, mas viajar sozinha não estava nos meus planos. Até que comecei a planejar uma viagem internacional para o próximo ano e meu marido bateu o pé dizendo que não iria e que se eu quisesse poderia ir sozinha. Foi quando comecei a pesquisar e encontrei esse site e pude perceber que mulheres viajarem sozinha hoje em dia é muito normal.

Como ainda não tinha o visto americano, comecei a preparar minha primeira viagem solo. Sou da região Nordeste e resolvi tirar meu visto no Rio de janeiro. Foi minha primeira viagem sem meu marido no final do mês de julho. Queria saber qual seria a sensação de viajar sem a minha principal companhia. De início estranhei, pois sou extremamente viciada em redes sociais e agora como iria tirar minhas queridas fotos para o Facebook??? rsrs

Foi aí que tive coragem e comecei a pedir o pessoal para tirar minhas fotos, claro que foram poucas, não foram tantas como se eu estivesse com ele, pois eu teria que saber exatamente a quem eu pediria esse favor.

Sei que no segundo dia eu já não sentia mais falta dele, aquela independência estava me agradando. O fato de decidir meu destino, de sair a hora que quisesse, de não ter que deixar de fazer algo por que alguém não estava de acordo foram sensações maravilhosas.

Já estou de passagem comprada para março, o ruim é que não falo nada de francês, mas até a viagem chegar, pretendo aprender o básico.

Quero agradecer a este site de ter me mostrado a oportunidade de conhecer o mundo sem depender de ninguém, de dizer que vou deixar de conhecer o lugar X por não ter companhia, isso faz parte do meu passado.

Letícia

Acabei de chegar de uma viagem sozinha pela Europa!! Foi praticamente a minha primeira viagem internacional. Falo inglês e espanhol razoáveis e me aventurei sozinha por alguns países europeus. Foi linda a viagem, conheci muitas pessoas, de diversos países, inclusive viajantes individuais e arrisco dizer que se estivesse viajado com alguma companhia, não teria conhecido tanta gente…

Foi uma experiência incrível, de muito aprendizado e com aquele gostinho de se fazer algo bom pela primeira vez e sozinha! Recomendo total, claro que é necessário tomar alguns cuidados e ficar atenta a todo momento, mas isso vale também para as viagens em grupo. Ter referência de pessoas para contactar durante a estadia em cada lugar, mesmo sendo amigos de amigos de amigos…também é muito bom!!! Como disse, não falo inglês e espanhol fluente, porém vale muito mais a esperteza de saber se virar sozinha que o domínio da língua estrangeira.

Mulher trabalhando em Jaipur, Índia

Jessica Vieira

Você não imagina a coragem que o seu texto me deu. Já fazia um tempo que eu estava enrolando pra viajar, sempre dando a desculpa de que eu não tinha companhia e tinha medo de ir sozinha. Enfim, criei coragem e farei a minha primeira viagem sozinha no fim desse mês! Nem tô ansiosa… rsrs Sou bastante tímida e introvertida.

Há um tempo fiz um passeio sozinha, uma excursão de um dia em um lugar perto da minha cidade com um grupo de estudantes que eu não conhecia. Foi um desastre, fiquei o tempo todo com aquela ideia na cabeça de que eu tinha que enturmar com alguém, o que foi bem difícil porque todo mundo já tinha o seu grupinho. No fim eu estraguei o passeio por causa dessa pressão que eu mesma criei. Dessa vez vou tentar fazer certo, sem pressão, como você disse no texto… rsrs Obrigada por compartilhar suas experiências. 🙂

Roberta Giordano

Eu não costumo viajar sozinha, mas sim com meu filho que é especial, o que também acaba assustando as pessoas. Recebo olhares de reprovação por viajar sem meu marido (devido ao trabalho dele, quase nunca conciliamos nossas férias), ou de acharem muito complicado andar sem alguém para me ajudar… Não ligo não.

Esse ano, em fevereiro fui para Cancún sozinha, deu tudo muito certo, aproveitamos muito. A próxima viagem já está engatada: Uma semana em Barcelona, com direto a jogo do Barça no Camp Nou…

O mundo nós espera. E não tenho tempo de me prender à reprovação alheia!

