Tá com viagem marcada e não sabe ainda o que fazer em Salvador? Ê vida boa! Não se preocupe que aqui no blog somos fãs de carteirinha da Bahia e preparamos um guia completo com as principais atrações da cidade!
É que brasileiro que se preze sonha em conhecer Salvador. A capital baiana já foi também capital do Brasil e, além de praias incríveis, é cheia de história e cultura pra mostrar. Não é à toa que esse é o segundo destino turístico mais procurado do Brasil e essa popularidade certamente não é só por causa do carnaval.
Para te ajudar a desvendar a cidade, preparamos este guia com o que fazer em Salvador e também outras dicas práticas, como a melhor época para visitar e quantos dias ficar na cidade. Vamos lá?
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Onde se hospedar em Salvador: dicas de hotéis e pousadas
Como qualquer grande cidade, Salvador possui diversos bairros com ótima infraestrutura turística, com hotéis de luxo, resorts, pousadas e albergues. Alguns dos bairros mais cotados pelos turistas em Salvador na hora de escolher a hospedagem são:
- Barra
- Pelourinho
- Itapuã
- Rio Vermelho
- Ondina
- Jardim de Alah
- Pituba
- Stela Maris
Para quem busca hospedagem em conta, vale a pena conferir o Farol da Barra Suites e Hostel, o Hostel Galeria 13, que fica no centro, e o Hostel Quintal da Sereia.
Na categoria “meio-termo”, há pousadas como a elogiadíssima Pousada e Hostel Chez Marianne, o Monte Pascoal Praia Hotel, a simpática Villa Tropicale e o Hotel Catharina Paraguaçu.
Há ainda diversos hotéis-boutique e resorts de luxo em Salvador. Alguns dos mais recomendados são o Hotel Casa do Amarelindo, que fica em uma mansão colonial, o resort cinco estrelas Hotel Deville Prime, o lindíssimo Iara Beach Hotel Boutique, de frente para o mar, e o Portobello Ondina Praia.
Para um guia mais completo, veja nosso post Onde ficar em Salvador, os melhores bairros
O que fazer em Salvador: as 20 principais atrações
Veja agora quais são as principais atrações de Salvador!
- Pelourinho
- Mercado Modelo
- Elevador Lacerda
- Museu da Misericórdia
- Praça da Sé
- Largo Terreiro de Jesus
- Igreja e Convento de São Francisco
- Casa do Olodum
- Largo do Pelourinho
- Casa Jorge Amado
- Igreja de Nossa Senhora do Rosários dos Pretos
- Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM
- Basílica do Senhor do Bonfim
- Dique Tororó
- Feira de São Joaquim
- Bar da Mônica, Dona Suzana e Gamboa de Baixo
- Largo de Santana
- Casa do Rio Vermelho
- Casa de Yemanjá
Vale a pena reservar com antecedência:
→ Free tour pelo pelourinho e centro histórico de Salvador
→ Passeio para a Ilha dos Frades e Itaparica
→ Excursão pela Praia do Forte e Guarajuba
→ Tour guiado pelo centro histórico e praias
Para ter uma ideia do que vai encontrar na cidade, não deixe também de assistir ao meu vlog da minha última passagem por lá! E se gostar, se inscreva no meu canal para não perder nenhum vídeo!
1. Pelourinho
As aulas de história me ensinaram que um pelourinho era um local de castigo e tortura para pessoas escravizadas. Era uma coluna de pedra, que normalmente ficava no centro de uma praça, onde o escravo era preso e torturado, aos olhos de toda a população.
Salvador foi fundada em 1549, por Tomé de Sousa, que antes de ser nome de ruas e avenidas foi o primeiro governante do Brasil. O principal pelourinho de Salvador ficava no Terreiro de Jesus, uma espécie de praça no ponto mais elevado da cidade.
