5 ótimos vinhos chilenos para você trazer de Santiago

Você não entende muito de vinhos, mas adora tomar uns e outros. Aí, no meio de uma viagem ao Chile, percebe por que o país é responsável por quase metade dos vinhos vendidos no Brasil – são muitas vinícolas, um clima mais que propício para a vinicultura e opções sem fim nas prateleiras dos supermercados. E, o melhor, há vários (e bons) vinhos chilenos baratinhos por lá. Ou seja, comprar algumas garrafas em Santiago e trazer para o Brasil compensa e muito. Até com o IOF.

Uma vez decidido a voltar pra casa com malas cheias de garrafas, surgem as três dúvidas básicas: onde comprar vinhos chilenos em Santiago? Quantas garrafas eu posso levar para o Brasil? E, mais importante, quais vinhos comprar?

Como de vinho eu também entendo bem pouco – só sei beber mesmo – pedi ajuda a moradores locais para fazer esta lista com vinhos chilenos que você deveria trazer para casa. Quer sugerir algum? Só deixar um comentário!

Vai viajar? O Seguro de Viagem é obrigatório em dezenas de países e indispensável em qualquer viagem. Não fique desprotegido no Chile. Sobre isso, leia o texto seguro viagem Santiago: é obrigatório? Qual o melhor? Seguro Viagem: América do Sul.

vinhos chilenos em santiago

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Vinhos chilenos para trazer de Santiago

Tente fugir dos vinhos que podem ser facilmente encontrados nos supermercados brasileiros. Uma economia pequena, de 10 a 20 reais, pode não compensar o peso extra na mala e a compra em moeda estrangeira. Por isso, mesmo que existam várias opções mais baratas, pode valer a pena investir em vinhos um pouco melhores – e que seriam mais difíceis de encontrar e mais caros no Brasil.

  • Coyam – Um tinto da vinícola Emiliana, que fica na Ruta 68, entre Santiago e Valparaíso. Custou, na vinícola, o equivalente a R$ 85, já com o IOF. No Brasil achei o mesmo vinho por a partir de R$ 200, em vários sites. É  44% Syrah, 30% de Carmenere e 12% Cabernet Sauvignon, entre outros.
  • Las Brisas Pinot Noir – Viña Leyda, que fica a 90 km de Santiago, numa região vinícola que se desenvolveu tarde, a partir dos anos 1990. No Chile, achei esse vinho pelo equivalente a algo entre R$ 50 e R$ 60. No Brasil, é possível encontrá-lo em sites por cerca de R$ 150.
  • Gê – O mais exclusivo vinho da Emiliana, que é uma vinícola orgânica – o tipo de garrafa para ter para uma ocasião muito especial. É um blend, com 45% de Syrah, 40% Carmenere e 15% Cabernet Sauvignon. Não é barato: no Chile, custa o equivalente a R$ 300. No Brasil, dá para encontrar por cerca de R$ 500.
  • Marques de Casa Concha Carménère – Já que a Concha y Toro é parada quase que obrigatória para turistas brasileiros no Chile, um vinho que para comprar na vinícola. Na internet, é vendido no Brasil por R$ 120. No Chile custa em torno de R$ 60.
  • Montes Alpha Cabernet Sauvignon – Criada em 1980, a Viña Montes fica no Valle do Colchagua, a 180 km de Santiago. Produz vinhos com ótimo custo/benefício. Esse Cabernet Sauvignon pode ser encontrado no Brasil por algo em torno de R$ 150. No Chile, sai por cerca de R$ 70.

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Onde comprar?

Se sua viagem for só por Santiago e arredores e você for colocar vinícolas no roteiro, pode ser uma boa comprar nelas mesmo – a vantagem é que isso facilita seu processo de escolha, caso você esteja num daqueles tours com degustação.