Mulher em Cuzco, Peru

Camila

Tive essa oportunidade de viajar sozinha pela primeira vez em setembro do ano passado. Por N motivos, mesmo tendo namorado e vida social, ou viajava sozinha ou ficava 30 dias em casa. Jamais a segunda opção foi considerada. Destino: Peru.

Autoconhecimento, confiança, e introspecção. Fazer o que quiser na hora que quiser, conhecer pessoas… liberdade!

Ainda hoje, quando conto que fui sozinha, as pessoas reagem de diversas maneiras, umas fazem cara de pena (coitada solitária, viajando sozinha), outros: nossa, mas seu namorado “deixou” (?!)…

Amo viajar com meu namorado ou com amigos, mas a sensação de viajar sozinha é libertadora! Recomendo!

Você já viajou sozinha, tem planos ou morre de medo de pensar no assunto? Compartilhe com a gente suas experiências nos comentários!

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Luiza Antunes

Luiza Antunes é jornalista e escritora de viagens. É autora de mais de 800 artigos e reportagens sobre Viagem e Turismo. Estudou sobre Turismo Sustentável num Mestrado em Inovação Social em Portugal Atualmente mora na Inglaterra, quando não está viajando. Já teve casa nos Estados Unidos, Índia, Portugal e Alemanha, e já visitou mais de 50 países pelo mundo afora. Siga minhas viagens em @afluiza no Instagram.

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621 comentários sobre o texto “7 relatos de mulheres para te inspirar a viajar sozinha

  1. Em maio vou fazer minha primeira viagem internacional, e vou sozinha. Eu sou surda oralizada, falo normalmente e faço leitura labial. Escolhi Portugal porque acho que será mais.fácil a comunicação. Estou ansiosa e com um pouco de medo, mas vou assim mesmo???

    1. Oi Marta,

      Vamos manter contato? Seria muito legal se você escrevesse para a gente sobre como foi a sua experiência! Torço muito para que dê tudo certo.
      Eu sugiro que você estude um pouco sobre as diferenças do português do brasil e de portugal e veja alguns vídeos deles falando. Não sei se faz diferença para você, mas eu tenho a impressão de que eles “mexem” a boca diferente para falar as palavras.
      Um beijão

  2. Em maio vou para Madrid e estou querendo ir sozinha para a Alsacia. Não falo nada de francês mas estou querendo arriscar. Alguém já foi para lá sozinha?

  3. Olá, sou baiana e minha primeira viagem foi de Recife para Rio Grande do Norte, estava em Recife com o namorado só que ele tinha um compromisso de trabalho então, mas eu estava de férias e não queria voltar logo para a Bahia. Foi aí que encontrei uma passagem para Rio Grande do Norte na promoção e naquele instante em não resisti, foi a minha primeira de muitas outras, a partir daí pegar a mochila e dizer vou ali é a coisa mais gostosa do universo. Agora estou me preparando para começar a viajar dirigindo, vou a uma cidade do interior que fica a 70

    Naturalidade km da capital, é rápido, mas é o início de muitas e muitas outras viagens somente eu, meu carro e minha mala. Gente isso é viver, é liberdade, é ser feliz!

  4. Oi, fico muito feliz com essas histórias de mulheres que superam o medo e aproveitam para conhecer o mundo e a si mesmas.
    Viajar é algo transformador e, a meu ver viajar sozina é ainda mais transformador. Sempre tive o hábito de viajar sozinha, eu gosto mesmo. A minha primeira viagem internacional (Canadá) foi sozinha e fiz amizades muito boas ao longo da viagem. Viajei para vários lugares dentro do Brasil sozinha, muitas vezes viagens a trabalho que se estendiam para conhecer o local.
    Uma coisa que temos que ter em mente quando viajamos sozinhas é o risco que corremos. Temos que estar atentas com os riscos. Evito andar em lugares muitos ermos, assim como evito falar para as pessoas que estou sozinha. Temos um “acordo” com minha família e sempre vou dizendo onde estou, para que se algo acontecer eu seja procurada o mais rapidamente possível. É nem tudo são flores, mas mesmo assim eu acho que vale a pena. Vale muito viajar sozinha, mas é muito bom tem precauções.
    Ah é claro que essas precauções devem ser tomadas mesmo quando não estou sozinha!

    1. OI Kelly,

      São histórias muito boas mesmo ne? Obrigada por comentar.