Ao redor dele havia algumas igrejas e as casas dos soteropolitanos mais ricos. Outros pelourinhos ficavam nas praças hoje conhecidas como Tomé de Souza e Castro Alves. Aos poucos, toda essa região ganhou o nome de Pelourinho e hoje é parte da visita a Salvador se perder por suas ruas estreitas e cheias de vida.
É que ali, no Pelourinho – o bairro –, ficam centros culturais, blocos afros, galerias de arte, museus, teatros, restaurantes e muitas igrejas das quais vamos falar nesse post.
Para conhecer melhor o lugar, recomendamos que você faça um passeio guiado pela região (free walking tour).
Se preferir algo mais completo, que tal contratar um passeio com guia que leva também às praias? Reserve aqui.
2. Mercado Modelo
Um dos principais pontos turísticos de Salvador, o Mercado Modelo existe desde 1912 e ocupa o prédio da antiga Casa da Alfândega (construída em 1861), tombado pelo IPHAN. O que chama a atenção ali é a vista: ele fica bem de frente para a Baía de Todos-os-Santos, ao lado do Elevador Lacerda e do Centro Histórico.
O lugar tem 8.410 m² e 266 lojas que oferecem uma enorme variedade de artesanato, lembranças, produtos típicos da Bahia e reúne cerca de 80% dos turistas que visitam a cidade.
Além do comércio, o Mercado Modelo abriga dois dos restaurantes mais tradicionais da culinária baiana — Maria de São Pedro, conhecido por sua famosa casquinha de siri, e Camafeu de Oxóssi, que serve pratos como moqueca e quindim, ambos com vista privilegiada para a baía.
Em 2024, o local ganhou uma galeria de arte em seu subsolo, com obras de artistas como Mário Cravo Júnior e Rubem Valentim, que vale muito a visita!
3. Elevador Lacerda
Do ladinho do Mercado Modelo, o Elevador Lacerda foi o primeiro elevador urbano do mundo! Inaugurado em 1873, ele foi projetado para solucionar o desnível natural de cerca de 60 metros entre a Cidade Alta (Pelourinho) e a Cidade Baixa (região portuária).
Depois disso, foi modernizado diversas vezes, mas nunca perdeu a vista privilegiada da Baía de Todos-os-Santos, do Mercado Modelo e do Forte de São Marcelo! Ele ainda é utilizado como um elo vital entre as duas partes da cidade, transportando em média cerca de 900 mil passageiros por mês (aproximadamente 28 mil por dia) por um trajeto de aproximadamente 30 segundos, com tarifa simbólica de apenas R$ 0,15.
Vale a pena dar uma andadinha quando passar por lá!
4. Museu da Misericórdia
Inaugurado em 2006 pela Santa Casa da Misericórdia da Bahia, o Museu da Misericórdia hoje abriga um acervo riquíssimo, com 3.874 peças que percorrem quase cinco séculos de história, desde o período colonial até os dias atuais.
O museu mantém diversos elementos originais do edifício, como a capela, o forro com 45 painéis artísticos e a imponente loggia decorada com mármore, responsável pelo tombamento do conjunto pelo IPHAN em 1938.
Ali você poderá ver a cadeira preparada para a visita de D. Pedro II em 1859, a escrivaninha de Ruy Barbosa — que foi funcionário da Santa Casa —, azulejos barrocos de temas sacros, obras de José Joaquim da Rocha e até o primeiro carro movido a gasolina que chegou à Bahia.
Após três anos fechado para restauração, o museu reabriu em dezembro de 2024 e funciona de terça a sexta (9h–17h) e aos sábados (9h–16h30); o ingresso custa R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
5. Praça da Sé
Provavelmente esse é o primeiro lugar do Pelourinho que você vai conhecer, afinal muitos ônibus costumam parar lá.
O curioso da Praça da Sé é que ela não existia até a década de 1930, quando os prédios da área foram demolidos. Um desses edifícios era justamente a Catedral da Sé de Salvador, que não existe mais, mas ainda dá nome para a Praça.