Supermercados, como a rede Jumbo, também costumam ter prateleiras recheadas das mais diversas marcas. E vale pedir indicações de nomes de casas especializadas, seja para guias, seja no balcão do seu hotel ou hostel. No Costanera Center, shopping mais famoso de Santiago e que funciona num arranha-céu, há lojas só de vinhos.

Por fim, sempre tem o Free Shop, na saída de Santiago. O problema é que o número de opções pode ser menor e, se você chegar atrasado, pode faltar tempo para fazer a escolha com tranquilidade.

Quantas garrafas de vinho você pode trazer de Santiago?

Preste atenção em duas regras básicas. A primeira é da Receita Federal, que estipula dois limites para compras no exterior e que valem neste caso. Para viagens internacionais por via aérea, cada passageiro pode trazer o equivalente a 500 dólares em compras. É a cota isenta de impostos. Se passar disso e você for fiscalizado, terá que pagar impostos calculados a partir do valor excedente a esses 500 dólares.

Note que o limite não é de 500 dólares somente para vinhos, mas de todas as compras que você fizer no país. Vale lembrar que câmeras e celulares podem ser considerados itens isentos por conta da circunstância da viagem – ou seja, se você comprar pra usar durante as férias e não tiver outro item repetido, não tem que pagar impostos e esses equipamentos não usam essa cota de 500 dólares.

Além do limite financeiro, há o limite quantitativo, que é de 12 litros por pessoa (ou 16 garrafas de 750ml). Se você viaja em família, lembre-se que a bagagem tem que ter sentido para cada membro. Em outras palavras: menores de 18 anos não têm cota isenta para bebidas alcoólicas.

Além das regras da Receita Federal, existem as das companhias aéreas. Para a bagagem despachada, há um limite de peso, que em geral é de 23 kg. Se sua mala passar do limite por conta dos vinhos você terá que pagar excesso de bagagem, no balcão do check-in. E em dólar. Verifique as regras de bagagem para o seu bilhete antes de comprar suas garrafas.

Por fim, existe uma polêmica envolvendo garrafas de vinho na bagagem de mão. Pelas regras da aviação, em voos internacionais o transporte de líquidos é limitado a recipientes de 100 ml. Só que não faltam relatos de viajantes que conseguiram trazer do Chile até cinco garrafas de vinho na bagagem de mão – e note que não estou falando de compras no Free Shop.

Isso é tão comum em Santiago (e também em Mendoza, na Argentina), que as empresas aéreas nem sabem como responder a essa questão. Nesse link aqui tem um diálogo interessante entre o perfil da LATAM no Twitter e seus passageiros, em que cada hora a empresa informa uma coisa. E depois diz que ‘pelas regras não poderia, mas que em geral naquele aeroporto é comum que até cinco garrafas sejam liberadas para transporte na bagagem de mão’. Para não ter problemas, consulte sua empresa aérea perto da data da viagem.

vinhos chilenos

Por Macca Sherifi, shutterstock.com

Como trazer na bagagem despachada?

Para não correr o risco de pegar uma mala banhada a vinho na esteira de bagagem, é fundamental proteger bem as garrafas. Algumas vinícolas e supermercados vendem embalagens protetoras próprias para voos e existem até malas feitas somente para o transporte de garrafas, mas o jeito mais econômico e prático é envolvê-las nas suas roupas. Coloque cada garrafa num saco plástico e depois envolva ela completamente. Tome o cuidado de colocar roupas entre as garrafas, para evitar que elas se choquem durante o transporte. Em geral dá certo, apesar do medo.

Se você viajar no inverno, use as roupas mais grossas nesse processo. Outra opção é usar plástico bolha. E já vi relatos de turistas que envolveram as garrafas em fraldas, conseguindo assim um duplo efeito: proteger os vinhos e evitar o vazamento para o resto da mala, caso alguma delas se se quebrasse.

*O 360meridianos viajou a convite do Servicio Nacional de Turismo do Chile.

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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