Eu já contei para vocês várias curiosidades sobre a história de Braga, a cidade mais antiga de Portugal, que foi importante durante o Império Romano, a Bracara Augusta e depois, na Idade Média, ganhou o título de Roma Portuguesa, porque o arcebispo local resolveu construir muitas igrejas e praças a exemplo da Roma italiana.
Com isso, há muitas coisas em Braga para visitar, incluindo os jardins mais lindos de Portugal, espalhados pela cidade, e restaurantes e bares interessantes. O melhor é que boa parte das atrações estão concentradas no centro histórico, de forma que fica tudo pertinho a pé.
Eu fiz toda a minha visita em um dia (apesar de já ter voltado à cidade algumas vezes), mas usei Braga como base para conhecer outras cidades da região do Minho: Guimarães e Barcelos. Eu realmente não recomendo ir a Braga e Guimarães no mesmo dia. As duas cidades tem muito a oferecer e perde-se muito colocando-as no mesmo dia. Se não der para ir as duas, escolha uma só e aproveite.
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Comece o seu passeio na Praça da República, uma das praças centrais da cidade, onde também fica o Convento e Basílica dos Congregados, cuja entrada é gratuita. Essa praça é um lugar bem agradável no final da tarde, quando fica cheia de pessoas aproveitando o fim do expediente para relaxar no espaço público.
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Vá caminhando em direção ao belo chafariz da praça. À sua frente, encontra-se a Igreja da Lapa e alguns cafés tradicionais da cidade. Dá para ver também o topo do Castelo de Braga, que, infelizmente, foi demolido no início do século 20, mas restou essa Torre de Menagem.
À esquerda estará a florida Avenida Liberdade e o Posto de Turismo da cidade, que eu recomendo uma passada para pegar um mapa e informações sobre eventos que podem rolar nesse dia. Tire uma foto da Avenida desse ângulo e não se apresse, você voltará ali mais tarde.
Siga a Rua do Souto, fechada para trânsito de carros, cheia de comércio, e vá até a próxima parada, o Jardim de Santa Bárbara e o Paço Arquiepiscopal, um belo jardim numa ala medieval conservada de uma construção dos séculos 14 e 15.
Retorne para a Rua Souto, para ver o outro lado das construções no Largo do Paço, que constituiu a sede da República Bracarense, extinta em 1790. No centro, fica o belo Chafariz do Castelo, que realmente tem a forma de um castelo e tem uma imagem feminina no topo simbolizando a cidade. O chafariz é de 1723.
Um dos prédios do Largo do Paço é sede da Reitoria da Universidade do Minho e fica aberto para visitação. Também faz parte do Paço o prédio da Biblioteca Pública de Braga, que fica voltado para a Praça do Município. Logo na entrada há vários painéis lindos de azulejo. Do outro lado está a Câmara Municipal. A próxima parada do roteiro é a majestosa Sé de Braga. A Igreja, também conhecida como Santa Maria de Braga, foi construída num local onde existia um templo romano – logo na entrada tem uma inscrição à deusa egípcia Isis.
A igreja começou a ser convertida em templo cristão nos séculos 4 e 5, o que torna a Sé o edifício católico mais antigo do país. O prédio visitado hoje tem estilo barroco, reformado no século 17, mas conserva muito da arquitetura românica dos séculos anteriores. A visita ao claustro e área exterior é gratuita, mas para entrar na catedral custa 2 euros.
Fica a dica: a Rua Dom Paio Mendes, uma das que leva a entrada da igreja, é um dos points de bares e movimentação noturna em Braga!
Siga para a próxima atração, que é o Arco da Porta Nova, uma construção de 1773 que marca uma das entradas dos muros da cidade – “nova” porque substitui uma porta mais antiga, do período medieval.
Do outro lado do Arco fica o Campo das Hortas, outro jardim muito simpático e que rende boas fotos.
Também por ali está o Jardim da Casa dos Biscainhos e o Museu dos Biscainhos – focado em artes decorativas do período que vai entre o século 17 e meados do século 19. A entrada nos jardins, que são fechados por muro, é gratuita, mas é preciso respeitar os horários de abertura, que fecham para o almoço: de 10h às 12h30 e de 14h às 17h30.
Há lugares onde você pode visitar o que restou da Bracara Augusta. As Termas Romanas do Alto da Cividade eram banhos públicos erguidos no início do século 2, mas que só foram descobertas no final dos anos 70. Ficam abertas de terça a domingo, das 9h às 13h e das 14h às 18h. Nos finais de semana o horário é de 10h às 17h. A entrada custa €2.
Crédito: Manuel Anastácio – CC BY 3.0
Você também pode ir ao Museu de Arqueologia D. Diogo de Souza, inaugurado em 2007, que tem vários artefatos e mosaicos romanos. Aberto de terça a domingo, das 10h às 17h30, entrada por 3 euros. Ainda, a Fonte do Ídolo é um santuário rupestre do início do século 1, dedicado a uma divindade fluvial chamada Tongoenabiago. A entrada também custa 2 euros. Fica aberto de terça a domingo, das 9h à 12h30 e 14h às 13h30.
Faça uma pausa para o almoço, e depois circule pelo Largo de Santa Cruz, com as imponentes Igreja de Santa Cruz, construída no século 17, e a Igreja do Hospital de São Marcos, também da mesma época.
Siga para o Palácio do Raio, um palacete barroco, todo azul, construído também em meados do século 17, que foi recentemente restaurado. É possível só admirar a bela fachada ou entrar no local, onde hoje funciona o Centro Interpretativo Memórias da Misericórdia de Braga. O museu não é muito interessante, então não vale a pena entrar, na minha opinião.
Seguindo em direção novamente à Avenida Liberdade, aproveite para passear por ali e tirar mais fotos da bela avenida florida. Depois, desça até o ponto do ônibus que fica nessa avenida (em frente ao Pingo Doce) e pegue o autocarro 2, em direção a Bom Jesus. Não se preocupe em ficar perdido, você vai descer no ponto final. O bilhete custa 1,65 e pode ser comprado diretamente com o motorista.
Por fim, deixo também a sugestão de jantar. É a hamburgueria Bira dos Namorados. Eles têm um cardápio bem especial, com hambúrgueres e sanduíches diferentes e deliciosos: eu comi um que tinha banana caramelizada e estava divino.
Os preços são bons, as sobremesas também são lindas, tem uma carta de cervejas massa. É possível que tenha fila de espera, mas vale a pena! Fica na Rua D. Gonçalo Pereira, 85.
Se você só for fazer de Braga seu bate-volta, então recomendo ver nosso post de Onde ficar no Porto. Mas se você quiser aproveitar mais tempo em Braga ou, como eu, usar a cidade de base para conhecer um post mais da região do Minho, então vale a pena ficar hospedado por lá. Fizemos uma seleção de acomodação em Braga para todos os bolsos:
Você também pode conferir várias opções de hospedagem em Braga direto no mapa:
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Fiquei em Braga dois dias, em fevereiro desse ano, e não consegui conhecer nada porque choveu forte o tempo todo! Vou novamente ano que vem, durante o verão e espero agora conseguir conhecer a cidade. Seu post vai me ajudar muito. Obrigada!
Gostou de Braga Luiza? É uma cidade adorável, neh? Volte mais vezes: "estamos sempre de portas abertas". Beijinhos
Adorei Naiara!
Voltarei sim =D