No lugar dela foi erguido, no final do século 20, o monumento Cruz Caída. Na Praça da Sé ficam alguns museus e galerias de artes.
A praça também abriga quiosques de artesanato, souvenirs e comidas típicas, sendo um ponto de encontro na região, além de abranger prédios históricos como o Palácio Arquiepiscopal (hoje transformado em centro cultural), o Memorial das Baianas, o Cine Excelsior e o Museu de Energia.
6. Largo Terreiro de Jesus
Foi uma área cedida aos jesuítas, durante a criação da cidade. Ali, os religiosos construíram igrejas e um seminário. No Terreiro de Jesus fica a Catedral Basílica, que foi a quarta igreja erguida no mesmo lugar, construída entre 1657 e 1672.
Também nesse local fica a Igreja São Pedro dos Clérigos, bem mais novinha: tem só uns 200 anos. Também no Terreiro de Jesus estão a Igreja da Ordem Terceira de São Domingos, além de museus e centros culturais.
7. Igreja e Convento de São Francisco
Pertinho do Terreiro de Jesus fica uma das mais importantes construções religiosas do Brasil: é o conjunto formado pela Igreja e Convento de São Francisco. Construída a partir de 1686, a Igreja chama atenção pelo interior, coberto de ouro.
Já a fachada é relativamente simples. Sabe aquela mania de listar as sete maravilhas do mundo? Pois é, a Igreja de São Francisco não ficou de fora. Foi eleita como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo.
Ao lado dela fica a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, que tem um tipo de fachada incomum para o barroco brasileiro. O detalhe é que a mesma fachada incomum esteve encoberta por argamassa durante décadas e só no século 20 o projeto original, por baixo da argamassa, foi descoberto. Ou seja: milhares de pessoas que viveram na era da argamassa simplesmente não conheceram a cara dessa Igreja.
Infelizmente, em 2025, após décadas de negligência com a manutenção, o teto sofreu um desabamento que acabou matando uma turista e está fechada desde então.
8. Casa do Olodum
A sede do Grupo Cultural Olodum funciona em um edifício histórico com três andares e conta com uma loja da marca, os escritórios da diretoria e o auditório Nelson Mandela, com capacidade para cerca de 60 pessoas.
É ali que se planejam tanto o braço artístico — com a renomada Escola Criativa Olodum — quanto as ações sociais, educativas e comunitárias da ONG, que luta contra a discriminação racial, promove autoestima entre afro-brasileiros e assegura direitos civis para populações marginalizadas.
Fica na Rua Maciel de Baixo, nº 22.
9. Largo do Pelourinho
Uma bela praça triangular cercada por sobrados coloniais coloridos, igrejas barrocas como a de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, e outras edificações históricas do século 17 e 18, o Largo do Pelourinho é um dos cenários urbanos mais fotografados da cidade.
E se você não tem ideia do que eu tô falando, foi ali que o videoclipe “They Don’t Care About Us”, de Michael Jackson, foi gravado em 1996.
Nas ruas que desembocam no largo, você vai ver o melhor da vida cultural de Salvador: música de rua (como o Olodum), apresentações de capoeira, artesanato, bares e restaurantes que animam o entorno de dia ou à noite.
10. Casa Jorge Amado
É formado por dois casarões doados pelo governo na década de 1980 para a criação de um museu que guardasse a memória do autor baiano. Ou seja: O Jorge Amado não viveu ali, mas não faltam fotos e documentos sobre ele no local, que também guarda o acervo literário do escritor.
A verdadeira casa onde morou o Jorge Amado fica no bairro Rio Vermelho e também foi transformada em museu. Você fica sabendo mais sobre ela ali embaixo.
