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Neve e vulcão em Tongariro, Nova Zelândia

“Qual o país mais bonito que você já visitou?” Essa foi a pergunta que eu mais ouvi desde que terminei minha viagem de volta ao mundo. A resposta é simples e sai naturalmente: a Nova Zelândia.

Veja bem, não estamos falando do lugar que mais deu vontade de morar ou do mais charmoso. Se fossem esses os adjetivos procurados a resposta seria mais complicada.  Só que é impossível concorrer com a Nova Zelândia quando o assunto é beleza, afinal o país se parece com aquelas fotos usadas de fundo de tela no Windows.

E qual o lugar mais bonito que você esteve na Nova Zelândia? A resposta é uma palavrinha que você provavelmente nunca ouviu, mas um lugar que você já viu: Tongariro.

Tongariro, Nova Zelândia

O Parque Nacional Tongariro

O Tongariro National Park foi o primeiro parque nacional da Nova Zelândia e um dos primeiros do mundo. Criado em 1887, o parque é um misto de montanhas nevadas, lagos com cores inacreditáveis, cachoeiras e três vulcões ativos. Sim, e um deles até acordou recentemente, depois de uma soneca de 115 anos.

“Vulcão ativo? Estou fora”, diriam os medrosos. E isso seria uma pena, afinal, a região é espetacular justamente por causa da influência vulcânica. Tanto que foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco, em 1993.

O reconhecimento da Unesco se deu não apenas pelo fato das montanhas de Tongariro formarem um bom cartão-postal, mas porque elas têm importância cultural e religiosa para os maori, um povo nativo da Nova Zelândia que mora ali há séculos. Ahh, se lembra que eu falei que você provavelmente já viu imagens de Tongariro? É que o parque foi um dos principais cenários do filme “O Senhor dos Anéis”.

Cachoeira em Tongariro

Falamos das andanças de Frodo e Sam pela Terra Média em outro post, mas dizer que Tongariro também é carinhosamente chamado de “o parque do Senhor dos Anéis” ajuda a explicar a região. Afinal, você pode até não gostar dos filmes, mas ninguém dirá que os cenários não são espetaculares.

Chegamos a Tongariro depois de algumas horas dirigindo pelas estradas da ilha norte. O parque foi nossa terceira parada na Nova Zelândia: antes passamos por Auckland e Rotorua. Nosso principal objetivo lá era ver neve, claro. De preferência muita, afinal brasileiro sonha em fazer bonecos de neve desde que começa a assistir filmes na sessão da tarde. E que fique claro que não seria nosso primeiro encontro com ela durante a viagem – o Himalaia indiano cuidou disso. Mas, se por questão de segurança resolvemos não esquiar na Índia, fazíamos questão de esquiar na Nova Zelândia.

Tongariro, Parque Nacional

Apenas 33% da equipe do 360meridianos – ou seja, a Luíza – sabia esquiar. A maioria esmagadora – eu e a Naty – nunca tinha colocado um par de esquis na vida, quanto mais se jogado morro abaixo com aquele trambolho preso aos pés.

Eu gostaria de dizer que esquiar é um ato simples, que eu praticamente nasci para isso e que o sangue da montanha corre em minhas veias, mas digamos que não foi bem assim. Foram incontáveis quedas até conseguir ficar de pé. Muitas outras até conseguir andar sem cair. E perdi a conta de quantas vezes fui parar num barranco de neve justo na hora que achei que tinha dominado o assunto.

Caído no chão e com neve na cara, vi várias crianças de cinco anos – que de fato nasceram para isso e têm o sangue da montanha nas veias – esquiarem com uma perícia invejável. Vergonha. Mas, depois de muitas horas de treinamento, não é que eu conseguimos? Descemos toda a pista (de iniciantes) de Whakapapa, a principal área de ski da Nova Zelândia. Sentimos o vento gelado na cara e admiramos a paisagem. E sem cair! Ou melhor, eu não levei nenhum tombo, já a Naty caiu e ainda teve que pedir ajuda pra um menino de cinco anos.  Foi mal, contei.

Para quem não quer esquiar, o Tongariro National Park oferece outras opções, como fazer caminhadas pela área de proteção. Nós encaramos um trecho de pouco mais de uma hora e foi durante esse percurso que tiramos algumas das fotos que ilustram este post.

Tongariro caminhada

Os mais animados podem tentar a travessia de Tongariro, uma caminhada de cerca de 20 quilômetros que passa pelas bases dos vulcões Tongariro e Ngauruhoe e que durante o verão costuma demorar em torno de 8 horas.  Já no inverno, período em que estávamos lá, a caminhada fica mais difícil e as condições climáticas podem tornar a travessia perigosa. Por isso, evitamos a Tongariro crossing daquela vez, mas ainda voltarei lá para encarar a aventura.

Onde ficar em Tongariro

Na dúvida de onde se hospedar na região de Tongariro? Na verdade, você deve buscar opções de hospedagem num lugar chamado National Park, onde há mais estrutura e o acesso para as montanhas é mais fácil. Tenha em mente que sem um carro alugado vai ser praticamente impossível se locomover na cidade.

Nós ficamos num hostel chamado Howards Mountain Lodge. Também dá para se hospedar em Resorts dentro do parque, nas montanhas. Veja todas as opções de hospedagem no Booking.com.

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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