      No fundo, esses riscos que ficamos atentas e esses combinados que temos com família, são os mesmos cuidados de um mulher que vive numa cidade grande. Infelizmente ainda vivemos num mundo muito perigoso para mulheres e onde nem mesmo dentro de casa há segurança, às vezes.

  5. Ler esses relatos me encorajam muito mais.Tenho 63 anos e pretendo no dia 16 de dezembro de 2018 viajar para Nova York sou funcionária pública vou de férias passar uns 10 dias.Estou um pouco insegura com a imigração. Não sei quanto em dinheiro tenho que levar.Mas coragem não me faltam.Espero no meu retorno comemorar com VCS ,será uma grande vitória pra mim.Sou do interior nunca viajei pra tão longe sozinha .Obrigado pela força.

  6. Olá, amei seus textos!!!!
    Agora em julho vou viajar sozinha para a Califórnia, estou morrendo de medo de a imigração encrencar porque sou mulher e estou viajando sozinha! Vc tem alguma experiência desse tipo (com imigracao) pra me preparar? Obrigada!

    1. Oi Aline,

      Leve, além de comprovantes financeiros e de vínculo com o Brasil, seu roteiro de viagem, planos do que vai conhecer, etc.

  7. Farei minha segunda viagem sozinha a primeira visitei alguns parentes. Irei em julho 2018 para Maceió apenas 5 diárias estou feliz e ansiosa me sinto poderosa mas muitas pessoas criticam. Tenho amigos, filhos, namorado e família mas as férias não batem . Tenho uma profissão muito estressante e sinto a necessidade de me isolar um pouco.

  8. Minha primeira viagem foi aos 25 anos para SAN ANDRÉS/ Colombia, sempre tive este sonho em mente: VIAJAR, me permitir. Primeiramente tentei persuadir uma amiga para me acompanhar (FAIL rsrsrsrs), o que muitas vezes é um problema pois nem sempre é uma prioridade para os outros mas, não desanimei!O importante é ter em mente que é possível SIM. Permita-se desfrutar deste prazer ímpar e único. Lembro-me que foi a maior polêmica na família ” CAROLINE É LOUCA” todos diziam que eu não voltaria viva, que venderiam meus órgãos e colocariam drogas nas minhas malas (tem que ficar de olho nas malas)!!! (rsrsrsrs), resumindo: FOI ÍNCRÍVELLLL, me planejei, fiz uma prévia da viajem no google maps, me infiltrei em fóruns de viagens fui interagindo, criamos grupos de whatsapp e por aí foi, resumindo cheguei lá, fiz muitas amizades com casais, famílias e com pessoas de todas as etnias (não, eu não falo nada além do português..só sei algumas palavras em inglês e espanhol), praticamente fui adotada pelos donos da pousada em que fiquei (me adoraram) levei eles até para a balada de lá. Enfim, me permiti, fiz tudo que eu queria, no momento que eu bem entendesse. Me senti super segura lá sugiro muito, lá é um paraíso!!!!! Mas claro, tem que ter cuidado, cautela.. mas acho que temo mais as pessoas em si no Brasil do que lá ou qualquer outro país que já viajei rsrsrs. Ah, e voltei inteira, aliás TRANSBORDANDO! com todos meus órgãos rsrsrs. Enfim, PERMITA-SE!

  9. Oii Lu, Viajei sozinha pela primeira vez pra Porto Alegre, sou do interior de SP, porém lá eu encontrei amigos que conhecia pela Internet. Segunda vez, Curitiba, onde também encontrei uma amiga. Terceira vez, Curitiba também, mas dessa vez completamente sozinha, onde, por acaso no último dia de viagem encontrei um amigo que estava lá prestando concurso e fomos num festival gastronômico. Dessa vez planejei uma viagem pro RJ, até tenho amigas lá, mas não sei se as encontrarei, então há a probabilidade de ir totalmente sozinha, e isso já é AMANHÃ, estou começando a sentir uma afliçãozinha por isso de tanto ouvir as pessoas falando da violência e do quão perigoso é estar sozinha por lá. Me acalmei um pouco com essa reportagem, espero, de verdade que dê tudo muito certo nessa trip hahahaha

    1. Oi Jéssica,

      Apesar do problema da violência, não acho que pelo fato de ser mulher sozinha você vira automaticamente alvo. De qualquer forma, tome os cuidados que tomaria como se estivesse na sua cidade e vai dar tudo certo

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