Desde dezembro de 2024, a Fundação passou pela sua maior reforma e reabriu com novos espaços expositivos: agora reúne acervo variado em vários pisos, entre os quais edições de suas obras em dezenas de idiomas, coleções pessoais, fotografias, objetos, e murais que homenageiam o autor em múltiplas línguas.
11. Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi erguida pela Irmandade dos Homens Pretos e é uma das primeiras confrarias negras do Brasil, fundada em 1685. Lá dentro, os azulejos portugueses retratam cenas devocionais.
A igreja é símbolo de resistência e sincretismo: celebrações como missas acompanhadas por atabaques, especialmente nas terças ou em homenagens a Santa Bárbara, integram elementos da cultura afro-brasileira e do candomblé à liturgia católica, reforçando sua importância como espaço vivo de fé e ancestralidade.
12. Museu de Arte Moderna da Bahia e Solar do Unhão
O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) fica no belo Solar do Unhão e foi concebido para ser um museu-escola: um ambiente aberto, inclusivo, voltado à educação artística e diálogo entre as artes eruditas e populares.
O Solar do Unhão, com raízes no século 17 e tombado em 1943 ainda preserva trilhos e estruturas originais.
No acervo, você verá mais de 1.200 obras de arte moderna e contemporânea, incluindo pinturas, esculturas, fotografias e desenhos de artistas emblemáticos como Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Carybé, Rubem Valentim, Mário Cravo Júnior, Flávio de Carvalho, entre outros.
13. Basílica de Nossa Senhora do Bonfim
Sabe a famosa igreja cheia de fitinhas coloridas do Bomfim? Essa é a Basílica de Nossa Senhora do Bonfim, que é também o palco da famosa Lavagem do Bonfim, ritual que ocorre na segunda quinta-feira após o Dia de Reis: baianas lavam as escadarias com água de cheiro enquanto cânticos e toques de afoxé celebram a devoção ao Senhor do Bonfim.
A celebração é quase obrigatória se você estiver em Salvador na época, e é um belo símbolo do sincretismo entre o catolicismo e as religiões de matriz africana.
14. Dique Tororó
O Dique do Tororó é um antigo reservatório de água da época colonial, que hoje ele funciona como espaço de lazer, rodeado por vegetação e com vista para a Arena Fonte Nova.
O que mais chama a atenção, no entanto, são as esculturas flutuantes de orixás criadas pelo artista Tati Moreno: figuras como Iemanjá, Oxalá e Xangô que parecem guardar o espelho d’água e reforçam a presença da cultura afro-brasileira na cidade.
15. Feira de São Joaquim
Para um passeio fora do circuito turístico que vai mergulhar da alma de Salvador.
A Feira de São Joaquim fica às margens da Baía de Todos-os-Santos, esse enorme mercado reúne bancas de temperos, frutas, artesanato, ervas medicinais e artigos religiosos ligados ao candomblé.
O ambiente é uma mistura de cheiros, sons e cores, com aroma dendê, incenso e peixe fresco se misturando no ar.
Para quem quer conhecer a cidade além dos cartões-postais, a feira é imperdível: um espaço onde tradições afro-brasileiras, cultura popular e a vida cotidiana dos baianos se encontram de forma intensa e autêntica.
16. Santo Antônio Além do Carmo
Santo Antônio Além do Carmo é um dos bairros mais charmosos de Salvador e uma região que está em alta na vida noturna da cidade. Fica colado ao Pelourinho e até se parece um pouco com ele, mas com uma atmosfera mais tranquila e residencial.
Ali você vai ver uma mistura deliciosa de história e vida de bairro com cafés moderninhos, ateliês e pousadas. Ah! E o pôr do sol visto dali, com a Baía de Todos-os-Santos ao fundo, é um dos mais bonitos da cidade.
Na praça do bairro sempre costuma ter samba 0800, e as ruas adjacentes são cheias de restaurantes legais e bares. Minhas recomendações são o Poró e o É um bar! (sim, esse é o nome).
Em ambos os casos, tente chegar cedo ou com reserva para pegar um lugar no quintal com vista para o mar.
17. Bar da Mônica, Restaurante da Dona Suzana e Gamboa de Baixo
Se você chegar ao Solar do Unhão e descer a escadaria até a praia do MAM, pode pegar um barquinho que vai te levar até um deque cheio de bares na comunidade Gamboa de Baixo.
Esse é daqueles lugares que revelam uma Salvador mais autêntica e fora do circuito turístico tradicional. O mais famoso dali é o Bar da Mônica: pequeno, simples e à beira-mar, o bar é famoso pela comida caseira, cerveja gelada e, principalmente, pela vista incrível da Baía de Todos-os-Santos, um cenário que se transforma em espetáculo no pôr do sol. Mas chegue cedo, pra curtir praia mesmo, pois costuma lotar.
A Gamboa de Baixo é uma comunidade tradicional de pescadores e tem resistido à pressão da especulação imobiliária, se tornando um símbolo da luta por território e permanência no centro da cidade.
Na hora de ir embora, peça ao barqueiro para te deixar no Restaurante da Dona Suzana, outro grande tesouro da Gamboa de Baixo que já apareceu até mesmo na série Street Food Latin America, da Netflix.
Simples e acolhedor, fica praticamente à beira da água, com mesas de plástico espalhadas no terraço e uma moqueca que não tem igual na Bahia! O prato ainda é preparado pela própria Dona Suzana, com frutos do mar fresquinhos, tempero e a tradição da comunidade de pescadores.
18. Largo de Santana
O Largo de Santana é uma praça no bairro do Rio Vermelho, reconhecido como um dos polos boêmios mais agitados de Salvador. A área é famosa pelas baianas vendendo acarajé, além de bares animados, restaurantes e casarões antigos.
Se estiver por ali, não deixe de passar na Dinha do Acarajé (Lindinalva de Assis), considerada a soberana completa da iguaria. Seu ponto ficou tão famoso que o largo chegou a ser apelidado de “Largo da Dinha” e é frequentado por celebridades e moradores locais.
A região é ideal para começar a noite e um ponto também famoso pelas esculturas de Jorge Amado e Zélia Gattai.
19. Casa do Rio Vermelho
A Casa do Rio Vermelho foi a moradia real de Jorge Amado e sua esposa Zélia Gattai por cerca de 40 anos, até se transformar num espaço cultural que preserva cada canto, mobiliário, objeto e ambiente tal como eram, oferecendo uma imersão na vida íntima do casal.
Você poderá passear pelo escritório e biblioteca e ver de perto objetos pessoais e o jardim sensorial onde repousam as cinzas dos dois escritores.
O memorial ocupa aproximadamente 2.000 m² e conta com 20 ambientes temáticos que combinam projeções, vídeos, áudios, cartas, efeitos sonoros e hologramas, totalizando mais de 30 horas de conteúdo audiovisual.
Você também terá acesso à correspondência trocada com personalidades nacionais e internacionais, além de trechos literários, cenas da vida do casal e registros históricos.
- Endereço: Rua Alagoinhas, nº 33 – Rio Vermelho, Salvador (Parque Cruz Aguiar)
- Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 9h às 17h (último acesso até às 16h)
- Ingressos:
- R$ 20,00 (inteira)
- R$ 10,00 (meia-entrada) para estudantes e idosos
- Gratuidade para crianças até 6 anos
- Entrada gratuita nas quartas-feiras para todos
20. Casa de Yemanjá
A Casa de Yemanjá é uma pequena construção de fachada azul na orla do Rio Vermelho, perto da Casa do Rio Vermelho.
No passado, era um ponto de encontro dos pescadores locais, mas ganhou status sagrado a partir de 1972, quando passou a servir como local de partida da tradicional procissão em homenagem à Iemanjá no dia 2 de fevereiro, data em que devotos levam oferendas à Rainha do Mar em busca de bênçãos e proteção.
Leia aqui nosso relato sobre o dia de Yemanjá em Salvador.
O local funciona o ano inteiro e o seu pátio continua sendo ponto de venda de peixes frescos pela manhã e no início da tarde.
As melhores praias de Salvador
A primeira coisa que você vai descobrir em Salvador é que as melhores praias não estão no centro da cidade. Caminhar na orla e sentar nos quiosques pode até ser um passeio bem agradável, mas provavelmente você não vai querer dar um mergulho no mar.
Por causa dos altos índices de poluição, as águas do centro podem estar impróprias para banho.
Se ainda assim você preferir ficar por ali, as melhores praias na região são Porto da Barra, Farol da Barra e Ondina. Essas são três praias urbanas de Salvador, localizadas mais perto do centro.
Mas se você quiser saber onde ficam as maravilhas que todos comentam sobre a cidade, siga para o norte, em direção ao aeroporto.
Praia do Porto da Barra
Situada na Baía de Todos os Santos, é considerada uma das melhores praias urbanas do Brasil. Com águas tranquilas, vista privilegiada e um pôr do sol espetacular, é um local imperdível para relaxar e assistir ao entardecer.
Praia do Farol da Barra
Próxima à Praia do Porto da Barra, esta é a praia que figura em quase todos os guias turísticos. Conta com piscinas naturais na maré baixa, faixa de areia convidativa e um histórico farol que se tornou ícone da cidade.
Stella Maris
Uma das favoritas entre surfistas, esta praia localizada ao norte da cidade possui boa infraestrutura, coqueirais e ondas consistentes que atraem quem busca um ambiente mais tranquilo e esportivo.
Praia de Itapuã
Famosa pela canção “Tarde em Itapuã” de Dorival Caymmi, possui coqueirais, um farol charmoso e um clima autêntico, bastante procurada pelos moradores.
Praia do Flamengo
Belíssima e menos explorada, é ideal para quem busca sossego e beleza natural. Cercada por coqueiros, oferece boas condições para surf e algumas trilhas na região.
Ilha dos Frades & Ponta de Nossa Senhora
Parte da Baía de Todos os Santos, essa ilha reserva um mar cristalino e calmo, perfeito para banhistas e mergulhadores. A Ponta de Nossa Senhora chegou a receber o selo internacional “Bandeira Azul” por sua qualidade ambiental.
Praia do Forte
Embora esteja fora dos limites da cidade (um pouco mais ao norte), é um destino muito procurado para passeios de dia inteiro. Oferece belas praias e infraestrutura completa, sendo considerada a 11ª melhor do mundo em 2024.
Bate-volta na Praia do Forte
Mas a melhor e mais bonita de todas as praias da região fica fora do perímetro da cidade de Salvador. Situada no município de Mata de São João, a Praia do Forte fica a apenas 50 quilômetros da capital e com certeza vale uma visita.
Com 12 quilômetros de extensão, a praia é repleta de piscinas naturais formadas por recifes, coqueiros e um ar de vilarejo de pescadores que é encantador. Uma das principais atrações do lugar é a sede do Projeto Tamar, uma opção de programa educativo para as férias das crianças (e dos adultos também, afinal nunca é tarde para aprender sobre preservação ambiental e ver aquelas lindas tartaruguinhas).
O local também abriga o único castelo medieval do Brasil – ou as ruínas dele –, a Casa da Torre, construída por uma família nobre qualquer no século 16.
O ingresso para visitá-lo é R$ 20 e estudante paga meia. A maneira mais fácil de chegar na Praia do Forte é de carro, mas você também pode contratar um passeio que leva ainda para a Itaparica. Veja mais sobre isso aqui.
Quem preferir ir de ônibus, a empresa que faz o trajeto se chama Expresso Linha Verde. Os ônibus partem da rodoviária de Salvador às 09:00/10:00/13:00/15:00 e 18:00. Há também partida do aeroporto de Salvador e de outros pontos da cidade.
Bate-volta na Ilha dos Frades
Quer fugir da bagunça de Salvador? Pois você precisa conhecer a Ilha dos Frades! Com praias calmas, clima de interior e muita comida boa, o lugar é um lindo refúgio natural a pouca distância do agito da cidade.
A visita à Ilha dos Frades ocorre em passeios de escuna ou catamarã que partem do Terminal Turístico Náutico da Bahia. Você pode reservar o seu lugar com antecedência por aqui.
O trajeto dura em média 1h30 a 2h por trecho, e a programação total ocupa boa parte do dia, cerca de 9 horas no total, incluindo navegação e estadia na ilha.
Custos envolvidos
- Passeio de barco (bate-volta): varia entre R$ 100 e R$ 180 por pessoa, dependendo da embarcação, roteiro, época do ano e serviços inclusos.
- Taxa de embarque no terminal: cerca de R$ 16 a R$ 20, pago antes de embarcar.
- Taxa de preservação ambiental na ilha: entre R$ 25 e R$ 30 por pessoa, cobrada logo ao desembarque.
Chegando à Ilha dos Frades, você pode explorar:
- Praia da Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe, premiada com a Bandeira Azul por suas águas cristalinas e excelente infraestrutura, incluindo quiosques, chuveiros, banheiros e sombra.
- Subir até o mirante da Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, com vista panorâmica e local tranquilo para fotos.
- Para maior tranquilidade, confira também a Praia da Viração, vizinha, mais isolada e de beleza silenciosa, ideal para quem busca paz e contato com a natureza.
- Quem parte de Madre de Deus pode chegar à Praia de Paramana, onde trilhas, praias menos frequentadas e a Capela de Nossa Senhora do Loreto esperam serem descobertas
Como planejar uma viagem para Salvador
Quando ir e quantos dias ficar em Salvador
A melhor época para ir a Salvador é no verão, entre dezembro e março, quando os dias são ensolarados e a cidade ferve com o carnaval e as prévias dele. Quem quiser evitar as multidões basta viajar entre os feriados desse período. Entre abril e maio chove bastante, por isso não é o momento mais indicado.
Com quatro dias você consegue ver o principal da cidade, tanto a parte histórica quanto algumas das praias, mas sempre dá para ficar mais, ainda mais se você pretende fazer viagens para locais próximos e passar alguns dias apenas relaxando com uma caipirinha na mão.
Como chegar em Salvador
O Aeroporto Internacional de Salvador fica próximo ao município de Lauro de Freitas, situado a 28 quilômetros do centro de Salvador. De táxi, espere gastar cerca de R$ 50 para as principais zonas turísticas, como as praias e o centro histórico. É importante lembrar que esse valor pode variar de acordo com a demanda e o trânsito no dia.
Há ainda um ônibus que faz o trajeto até a Praça da Sé (com outras paradas no meio do caminho) e custa 4,20. Para quem quer economizar, é a melhor opção. O trajeto completo dura entre 90 minutos e 2 horas e os veículos saem a cada 40 minutos, entre as 5h20 da manhã e 20h25 da noite. Nos fins de semana eles param de circular mais cedo.
Há ainda uma linha de metrô que liga o aeroporto de Salvador à cidade. Para isso, é preciso pegar um ônibus gratuito que passa no desembarque e leva até a estação. De lá você desce na estação Norte, no centro da cidade, e pode pedir um Uber para o seu local de hospedagem. A tarifa custa R$ 3,70.
Como circular em Salvador
Alguns moradores da cidade dizem que pegar transporte público é desaconselhável. Para ser honesta, eu não sei dizer exatamente o quanto isso é verdade e o quanto é exagero, eu sempre sou partidária do uso do transporte público local, mas fica a seu critério. Se for arriscar, faça durante o dia e, de preferência, fora dos horários de pico, para sentir se você se sente seguro e confortável.
Há uma segunda categoria, mais cara, de transporte público na cidade, conhecida como frescão. São ônibus com ar condicionado. Micro-ônibus que fazem os trajetos Iguatemi/Comércio, Iguatemi/Praça da Sé e Imbuí/Praça da Sé.
Táxi e Uber são alternativas para se locomover na cidade, mas se você pretende explorar muitas praias e fazer bate-voltas, dá pra considerar alugar um carro. Se optar por alugar um veículo, não deixe de ler nosso guia completo e com dicas práticas para garantir os melhores preços e coberturas.
É perigoso viajar para Salvador?
Como muitas outras capitais brasileiras, Salvador é uma cidade que demanda atenção. É evidente que a cidade tem problemas, e a segurança pública acaba sendo um deles, mas não a ponto de se tornar um impeditivo para a viagem. Evite a todo custo andar por certas regiões ostentando câmeras, telefones e outros artigos de valor, em especial no Pelourinho e restante do centro.
Nas praias ao norte, a situação tende a ser um pouco mais tranquila, mas ainda assim é bom ficar sempre atento e evitar lugares ermos, em especial durante a noite. Nada muito diferente do que já estamos acostumados a fazer por aí.
FAQ sobre Salvador
A cidade pode ser aproveitada o ano todo, mas os meses de dezembro a fevereiro trazem clima quente e menos chuvas, ideais para aproveitar ao máximo o verão e eventos como o Carnaval. Se você prefere clima mais ameno e menos turistas, setembro, outubro e novembro são excelentes escolhas.
Para explorar o centro histórico com calma, curtir praias e conhecer museus, 5 dias é um bom tempo mínimo. Se a visita for mais curta, há roteiros eficientes: 1 dia dá para o essencial, enquanto 3 dias permitem incluir praias e cultura local.
– Caminhar pelo Pelourinho, apreciando a arquitetura colonial e a cultura viva com capoeira e museus.
– Visitar o Mercado Modelo e descer de Elevador Lacerda para a Cidade Baixa.
– Reservar um dia para a Praia do Porto da Barra, seguida do Farol da Barra e encerrando no vibrante bairro do Rio Vermelho.
– Aproveitar um bate-volta até a Praia do Forte ou Ilha dos Frades.
Sim, é considerado seguro, mas é recomendável evitar vielas menos movimentadas. No geral, seguir os principais caminhos e se manter em áreas bem frequentadas já garante uma experiência tranquila.
– Porto da Barra: águas calmas e pôr do sol espetacular.
– Farol da Barra: ótima estrutura, museu e excelentes vistas.
– Stella Maris e Itapuã: ideais para quem busca tranquilidade e autenticidade.
– Praia do Forte: ótima para passeio de dia inteiro, famosa por sua infraestrutura e natureza.
yarrakbet giris
Ótimo guia de Salvador!
Como soteropolitana, vou dar meus pitacos:
– a Península de Itapagipe tem um dos principais cartões postais da cidade: a igreja do Senhor do Bonfim. Também tem a sorveteria da Ribeira e um dos melhores lugares pra ver o por do sol, na ponta de Humaitá.
– num dia de sábado, veja se está acontecendo a Jam no MAM, show de jazz sempre cheio. Chegue cedo pra visitar o museu e comprar os ingressos.
– também vale a pena fazer um passeio pelas ilhas de Salvador, como ilha de maré e ilha dos frades. Tem empresas que fazem esse tour.
– o bairro mais “boêmio” de Salvador é o Rio Vermelho, cheio de restaurantes, bares e baladas.
– quando estiver no centro histórico, não deixe de ir até o bairro de Santo Antônio.
Ps.: Como usuária do transporte público, eu realmente acho que os ônibus são ruins, confusos e demorados, mas quem vem com pouco dinheiro pode usar o Google maps e a ajuda dos locais.